Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 31 de julho de 2012

Raízes

“É absurdo, um país como o nosso, que escreveu com letras de ouro no livro da história dos povos que lutaram pelos seus justos sonhos de liberdade, tratarmos com descaso a memória política do nosso povo. Sem nenhum demérito aos outros povos no tocante ao assunto, mas, nós tivemos um passado brilhante que precisa ser protegido com todo zelo necessário. Talvez seja a falta dessa memória que esteja a nos levar a perder o rumo de desenvolvimento e de paz social. Nenhum país vive a glória do presente sem valorizar o seu passado.” Alberto Indequi – Guiné Bissau         in “Ditadura do Consenso”

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Galeguismo

“Sempre me chamou a atençom a atraçom que o galeguismo histórico sentiu polo português e os países que o falam, atençom que o galeguismo oficial há tempos que enviou para as malvas, essencialmente porque é o preço para sair na fotografia. No entanto, sempre fiquei mais chocado com a fascinaçom que sentiam polos países celtas de cuja comunidade, ao que parece, fazíamos parte.

Longe de mim entrar em debates sobre o celtismo de que pouco sei. Simplesmente queria bater o ponto na atitude: a Galiza Lusófona era, e é, um desafio ao statu Quo, a Galiza céltica nom.”  Valentim Fagim - Galiza     in "www.pglingua.org"

domingo, 29 de julho de 2012

Problemas

“Eu acho que é evidente que os países de língua portuguesa em África têm, no seu conjunto, muitos factores positivos em termos económicos.

 Angola está a crescer a ritmos de dois dígitos, Moçambique também. Com as novas descobertas de gás em Moçambique a economia vai acelerar ainda mais. Cabo Verde tem tido um bom desempenho para um país com fracos recursos naturais, tem indicadores sociais e de governação muito altos, para a média continental, e os dois outros países, S. Tomé e Príncipe e a Guiné Bissau, embora tenham uma situação política um pouco mais perturbada, estão também, em termos económicos, a crescer muito bem. A Guiné Bissau que é, digamos, o aluno com maiores problemas devido a todas as convulsões neste país, continua também, apesar disso, a ter um crescimento bastante aceitável na ordem dos quatro a cinco por cento. De uma maneira geral, posso dizer que os países lusófonos estão a portar-se bem do ponto de vista económico.

 Mas isso não é suficiente, porque há problemas de distribuição, há problemas de desigualdades, há problemas nas áreas sociais que precisam de consolidação, como a educação e saúde. De uma maneira geral o que me preocupa, e isto não é específico dos lusófonos mas interessa-me também em relação aos lusófonos, é que uma boa gestão económica implica grande capacidade estratégica e poder de antecipação. E neste quesito todos têm trabalho de casa a fazer, apesar de uns estarem mais próximo de ir jantar do que outros.” Carlos Lopes – Guiné Bissau

sábado, 28 de julho de 2012

Sintra

No próximo dia 03 de Agosto de 2012 reinicia, mais uma vez, a circulação de eléctricos entre a Estefânia em Sintra e a Praia das Maçãs, numa distância aproximada de 11 km.
O início do transporte de passageiros por estes famosos eléctricos remonta a 31 de Março de 1904, tendo sido o seu maior percurso entre a Vila Velha em Sintra e a Azenhas do Mar nos anos de 1930 a 1958, numa extensão de 14 mil e 600 metros. Mais tarde quando a ligação entre o comboio e o eléctrico termina, a circulação destes veículos teve uma drástica redução devido à falta de passageiros, pondo naturalmente em risco a sua manutenção.
Estes eléctricos centenários em qualquer cidade do mundo civilizado seriam uma enorme fonte de receita, desde que fossem realizados investimentos apropriados que levassem de novo a circulação destas relíquias ao centro histórico e quem sabe a Seteais ou Monserrate. É possível fazer conviver o automóvel e qualquer veículo antigo, há tantos exemplos por esse mundo fora.
O município de Sintra quando fala destes eléctricos é para justificar os custos com a manutenção dos mesmos, como se estivesse a deitar dinheiro ao lixo, não percebendo, pois os autarcas não têm origem nesta bela vila, que o eléctrico de Sintra pode e deve ser uma boa fonte de receita para a autarquia.
Se vive em Portugal, de sexta a domingo, tente aproveitar a viajar nestes lindos eléctricos. Se for uma empresa sediada na zona de Lisboa e tem clientes estrangeiros, tente levá-los a fazer esta viagem. Se é um estrangeiro em turismo por este Património que é Sintra classificado pela Unesco, desejo que tenha mais sorte que uma turista australiana, que no final da década de setenta do século passado, veio de propósito da sua terra natal para fazer esta viagem, ficando desiludida com a ausência do transporte foi para a comunicação social reclamar. Baía da Lusofonia

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Frustrante

“Gostaria de fazer um pedido às autoridades portuguesas para usarem menos consultores e, se não tiverem como o evitar, por favor usem portugueses e não estrangeiros. Prefiro até ter concorrentes meus, porque assim estão a permitir que estes ganhem currículo para se poderem candidatar a outros lugares.

