Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Como em Dezembro de 1982

Como em Dezembro de 1982, a Casamansa em revolta na rua

No início de 2014, a Casamansa em revolta nas vilas e aldeias, manifesta-se na rua.

Uma oportunidade de ouro apresentou-se ao Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC) para subir ao palco e ocupar um cenário político que parecia não esperar pelos independentistas.

Os acontecimentos galvanizantes que são os crimes da ponte de Saint Georges, de Djirédji, de Oulampane onde o exército senegalês, contudo treinados pelos militares franceses e americanos, mostrou o seu amadorismo em zona de conflito, têm impulsionado os mais cépticos do MFDC a marchar aos milhares como em Dezembro de 1982 em direcção à governança de Ziguinchor.

Desta vez, apesar da fuga dos habitantes locais; o governador e seu séquito, os manifestantes não desceram a bandeira senegalesa, mas da maneira mais desconcertante, o porta-voz e um dos arquitectos da marcha, Abdou Elinkine Diatta fez uma declaração, que ficará na história como ponto culminante do sétimo aniversário do falecimento do seu ídolo o Padre Diamacoune Senghor.

Depois de ter cantado, durante anos, os louvores deste país colono, arrogante e corrupto a todos os níveis, eis que a maioria dos médias ocidentais, descobrem a face hedionda dum Senegal medieval e indigno, que continua a semear a desordem e a violência na Casamansa e na sub-região.

Para as casamancesas e casamanceses, todo o mártir caído pela soldadesca das forças ocupantes contribui para dar uma dinâmica irreversível à unidade para um processo que tem em breve o seu termo: a independência. Bintou Diallo - Casamansa




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