Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Casamansa - Do bloqueio económico ao bloqueio político

Sem uma palavra traiçoeira de arrependimento ou de compaixão, selando assim o seu plano de bloqueio político da Casamansa, Macky Sall outorga um governo sem casamanseses de origem. Sem dúvida que os carrascos senegaleses afiam as suas facas para tentar matar um povo que ainda está de pé por mais de cinco séculos, que não foi derrotado pelos colonos.



Se Macky Sall e seu exército sabem que estão protegidos pela impunidade que lhes é garantida neste momento pela "comunidade internacional", especialmente a França, contudo não estão convencidos de que transformarão os dignos filhos de Victor Diatta e de Moussa Molo Baldé em perpétuos servidores e beija-mãos.

A neutralização política da Casamansa depois da económica (bloqueando a transgâmbia, isolamento marítimo e aéreo) revela que o medo está algures. Macky Sall está assustado após a tareia eleitoral.

Com efeito o que lhe faz mais medo é o grande espírito de solidariedade dos casamanseses na diáspora. Um reforço do espírito de independência que ninguém pode abalar.

Os casamanseses estão definitivamente conscientes, estamos condenados a agir na união, sem muito avaliar, como no passado, os projectos sociais das autoridades senegalesas que em grande parte nos mergulhou no abismo e no caos actual. Bintou Diallo - Casamansa

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Macau – Transportes e comunicações em Junho de 2014

Até ao final de Junho de 2014 havia 232.586 veículos em circulação no Território, tendo aumentado 5% em relação ao final de Junho de 2013, dos quais 52% eram motociclos e 41% eram automóveis ligeiros particulares. No primeiro semestre do corrente ano registaram-se 9.819 veículos com matrículas novas, ou seja, mais 9%, informam os Serviços de Estatística e Censos.
   
Ocorreram 7.517 acidentes de viação no primeiro semestre deste ano, registando-se uma subida de 5%, em termos anuais, dos quais resultaram 2.540 vítimas, 7 delas mortais.
   
No primeiro semestre o movimento geral de automóveis nos postos fronteiriços terrestres entre Macau e a China Continental atingiu 2.413.421 viaturas, crescendo 6%, em termos anuais. Destaca-se que no posto fronteiriço das Portas do Cerco o movimento de viaturas correspondeu a 80% do total. Na vertente dos transportes marítimos, assinala-se que se efectuaram 69.968 viagens de passageiros por barco, entre Macau e Hong Kong, bem como entre Macau e a China Continental, ou seja, mais 1%, em termos anuais. Salienta-se que 47.148 viagens de barco foram efectuadas através do Porto Exterior.
   
Quanto aos transportes aéreos no semestre em análise, efectuaram-se 23.443 voos comerciais no Aeroporto Internacional de Macau, correspondentes a um crescimento de 8%. A maior parte dos voos estabeleceu ligação com a China Continental (40% do total) e Taiwan (25%). Executaram-se 938 voos comerciais entre Macau e o Vietname, equivalentes a um aumento significativo de 163%. Por seu turno, no heliporto realizaram-se 7.764 voos entre Macau e Hong Kong, bem como entre Macau e o Interior da China, ou seja, menos 5%, em termos anuais.

 Movimentaram-se, no primeiro semestre do corrente ano, 48.134 contentores com 68.904 TEU, que aumentaram 12% e 16%, respectivamente, em termos anuais. O peso bruto da carga contentorizada entrada e saída do Território por via marítima foi de 123.019 toneladas, subindo 40% e por via terrestre 12.042 toneladas, aumentando 10%, em termos anuais.
   
Em termos de transportes aéreos no semestre de referência, a carga exportada foi de 7.146 toneladas de mercadorias, semelhante à registada no mesmo período do ano passado. A carga importada atingiu 3.167 toneladas de mercadorias, cresceu 6%, em termos anuais. Destaca-se que Taiwan continuou a ser o principal mercado de importação e exportação da carga aérea, representando 52% e 43% do total, respectivamente. A carga movimentada em regime de trânsito por via aérea fixou-se nas 2.651 toneladas, subiu 11%, em termos anuais, graças ao aumento de mercadorias provenientes de Taiwan e da Tailândia.
   
Até ao final de Junho de 2014 estavam registados 156.169 utentes de linhas telefónicas fixas, que diminuíram 3%. Constataram-se, ainda, 1.688.231 utentes de telemóvel, mais 10%, em termos anuais. Quanto ao serviço de internet, existiam 284.830 assinantes que utilizaram 462 milhões de horas no primeiro semestre de 2014, correspondentes a aumentos de 18% dos assinantes e 20% do número de horas, em termos anuais. DSEC - Macau

Brasil - Porto de Suape cresce 42,7% na movimentação de cargas

Exportação teve alta de mais de 80% em relação ao ano passado

A movimentação de cargas no Porto de Suape registrou de janeiro a junho mais de 7,7 milhões de toneladas, uma evolução de 42,7% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando movimentou cerca de 5,4 milhões. O resultado deve-se, sobretudo, ao aumento de 64,6% na movimentação de graneis líquidos, que são gasolina, diesel, gás liquefeito de petróleo, óleo comestível, entre outros.