É lamentável numa altura em que estamos a reduzir custos, e uma boa parte custos com pessoal, ter que andar a pagar milhões de euros a consultores externos, alguns que vêm de Londres, que são de fora da zona euro e têm tido por vezes uma atitude agressiva com Portugal.
É altamente frustrante, tal como é frustrante fazer reuniões em inglês com o governo do meu país por causa desses consultores.
Ao todo já pagámos cerca de 5,3 milhões de euros a consultores que as autoridades portuguesas escolhem para dar assessoria financeira a estas instituições, trabalhos que obrigam os bancos a pagar, o que é incompreensível num contexto em que as instituições estão a perder rentabilidade.
Andar a pagar estes milhões todos é incompreensível, como também é incompreensível ter de fazer reuniões com o Governo em inglês.” Fernando Ulrich - Portugal

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Engrenagens

“Os valores e os padrões deveriam ser, antes de tudo, as bandeiras do poder. Porém, a razão dominante impõe as emergências do dinheiro e das falsas aparências como méritos essenciais.”  Baptista Bastos - Portugal

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Guarda-chuva

“Estamos fazendo a divulgação, acreditamos que o Brasil está fazendo esforços para divulgação da língua portuguesa e da cultura brasileira. A língua portuguesa é só uma, não há duas. Apenas somamos forças àquilo que o governo de Macau já está fazendo na divulgação da língua portuguesa, que é de todos nós.

Para além de entre nós, professores, termos as melhores relações, agora, com o Acordo Ortográfico, estamos todos sob o mesmo guarda-chuva. Essa é uma das maiores riquezas da nossa língua comum.” Márcia Schmaltz – Brasil - Macau

terça-feira, 24 de julho de 2012

Acordo


Os esforços da procuradora da república Nilce Cunha Rodrigues obtiveram resultados na resolução do incumprimento dos trezentos alunos da Guiné-Bissau a estudarem nas universidades do Ceará.
A Justiça Federal do Ceará acatou a acção cautelar do Ministério Público Federal e determinou que sejam assegurados os interesses dos estudantes, que se encontram em situação irregular no Brasil devido à crise na Guiné-Bissau, após o golpe de estado de 12 de Abril.
Entretanto as universidades que matricularam os trezentos alunos, conforme o nosso texto do passado dia 08 com o título “Incumprimento”, assinaram um TAC, termo de ajustamento de conduta, comprometendo-se a adoptarem medidas de salvaguarda em relação aos jovens que prevêem a dispensa de multas e cobranças de juros, o parcelamento da dívida em seis meses e a regularização dos alunos nas escolas, para que eles possam renovar o visto de estudantes.
A Embaixada da Guiné-Bissau comprometeu-se a acompanhar esta situação. Recorde-se que a expectativa para os jovens estudantes era que a mensalidade rondasse os R$ 190, mas a realidade foi outra, chegando a valores próximos dos R$ 345. Baía da Lusofonia

Stórias

Adeus Velho Amigo
Não mais “Stórias Midlenses”
Do nosso tempo da juventude
Não mais aquela voz amiga
E a grandeza da sua atitude

Não mais aquele leal amigo
Que nos falava com franqueza
Mesmo quando as verdades
Eram de uma grande crueza

Zizim:

Lutaste com grande coragem
Nunca recusaste uma batalha
Só perdeste no último round
E nunca te vimos atirar a toalha

Como qualquer árvore, a figueira
Morre de pé sem se dobrar
Tua luta contra doença traiçoeira
É uma epopeia de assombrar

Não esqueceremos as grandes lições
Que toda a vida a todos nós deste
E prometemos dar continuidade
Aos ideias que sempre defendestes.

