Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Casamansa – Stop Senegal!

Hábeis fabricantes de mentiras e disciplinados a exortar o ódio desde o assassinato de Victor Diatta, o fundador do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), em 1947, os governos senegaleses continuam a institucionalizar políticas de violência e de repressão brutal e sangrenta através de detenções arbitrárias, espancamento, actos de tortura, violações, execuções extrajudiciais e o desaparecimento forçado de casamanseses.

Por detrás dos capachos que são as entidades como o BMS, a polícia, o exército e o seu instrumento de propaganda a DIRPA, a máquina de matar e de doutrinação faz os seus estragos temivelmente e impunemente na Casamansa.

Felizmente, a elite vacinada contra as informações sistematicamente falsificadas desceram do seu pedestal para dizer “Stop Senegal!”.

Esta palavra de ordem estende-se mesmo para lá dos casamanseses e exalta os intelectuais de todas as nações democráticas partidários dos direitos humanos e da justiça.

De todos os lados e com todas as forças, nós temos o direito de repugnar os traidores azedados dum poder doente da sua arrogância e do seu despropósito.

A preocupação das contínuas violações dos direitos humanos cometidos pelas autoridades senegalesas contra o povo da Casamansa não torna a tarefa fácil ao embaixador Mark Boulware, conselheiro americano para a Casamansa. Ele sabe-o, fazer a paz nestas condições é irrealista e inaceitável.

O único remédio que me vem à mente, é de exigir directamente ao presidente Obama, ao seu mandatário, ou ao Congresso norte-americano de preocupar-se mais sobre a situação dos direitos humanos na Casamansa e da exploração ilegal das riquezas mineiras e piscícolas pelo Senegal e empresas estrangeiras, propondo um projecto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU, para introduzir um mecanismo de fiscalização dos direitos humanos no âmbito da Missão das Nações Unidas.

Caso contrário, as torturas até à morte de honestos cidadãos casamanseses, como foi o caso de Abdou Bodian no passado Domingo, 23 de Março de 2014, continuarão sem justiça e o espectro de uma limpeza étnica ou simplesmente um genocídio seguir-se-á. Bintou Diallo - Casamansa

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