A exportação registrou crescimento de mais de 80% em relação ao primeiro semestre de 2013, somando quase dois milhões de toneladas de cargas. A importação, por sua vez, cresceu 32%, com cerca de 5,7 milhões de toneladas.

O desempenho também contou com o incremento de 37,7% na movimentação de graneis sólidos (açúcar e trigo) e de 5,7% na de carga geral solta, que representa itens como veículos, chapas de aço e peças destinadas às indústrias da região, por exemplo. A movimentação de contêineres cresceu 15,6% se considerado o peso bruto da carga. Se for contabilizado em TEU, a evolução chega a 4,5%, com 202.771 Teus movimentados no período.

O diretor de Gestão Portuária de Suape, Leonardo Cerquinho, explica que a expectativa para o próximo semestre é manter os mesmos níveis de crescimento alcançados no primeiro. “Nossa previsão é encerrar o ano atingindo aproximadamente 15 milhões de toneladas movimentadas”, contabiliza. Guia Marítimo - Brasil

Brasil – Porto de Santos tem movimentação recorde em Junho

O Porto de Santos atingiu no mês de junho o maior movimento para o período já registrado, totalizando 9,8 milhões de toneladas, ficando 5,4% acima do apurado em junho do ano passado (9,3 milhões t - recorde anterior). O incremento de 8,1% verificado nas cargas de exportação (6,9 milhões t) contribuíram, significativamente, para esse resultado. As mercadorias de importação (2,8 milhões t) apresentaram redução de 0,7%.

As cargas conteinerizadas continuam apontando crescimento, que chegou a 15,4%, em junho, totalizando 325,0 mil teu.

Os destaques entre as cargas de exportação ficaram com o complexo soja (2,3 milhões t), crescimento de 18,9%,  café em grãos (132,0 mil t), com aumento de 47,2%, gasolina (146,8 mil t), incremento de 50,6%, e óleo combustível (218,6 mil t), 85,1% a mais.

Entre as cargas de importação ganharam relevância o crescimento de 58,6% nas descargas de gás liquefeito de petróleo (84,7 mil t) e 632,0% nas de nafta (41,4 mil t).

A queda no número de embarcações (6,1%) continua espelhando a chegada a Santos de embarcações de maior porte, graças ao aprofundamento que possibilitou a ampliação do calado operacional do Porto de Santos.

Acumulado no Semestre

Apesar da queda de 1,6% na movimentação de cargas no primeiro semestre (52,9 milhões t) em relação ao mesmo período do ano passado (53,7 milhões t), decorrente do desempenho das exportações nos meses de janeiro, abril e maio, o movimento de cargas conteinerizadas, que possuem maior valor agregado, continua a crescer, chegando a 8,0% (1,7 milhão teu).

Os embarques no período somaram 36,7 milhões t (-3,1%) e as descargas 16,1 milhões t (+1,9%). A queda nas operações de açúcar (-14,8%), o produto de maior movimentação no Porto de Santos, contribuiu, significativamente, para a redução das exportações, bem como de milho (-52.5%) e celulose (-27,0%). Os destaques do semestre dentre as cargas exportadas foram o complexo soja (+8,7%) , café em grãos (+19,8%) e gasolina (+15,6%).

Nas importações, as descargas de adubo, principal mercadoria operada nesse fluxo, apresentaram índice de crescimento de 5,4% (1,3 milhão t), o gás liquefeito de petróleo aumentou 58,6% (462,4 mil t), o trigo 19,8% (772,1 mil t) e a nafta 111,9% (146,6 mil t).

O movimento de navios mantém-se em queda (-2,0%), totalizando 2.549 embarcações.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Porto de Santos movimentou no primeiro semestre deste ano cargas no valor de US$ 57,2 bilhões, que representaram 25,3% das trocas comerciais brasileiras (US$ 226,0 bilhões). Desse total, US$ 28,6 bilhões foram no fluxo de exportação e US$ 28,6 bilhões no de importação. Porto de Santos - Brasil


terça-feira, 29 de julho de 2014

São Tomé e Príncipe – Cooperação da marinha brasileira

Marinha do Brasil inicia formação de fuzileiros navais de São Tomé e Príncipe

Foi realizada, em 21 de julho, a cerimônia de abertura do curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe (STP), que será ministrado pela Marinha do Brasil, como parte da cooperação, no âmbito da Defesa, entre os dois países.

Primeira turma de fuzileiros navais de STP durante a cerimónia de abertura


Compareceram ao evento, o Ministro da Defesa e Ordem Interna, o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas e o Comandante da Guarda Costeira, dentre outras autoridades santomenses. O governo brasileiro foi representado pelo Encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em STP, Maurício do Carmo, que entende “como um passo precioso a presente cooperação, no âmbito militar, que começou com a transferência de bens patrimoniais e de consumo para a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe”.