Rui Machado – Cabo Verde in “Liberal”

In Memória Mestre José Figueira Júnior

Zizim Figueira (1939 – 2012)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Relevância

“Todas as nações tendem a ganhar em seus contatos mútuos, desde que esses contatos não sejam assimétricos ou impostos pela força como nos (neo) colonialismos. Fora isso, o Brasil tem muito a ganhar com a Galiza e a Galiza com o Brasil. O Brasil é um país de passado recente e obscuro, com histórias de espoliações e opressões, mas com lindas promessas de futuro. A Galiza é um país de passado profundo, cheio de enredos e glórias, mas com um presente obscuro e um futuro incerto. Precisamos unir este passado fecundo a um futuro de esperanças. E para isto nós temos o veículo: falamos a mesma língua, língua esta que veio a ser conhecida mundialmente como portuguesa. Aliás, outra coisa que podemos aprender com as galegas e os galegos é a relevância da língua. Falamos com tanta naturalidade o português que esquecemos sua força e sua importância. A luta de galegas e galegos para preservar a sua língua é um sinal para que atentemos para a singularidade e preciosidade desse patrimônio comum.” Otto Winck – Brasil                          in “www.pglingua.org”

domingo, 22 de julho de 2012

Federalismo?


Hoje terminou a 99ª Volta à França em bicicleta consagrando pela primeira vez um ciclista britânico como vencedor. Bradley Wiggins de seu nome tem a curiosidade de ter nascido em Gent na Bélgica em Abril de 1980, filho de uma inglesa e de um australiano que praticou ciclismo e incutiu no filho o gosto pela modalidade. Percorreu o mundo na sua infância e quando pegou na bicicleta foi para ser corredor de pista, ganhando nos Jogos Olímpicos, seis medalhas, das quais três são de ouro.
O que me leva hoje a falar da Volta francesa além de Bradley Wiggins é do público que acompanhou na estrada, aos milhares, diariamente durante três semanas a corrida. Como é que eles se manifestavam?

Com bandeiras, umas maiores outras mais pequenas, e comecei a registar a origem delas. Desde a Grécia, República Checa, Brasil ou México que não tinham ciclistas em prova, de Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Suíça, Áustria, Itália, Eslovénia, Croácia, Alemanha, Polónia, Eslováquia, Dinamarca, Noruega, Suécia, Ucrânia, Estónia, Bielorrússia, Rússia, Cazaquistão, África do Sul, Argentina, EU América, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia com atletas na corrida e muitas outras bandeiras como as nacionalistas do País Basco ou da Bélgica, entre outras.

O que me admirou foi a ausência da bandeira, que reúne uma população de 300 milhões de habitantes na europa e que eu não a via em lado algum. Apareceu no sábado, no contra-relógio da penúltima etapa, uma bandeira em cima de uma caravana, a bandeira da União Europeia. Logo pensei que estava na presença de um funcionário manga-de-alpaca que trabalhava na comunidade.

Enquanto alguns políticos de aldeia pretendem avançar para um estado federado e se possível sem auscultar as populações, estas numa das maiores e mais populares provas desportivas, respondem com a sua bandeira dizendo, esta federação, não obrigado. Baía da Lusofonia

Literacia

"A falta de cultura na generalidade da sociedade portuguesa é uma coisa gritante. Este trabalho que estamos a desenvolver no âmbito da alfabetização de adultos tem como tema Sem cultura não há desenvolvimento para as pessoas perceberem que é preciso cultivarem-se para terem necessidade do desenvolvimento." Helena Moura - Portugal      in "Livros & leituras 

               in Memória Helena Tâmega Cidade Moura (1924 - 2012) 

sábado, 21 de julho de 2012

Testemunho

“Os portugueses têm que compreender que se nós… nos não sustentarmos a nós próprios, ninguém nos vem sustentar! Hermano Saraiva – Portugal

                                           In memória José Hermano Saraiva (1919 – 2012)

 Trabalhou incansavelmente ao serviço da Lusofonia até aos 92 anos de idade
                           //baiadalusofonia.blogspot.pt/2012/06/lisboa.html

