Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 7 de setembro de 2013

Hinos

 
No velhinho Windsor Park em Belfast, na Irlanda do Norte, onde pela última vez se realizou um jogo de futebol ao nível de selecções, estiveram presentes as equipas de Portugal e da Irlanda do Norte.
 
Não vou falar do jogo de futebol, pois o que por aí mais há são especialistas sobre o mundo do futebol, principalmente homens da política, que ao descobrirem a realidade em que se move este desporto, rapidamente o abraçaram como seu, pois por este universo circula muito dinheiro, com a vantagem de não ser controlado.
 
Antes do jogo iniciar, primeiro tocou o hino de Portugal, “A Portuguesa” que os jogadores da equipa nacional, cantaram do seu jeito, embora a um ritmo diferente da música e da claque, constituída principalmente por emigrantes, que cantava a bons pulmões na bancada do estádio.
 
Depois ouvimos o hino que representa a equipa da casa “God Save the Queen”, assistimos à grande maioria dos jogadores da Irlanda do Norte, mudos, calados, distraídos, desinteressados, amnésicos, como se a música que estava no momento a tocar, nada lhes dissesse, estava ali por empréstimo, diria mais por obrigação. O que eles estavam ali a manifestar é que são profissionais da bola, estavam ali para jogar e receber o melhor prémio possível, que lhes seria entregue caso vencessem o jogo em disputa.
 
 
O verdadeiro protagonista
 
Fiquei a pensar… como seria uma selecção de jogadores catalães, ou galegos, ou bascos a jogarem sob o hino da Espanha a “Marcha Real”, que comportamento eles teriam?
 
Depois como nesta Europa estão a brotar do solo autoritarismos, disfarçados de democratas, este jogo teve o espelho desta realidade, num homem vestido de negro de nome Danny Makkelie com origem holandesa, que mais parecia um ditador que desejava e quase conseguiu ser o protagonista deste evento. Baía da Lusofonia
 
 


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