Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 29 de dezembro de 2013

Pirataria no golfo

Depois da Guiné Equatorial, o primeiro país da região do Golfo da Guiné, a preparar a marinha para o combate à pirataria marítima que tem aumentado na região, cabe agora a Angola preocupar-se com as ameaças reais às plataformas petrolíferas, ao tráfego comercial, às capturas ilegais de pescado e o mais preocupante, o despejo de resíduos tóxicos nas águas próximas da sua costa marítima.

Barra do rio Dande
Para tal, Angola vai construir um complexo portuário que contempla, um porto comercial para descongestionar o porto de Luanda, um estaleiro e uma base naval na barra do Dande, província do Bengo, que dista cerca de 50 quilómetros a norte da capital.

Angola tem em carteira a compra de vários navios de guerra e segundo o sítio brasileiro Defesa Aérea e Naval que passamos a citar: “Ao que tudo indica, a Angola fechou a compra do porta-aviões Príncipe de Asturias com o Governo espanhol, e ainda se comprometeu em adquirir navios patrulhas que também deram baixa da Armada espanhola (P-27 Ízaro, P-61 Chilreu, F-32 Diana) e o navio de desembarque de carros de combate L-42 Pizarro (ex-USS Harlan County LST-1196). A venda se concretizou após a visita de uma delegação composta por almirantes angolanos, que foram conhecer o estado em que se encontra o navio. Esta mesma delegação foi recepcionada pela Navantia, com o objectivo de apresentar como e onde seriam feitas as adaptações e a modernização do porta-aviões.”

Príncipe de Asturias
O porta-aviões Príncipe de Asturias encontrava-se ao serviço da armada espanhola desde 30 de Maio de 1988 onde esteve em missão durante 24 anos. Tem a capacidade para transportar 29 aeronaves. 

Conforme afirmámos no texto Golfo da Guiné o problema da pirataria marítima obriga a uma intervenção conjunta de diversos países que tenham como objectivo comum, em primeiro lugar, a preservação do mar e depois o combate a todos os actos que decorrem de actividades ilegais. Esse conjunto de países, devido à sua especificidade, podem através da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), iniciar uma fiscalização preventiva sobre as águas territoriais e adjacentes em águas internacionais, dando um novo e oportuno sentido a esta Organização.

Contudo, é necessário uma frota composta de navios com alguma agilidade, rápidos, de fácil manutenção (custos de pessoal e material), com possibilidade de intervenção aérea, principalmente de helicópteros, de poucos mas eficientes efectivos, tudo aquilo que não se espera do porta-aviões Príncipe de Asturias. Baía da Lusofonia

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