Fascínio


Quando na passada segunda-feira, 16 de Julho de 2012, a comunicação social, principalmente a televisiva, mostrou imagens do incêndio nas Canárias, na ilha de Tenerife mais concretamente no Parque Nacional de Teide, Património Mundial da Unesco, era expectável que num futuro próximo a ilha da Madeira iria ter um cenário semelhante, afinal foram só dois dias.
As imagens que chegaram, através de fotografias e principalmente das televisões, trágicas, mas com um conteúdo que não deixa ninguém indiferente, acompanhadas de bombeiros equipados a rigor, maquinaria e aviação apropriada para o combate a incêndios, levam a que mentes fracas, perversas, frouxas, que desejam chamar a atenção para as suas zonas de residência, primam o gatilho que irá fazer a ignição, transformando todo o mato que não foi limpo em rastilho para incêndios de proporções inimagináveis, atiçadas por ventos fortes e temperaturas elevadas.
É reconhecido às televisões que devem noticiar todas as situações de anormalidade, mas há matérias que têm de ser elaboradas, estudadas, para que não sejam atractivas, mostrando o horror da situação e a tragédia que bate à porta de cada um, em vez de imagens que atraem aqueles que por razões diversas não tem a capacidade de discernir o bem do mal.
O que temos vindo a assistir nas últimas horas é o alastrar do problema a outras regiões, tanto na ilha da Madeira como no continente português, aqui com a agravante dos eucaliptais, através das copas das árvores, terem um efeito multiplicador, com as folhas do eucalipto a serem a ignição de novos focos de incêndio. Baía da Lusofonia

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Falantes


“O português brasileiro, como sabemos, resulta, sem dúvida, do contato entre falantes do português europeu, língua hegemónica de dominação, com os falantes das numerosas línguas indígenas autóctones, com as chamadas línguas gerais indígenas, e ainda do contato com os falantes africanos, de várias línguas, e seus descendentes e, a partir do século XIX, com os falantes dos diversificados grupos de emigrantes que aqui se estabeleceram. Constituiu-se assim o português brasileiro em um complexo contexto multilinguístico que há-de ser rigorosamente escrutinado para que se possa afirmar que decorre o que tipifica, numa perspectiva histórica, o português brasileiro.” Rosa Silva - Brasil

 In memória Prof. Dra. Rosa Virgínia Barretto de Mattos Oliveira e Silva – Brasil

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Senha

E depois do adeus
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei…

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

José Niza - Portugal

Subsistência


Têm estado a abater os coqueiros todos… que nos dão os cocos para nós comermos… para plantarem palmeiras para a Agripalma, aqui… já não há roças…o que vai ser da gente? Popular – São Tomé e Príncipe

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Consolidação

“No actual grau de desenvolvimento e com a sua dependência em relação ao exterior, a imagem de São Tomé e Príncipe é um “bem” que temos de saber exportar e que está permanentemente ao nosso alcance potenciar. Temos uma localização excepcional numa zona geoestratégica que é o Golfo da Guiné cuja importância é cada vez maior e com um mercado, ao nosso alcance, de 300 milhões de pessoas. Temos um regime estabilizado e amadurecido. Somos um povo pacífico e que sabe receber quem nos visita.

Temos condições naturais únicas que nos permitem ser conhecidos como as ilhas maravilhosas. Temos uma coesão social digna de registo apesar das desigualdades que ainda persistem. Temos baixos índices de criminalidade violenta. Temos uma taxa de alfabetização e de escolarização básica que nos coloca nos primeiros lugares no ranking do continente Africano.

Fizemos progressos notórios no domínio da saúde, como por exemplo no combate ao paludismo e na redução da taxa de mortalidade infantil, onde estamos entre os 20 primeiros de África e no âmbito da CPLP só temos à nossa frente Portugal e o Brasil.” Pinto da Costa – São Tomé e Príncipe

terça-feira, 17 de julho de 2012

Família

“Estávamos em Conacri e, na altura, os movimentos nacionalistas das ex-colónias portuguesas eram uma única família. Dizia que o meu pai (Miguel Trovoada) é o meu pai e que os meus tios eram Lúcio Lara, Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Marcelino dos Santos.” Patrice Trovoada – São Tomé e Príncipe

