Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Compras

Os hipermercados, face à quebra no consumo, têm feito promoções e mais promoções, oferecendo sempre mais qualquer coisa que a concorrência ainda não prometeu.

Os consumidores, perante tanta oferta e sem uma postura de controlo da despesa, vão enchendo os carrinhos de compras, ávidos de tantas pechinchas, graças às ofertas diárias, semanais ou mesmo quinzenais.

Os hipermercados para baixar os preços reduzem no pessoal e os consumidores quando já têm o carrinho atafulhado de compras vão à procura de uma saída que esteja em serviço e normalmente deparam-se com uma fila.

Perante tantas promoções, tantas benesses, o comprador na hora de pagar, pega no cartão de débito e entrega à zelosa funcionária. Aqui, é que a coisa se complica, normalmente o dinheiro na conta não chega para pagar a despesa.

Enquanto os restantes clientes desesperam, assiste-se à eliminação de produtos até o cartão ser aceite, à procura nas carteiras do dinheiro em falta para completar a despesa, ou ainda uma incerteza sobre como hão-de resolver tal situação.

No fim, mais ou menos hora, tudo se resolve e as prateleiras dos hipermercados lá vão ficando vazias, os fornecedores lá aguardam uma quantidade de tempo para receber o dinheiro a que têm direito, mas o problema principal está no comércio tradicional, que ao não conseguir competir com os preços das grandes superfícies, por vezes sem saberem como é possível tal preço, inferior aos que eles pagam no grossista, vão encerrando as portas, não apenas nas grandes metrópoles, mas também, agora, nas cidades e vilas deste país, Portugal, empurrando cada vez mais gente para o desemprego. Baía da Lusofonia

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