Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 15 de junho de 2013

História

 
Os casamanseses apropriam-se da sua história
 
 
A história da Casamansa esteve sempre prisoneira dos «funcionários senegaleses» que a desvirtuaram à sua maneira como se imaginassem nos festivais Wolof do «Gaindé Ndiaye» (Falso-leão).
 
Que outra narrativa ficcional dignava-se o Senegal para nos engolir?
 
Hoje em dia, é claro que a construção imaginária de todas as peças sobre as historias embelezadas de Emile Badiane, Assane Seck e amanhã de Robert Sagna e Pierre Atepa Goudiaby já não distraem nem os senegaleses nem os casamanseses. Os autores continuam o seu trabalho como crianças construindo castelos de areia à beira mar até que uma onda os venha destruir.
 
Os casamanseses, obrigado Deus, há muito tempo confrontados, desde 1960, ao silêncio dos poderes públicos e de certos «estoriadores de trazer por casa», colocaram em mãos a reconstrução memorial, começando a recuperar a sua história.
 
Para filtrar todos os testemunhos, os casamanseses residentes e os emigrados na Europa gerem já uma larga campanha de recolha de dados; tudo o que está escrito e é considerado válido.
 
Nada é desprezado. Todas as provas devem ser recolhidas, gravadas, filmadas, registadas, não para atribuir agradecimentos ou distribuir méritos, mas para construir uma verdadeira base de dados.
 
Neste momento, os futuros historiadores e pesquisadores de um centro casamansês de estudos históricos terão a tarefa de escrever a história da Casamansa e do seu caminho rumo à independência muito certamente com nomes como: Fodé Kaba Doumbouya, Moussa Molo Baldé, Aline Sitoé Diatta, Victor Diatta, Augustin Diamacoune Senghor, que nada têm a ver com os nomes daqueles que traíram a nossa história, a nossa identidade, a nossa cultura e a nossa nobre luta para reivindicar o nosso direito no entanto universal: a Independência. Bintou Diallo - Casamansa - Casamance
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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