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Parceria

“A parceria entre o povo da Guiné-Bissau e da Angola, remonta ao período em que o Amílcar Cabral e o Agostinho Neto conviviam na casa dos estudantes do império, em Lisboa, na década de quarenta do século passado. Ou seja, todas as confabulações e riscos inerentes aos pensamentos independentistas que os dois jovens estudantes corriam, já desenhavam o futuro dos dois países e dos seus respectivos povos. Isso é parceria. Existem relatos históricos que asseguram a participação do Amílcar Cabral na fundação do MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola.
Com o desencadeamento da luta na então Guiné Portuguesa e em Angola, o Cabral foi o grande interlocutor para angariação do apoio que o movimento libertador daquele país recebia do bloco comunista. Quando o PAIGC foi alçado à condição de porta-voz dos povos em luta em África, os nossos combatentes de liberdade da pátria falaram em diversos fóruns internacionais, não só em nome dos povos da Guiné e Cabo-Verde, mas também em nome dos demais povos em África, que lutavam contra o regime de Salazar e Marcelo Caetano, dentre os quis o povo angolano.
Quando em 1970, o Papa Paulo VI recebeu em audiência privada, o Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, foi o patrono da nossa independência quem falou em nome da delegação e inteirou ao sumo pontífice do andamento das lutas contra o regime colonial português em África, o que foi avaliado pelos analistas de então como uma grande vitória diplomática a favor da descolonização dos nossos países.”  Alberto Indequi – Guiné-Bissau in “Ditadura do Consenso”

domingo, 15 de julho de 2012

Lázaro

Faz hoje cem anos que faleceu o atleta olímpico português Francisco Lázaro que na véspera, domingo, 14 de Julho de 1912, tinha participado na corrida da maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo. Francisco Lázaro nascido a 21 de Janeiro de 1888 em Benfica - Lisboa, aproveitava diariamente o percurso de casa para o emprego e depois o regresso ao lar para se treinar com o objectivo de ser um atleta maratonista.

O percurso era praticamente plano, entre Benfica e o Bairro Alto, com uma pequena subida após Palhavã e Francisco Lázaro rapidamente registou tempos que lhe permitiam sonhar com um excelente resultado na V Olimpíada de Verão a realizar em Estocolmo.

Da comitiva portuguesa faziam parte sete atletas, Armando Cortesão, António Stromp e Francisco Lázaro no atletismo, Joaquim Vital e António Pereira na Luta e Fernando Correia na esgrima que capitaneava a delegação portuguesa, num total de 2407 participantes, de 28 países em 14 modalidades.

Francisco Lázaro, que tinha sido o porta-bandeira no desfile inaugural, decidiu, devido ao calor que fazia na altura, besuntar-se com sebo. Esta decisão foi fatal para Francisco Lázaro que ao quilómetro 29 começou a cambalear e caiu, sendo levado para o hospital onde faleceu no dia seguinte de manhã.

Hoje 75 atletas portuguesas preparam-se para competir na XXX Olimpíada de Londres, num universo de cerca de 10500 atletas de aproximadamente 200 países que vão competir em 26 modalidades. As condições para a prática desportiva são outras e é praticamente impossível um atleta tomar uma decisão, que possa por em risco a sua própria vida. Recordemos hoje Francisco Lázaro. Baía da Lusofonia


Benfica


A 06 de Fevereiro de 1954 nascia em Nampula um clube desportivo que os seus fundadores, colonos portugueses, liderados por Francisco Carvalho Durão, um algarvio de Quelfes, nascido a 03 de Novembro de 1906, que fez de Nampula a sua terra adoptiva e onde veio a falecer a 15 de Setembro de 1962, deram o nome de Sport Nampula e Benfica em homenagem ao Benfica de Lisboa.

O Sport Nampula e Benfica notabilizou-se até à independência de Moçambique nas modalidades de futebol e hóquei em patins, sendo célebres os jogos realizados contra o seu rival Sporting de Nampula.

Após o ano de 1975, com a ascensão de Moçambique à independência o clube mudou de nome para Clube de Desportos de Muhavire, nome do bairro onde estão sedeadas as infra-estruturas do clube. O associativismo que imperava no clube desapareceu e deu lugar a uma gestão empresarial liderada pelas empresas públicas do ramo da construção civil, que com as falências destas levaram o clube próximo do encerramento de actividades.

Em 1998 uma nova vida começou no regressado Sport Nampula e Benfica, através de uma comissão que elegeu Abdul Hanane como presidente do clube. Após uns anos de incertezas de qual o rumo a seguir pelo Sport de Nampula e Benfica, hoje a agremiação está virada para a formação, criando novas instalações e apostando na constituição de uma Academia de Futebol, tudo isto graças ao esforço dos seus dirigentes, pois os sócios não pagam quotas. Baía da Lusofonia

sábado, 14 de julho de 2012

Enxada

"Quando o mundo inteiro anunciava uma crise de preços dos alimentos, criamos um programa que incentivou a produtividade da agicultura familiar e se apoiou no financiamento da compra de tractores a longo prazo.

Muitas outras formas de crédito foram implementadas, especialmente aquelas que facilitaram o acesso de trabalhadores assalariados a taxas de juros menores e prazos maiores. Também um programa gigante de financiamento da aquisição de moradias facilitou o acesso de milhões de pessoas a casa própria.

O cuidado com os mais pobres impulsionou a economia de baixo para cima. O aumento do poder de consumo do pobre e a ascensão social de grandes parcelas dessa população movimentaram todos os sectores da indústria: alimentos, geladeiras, carros e também a construção civil.

Aumentaram os investimentos e os empregos na indústria e no comércio. O Brasil conseguiu um crescimento sustentado pela ascensão de populações antes marginalizadas do mercado consumidor." Lula da Silva Brasil







sexta-feira, 13 de julho de 2012

Hino

Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É u’a imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs 
Ergue a tocha no alto da glória
Quem herói nos combates se fez
Pois, que as páginas da história
São galardões aos negros de altivez 
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte, na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a sol
Para o bem do nosso país 
Ergue a tocha no alto da glória… 
Dos palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da mãe África
Aruanda dos deuses da paz
No Brasil este axé
Que nos mantêm de pé
Vem da força dos orixás 
Ergue a tocha no alto da glória… 
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente, marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor porvir 
Ergue a tocha no alto da glória…

in memória Prof. Eduardo de Oliveira - Brasil (1926 - 2012)

Rupturas

"A adesão da Guiné-Equatorial, na minha perspectiva, tem permitido o crescimento da CPLP. Organizações como CPLP, para o seu crescimento, precisam de rupturas, precisam de elementos estranhos que vêm  perturbar a normalidade e obrigar ao confronto de ideias, à análises tanto conjunturais como circunstanciais, que podem mudar um posicionamento diferente daquele que é tradicional. E é isso o que o dossier Guiné-Equatorial  tem provocado, tem prometido. Desde 2004, tem merecido avaliação contínua das várias cimeiras que se foram realizando. A CPLP entende que não pode estar de costas voltadas para o mundo e reconhece que, a partir do momento em que um estado independente e soberano, como a Guiné-Equatorial, apresenta o seu pedido, esse pedido deve merecer atenção e análise por parte dos Estados. Infelizmente, nas quatro cimeiras que já tiveram lugar, as conclusões a que chegámos indicavam que bastava serem reunidas todas as condições para aceitação da entrada da Guiné-Equatorial. É preciso lembrar que os estatutos da CPLP impõem um conjunto de princípios que, na revisão dos Chefes de Estado, entendeu-se que não estavam devidamente preenchidos. A partir de 2010, o Secretariado da CPLP foi instruído a trabalhar com a Guiné-Equatorial, para se tomar uma decisão na cimeira de Maputo." Domingos Pereira - Guiné Bissau     In “O País” Moçambique

Uma nota da Baía da Lusofonia: Em 1948 Portugal em plena ditadura Salazarista foi um dos países fundadores da OCDE, mantendo-se 26 anos nesta Organização sob o regime ditatorial, até que, o dia chegou, a 25 de Abril de 1974, abrindo-se o caminho a uma integração plena nas organizações internacionais. A história dá-nos ensinamentos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Consciencialização


“Resumindo, será que somos todos corruptos e merecemos os dirigentes que temos? Enquanto não mudarmos a nossa mentalidade e votarmos com consciência, as coisas continuarão do jeito que estão. Com certeza, com uma conscientização da população sobre os seus comportamentos erróneos seria possível erradicar definitivamente a corrupção no nosso País.
Fé, ânimo, força e coragem, que um dia as coisas hão-de melhorar, se não melhorar, piorar-se-á de uma vez! Onde vamos e o que queremos para São Tomé e Príncipe!” Loysiki Trindade – São Tomé e Príncipe

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Literatura


A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) do Brasil promove a divulgação de autores brasileiros através de bolsas de apoio à publicação das suas obras na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e é dirigido às editoras dos países lusófonos que pretendam publicar e distribuir, em forma de livro impresso ou digital, obras que anteriormente foram publicadas em português no Brasil, ou a projectos de publicações inéditas ou reedições de obras já publicadas e que estejam esgotadas e fora do mercado há pelo menos três anos, no país a que pertence a editora.
As inscrições gratuitas têm agora início com a publicação do edital e decorrem até 30 de Setembro de 2013 e destinam-se a apoiar publicações até Dezembro de 2013. Cada projecto seleccionado poderá receber um apoio financeiro da FBN até 6 mil dólares americanos. Baía da Lusofonia

               //www.jusbrasil.com.br/diarios/38532389/dou-secao-3-09-07-2012-pg-15

terça-feira, 10 de julho de 2012

Ostentação

“O povo sueco não permite isso. No nosso país, todos os políticos têm que declarar os seus bens todos os anos. Por exemplo, eu, como embaixadora, não posso viajar em classe executiva. Temos muitas restrições nesse sentido. Eu, particularmente, não gosto do que acontece em Moçambique. Tenho muitos sentimentos morais. Houve, recentemente, a cimeira do clima no Rio do Janeiro, no Brasil, e a delegação moçambicana estava num dos hotéis mais caros do Rio de Janeiro! Moçambique, sendo um dos países mais pobres do mundo, não creio que isso seja muito bom para a imagem do país.” Ulla Andrém – Suécia     in “O País” Moçambique

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Proteccionismo

"Uma das coisas que temos trabalhado, e vamos propor, é uma política de endomarketing que visa fortalecer o consumo do produto local, nacional. Ainda não sei como faremos isso, mas hoje as pessoas vão nas lojas e não sabem se o produto foi produzido aqui ou em outro país e quando compram importado não geram emprego aqui. É preciso conscientizá-las a dar preferência ao produto brasileiro, criar forte consumo local. Isso aquece a economia.” Alessandro Teixeira – Brasil

domingo, 8 de julho de 2012

Incumprimento


Trezentos alunos da Guiné-Bissau matriculados em faculdades no Ceará, Brasil, estão em situação irregular devido a atraso no pagamento das mensalidades, de acordo com o Ministério Público Federal no Ceará. Estes jovens foram seleccionados pelas faculdades Evolução e Fatene no seu país de origem e depararam-se no Brasil com um elevado custo das propinas assim como gastos com habitação e alimentação em valores muito superiores ao que tinham estimado, baseados em informações prestadas pelas próprias faculdades.
Segundo a procuradora da Justiça Nilce Cunha Rodrigues, que se reuniu com os estudantes para resolver a situação de irregularidade, os alunos têm dificuldade em receber dinheiro enviado pelas famílias na Guiné-Bissau após o golpe de estado no país, no passado dia 12 de Abril. Ao não tiverem vínculo com as escolas, em virtude da falta de pagamento, a sua permanência no Brasil fica posta em causa e arriscam a ter que abandonar o país.
O Ministério Público Federal está a envidar esforços para encontrar a melhor solução para os jovens africanos da Guiné- Bissau, que esperam adquirir uma formação profissional de nível superior que lhes permitirá no futuro uma perspectiva de vida melhor. Baía da Lusofonia

sábado, 7 de julho de 2012

Jogos


Iniciam-se hoje oficialmente os VIII Jogos Desportivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorrem de 7 a 15 de Julho no complexo desportivo de Mafra, embora ontem já tenha havido dois jogos de basquetebol feminino com Portugal a defrontar São Tomé e Moçambique. São cerca de 900 jovens, em representação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, maioritariamente no escalão de sub 16, que vão competir nas modalidades de andebol masculino, atletismo masculino e feminino, atletismo para pessoas portadoras de deficiência, basquetebol feminino, futebol masculino, ténis e voleibol de praia nos dois géneros. De lamentar a ausência dos jovens atletas da Guiné Bissau, que ficaram impossibilitados de confraternizar com os colegas dos outros países da CPLP.
Além dos jogos, haverá várias actividades culturais que decorrerão paralelamente aos jogos, onde participarão os atletas presentes nos VIII Jogos Desportivos da CPLP e as comunidades locais. Baía da Lusofonia

                               //www.jogosdesportivoscplp.com/

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Formação

"Penso que é o analfabetismo e a desconfiança. Analfabetismo porque estamos num meio de recursos muito escassos e onde é sempre difícil assegurar que a distribuição da riqueza nacional, independentemente dos critérios que estão estabelecidos, chegue de forma equitativa a todos os cidadãos. Por essa razão, temos dificuldades de confiar um no outro. Por conseguinte, as pessoas julgam-se no direito de utilizar todos os recursos e todos os argumentos, incluindo a violência, para fazer valer o seu direito de ter a sua participação na distribuição do bolo comum. Como é que isso se resolve? Através da educação, através da formação." Domingos Pereira - Guiné Bissau  in "O País" Moçambique

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Desavergonhado


Estava nas minhas horas de lazer e decidi ver um pouco de televisão, que acontece esporadicamente, quando entra em minha casa, pelo televisor, um senhor sorridente a afirmar que a contratação de enfermeiros tinha sido realizado por um transparente concurso público, tendo sido acautelados os interesses do Estado e dos contribuintes (o meu), e como tal, tinha sido aceite a proposta mais vantajosa.
Veio-me à memória os tempos idos de 1985, quando nos falavam da melhoria salarial que seria a entrada no ano seguinte na CEE, para auferirmos vencimentos condignos, idênticos aos praticados nos futuros parceiros comunitários.
No dia seguinte encontrei um amigo meu, comerciante, do ramo do pronto-a-vestir, que tinha visto um programa com comentadores e políticos a falarem sobre umas certas parcerias, ele não percebeu bem, mas ficou com a ideia que havia uma grande trapaça.
Resolvi explicar-lhe que estava a falar de contratos de parceria público-privadas e para melhor compreender iria criar um cenário, em que ele arranjava uma boa loja, o Estado pagava-lhe as obras, ele apetrechava o espaço com a roupa e quando chegasse o fim da estação, o Estado lhe pagaria as roupas que entretanto não tinha vendido.
Respondeu-me que não havia ninguém que fizesse um contrato assim, e eu sorri, com aquele sorriso que tinha visto num desavergonhado, que tinha entrado sem licença, pela minha casa adentro, através do visor da televisão. Baía da Lusofonia

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ponte


“A ponte, que se a­figura um grande perigo para as populações e o móbil da desgraça que paira no seio destas, foi construída sem os mínimos padrões de segurança e a sua vida foi abreviada pelos camiões de grande tonelagem e geralmente carregados que passavam por ali.
Não tem que se ser necessariamente um técnico de construção civil ou engenheiro para ver a péssima qualidade do material de construção usado para erguer a ponte de Boane-Massaca.
Porque parte desta já está despedaçada, vê-se que os varões usados são do tipo 12 e 16, o betão parece não ter sido feito para aquele propósito, talvez fosse para uso doméstico ou então muito cimento, varões, pedras foram desviados para ­fins ainda desconhecidos.
Apesar de todas as anomalias, a ponte não chegou a benefi­ciar de obras de manutenção. Desde que ela foi construída até desabar nunca havia sido feita uma intervenção técnica.
Quando a ponte de Boane-Massaca, como é conhecida, desabou, as autoridades da província de Maputo foram informadas do caso e enviaram para o local técnicos e engenheiros de construção civil para ver in loco as consequências de um trabalho mal feito.” Hermínio José – Moçambique           in “@ Verdade”

terça-feira, 3 de julho de 2012

Culturas


«Foi muito complicado deixar a família, temos que fazer sacrifícios pelos estudos, mas nós africanos são muito unidos, por aqui vemos os moradores muito sozinhos, como se estivessem abandonados neste bairro do Barreiro, estranhamos e perguntamos-lhes pelos filhos. Notamos que os idosos estão sempre à procura de conversa.» Popular - Angola

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Centralismo


Regularmente aparecem artigos de opinião na comunicação social evidenciando que as verdadeiras democracias são aquelas que são maduras, em que os partidos do poder são do centro democrático e todos aqueles que apresentam ideologias que não estão enquadradas neste centralismo, são consideradas de extremistas e que desempenham papéis importantes, mas apenas como movimentos de protesto.

Fica-nos sempre esta questão. Se os partidos do centro democrático são os verdadeiros partidos para dirigirem os países democraticamente, como foi possível chegarmos ao estado em que nos encontramos hoje, nós e os outros… Baía da Lusofonia

domingo, 1 de julho de 2012

Timor


"Ao povo português esteve, nos últimos quinhentos anos de história, associado o povo timorense, de que meus antepassados foram igualmente reis. Foi também por isso que, durante as horas sombrias da ocupação estrangeira de Timor, senti como uma obrigação a que me não podia eximir o dever de lutar para que ao povo timorense, que era também o meu povo, fosse reconhecido o direito a autodeterminar-se e escolher livremente o seu destino político. Empenhei por isso o prestígio que me advinha da minha ascendência, e até a herança dos laços de amizade fraterna estabelecidos outrora entre os meus avós e os soberanos que então reinavam na Indonésia, como os de Mataram, de que descendem os actuais sultões de Solo e Jogjakarta, para persuadir as autoridades indonésias a aceitar o diálogo, o que, com a ajuda de Deus, veio a produzir os seus frutos." Duarte de Bragança - Portugal