O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de STP, Brigadeiro Justino Lima, ressaltou que: "O Brasil tem sido um grande parceiro de São Tomé e Príncipe no quadro das reformas das Forças Armadas. Ajuda-nos a confrontar o problema da pirataria marítima e também capacita os nossos militares, que poderão ser chamados um dia para responder a uma solicitação no quadro do apoio internacional".

O curso terá duração de 4 meses e a primeira turma é composta por 30 militares das Forças Armadas, da Guarda Costeira e da Guarda Presidencial daquele país africano. Dois oficiais e sete praças da MB foram designados para aplicar o curso.

A cooperação entre os dois países é um dos resultados do esforço que o Ministério da Defesa do Brasil vem empreendendo, com vistas à construção de um ambiente cooperativo no Atlântico Sul, em particular, junto aos países da África ocidental, sob a égide da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS).

Histórico

O curso é um dos frutos do III Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado no Brasil, em maio de 2012, quando o Comandante da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe demonstrou interesse em aumentar a cooperação com a MB de diversas formas, particularmente na área de formação de pessoal.

ZOPACAS

Criada em 1986 pelas Nações Unidas, a ZOPACAS conta, atualmente, com 24 membros: África do Sul, Angola, Argentina, Benin, Brasil, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Togo e Uruguai.

Tem o objetivo de evitar a proliferação de armas nucleares e reduzir, até eventualmente eliminar por completo, a presença militar no Atlântico Sul de países externos à organização. Juntos, os membros, buscam formas de integração e colaboração regional, tais como a cooperação econômica e comercial, científica e técnica, política e diplomática. Marinha do Brasil - Brasil

Portugal – Porto de Leixões bate recorde no 1º semestre de 2014

Porto de Leixões movimenta 8,8 milhões de toneladas no 1º semestre

O Porto de Leixões atingiu um valor recorde de 8,8 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014, um crescimento de 4,2% face ao período homólogo do ano anterior, alicerçado no aumento de 9% das exportações.

A evolução do semestre foi positiva na carga contentorizada (+8%), nos granéis líquidos (3%) e no Ro-Ro (+835%). Neste último segmento, o forte crescimento posicionou Leixões em primeiro lugar no ranking nacional. Por outro lado, verificaram-se quebras nos granéis sólidos (-11%) e na carga fracionada (-2%). O movimento de contentores registou um aumento de 10% tanto em TEU como em número.

No que diz respeito às exportações, registou-se um aumento de 9% destacando-se o crescimento verificado nos cubos de granito (+24%) e no papel e cartão (+37%). Angola (+19%) e França (+43%) foram os países de destino que mais contribuíram para este crescimento. Porto de Leixões - Portugal

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Guiné Equatorial - Comércio Internacional 2009 - 2013

Comércio Internacional de mercadorias
Guiné-Equatorial face ao mundo e à CPLP
(2009 a 2013)


Walter Anatole Marques   
Julho 2014



No passado dia 23 de Julho, durante a X Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em Timor-Leste, a Guiné-Equatorial1 foi aceite, por consenso, como membro de pleno direito desta Organização.
No texto que se segue pretende-se analisar as trocas comerciais efectuadas pelo novo Estado-membro com o mundo e no contexto da CPLP, ao longo dos últimos cinco anos.
A Balança Comercial de mercadorias da Guiné-Equatorial é superavitária, com saldos de 7,1, 10,4 e 8,6 milhões de Euros respectivamente em 2011, 2012 e 2013, anos em que os elevados graus de cobertura das importações pelas exportações atingiram 387,6%, 682,6% e 428,5%.



Após quebras anuais em 2011 e 2012, as importações aumentaram em 2013 (+24,0%). Por sua vez as exportações cresceram de 2010 a 2012, para acusarem uma quebra em 2013 (-11,3%).
Os principais mercados de origem das importações da Guiné-Equatorial em 2013 foram os EUA (25,6%), a Espanha (15,3%), a China (12,1%) e Singapura (11,3%).
Seguiu-se a França (5,3%), a Itália (4,7%) e Portugal (3,0%), este com fornecimentos a crescerem sustentadamente ao longo dos últimos quatro anos, embora de menor monta.



1- Localizada na África Ocidental e banhada pelo Oceano Atlântico, a parte continental da Guiné Equatorial faz fronteira com os Camarões a Norte, e com o Gabão a Leste e a Sul. A sua capital, Malabo, situa-se na ilha de Bioko (antiga Fernando Pó, a que o navegador português aportou em 1471), no Golfo de Biafra. Compreende ainda outras ilhas:Ano Bom, a Sul de S.Tomé e Príncipe, Corisco, Elobey Grande e Pequeno, e ilhotas adjacentes, ao largo do Gabão. Com uma população de cerca de 760 mil habitantes e uma superfície de apenas 28000 Km2,  tem por línguas oficiais o Espanhol, o Francês e recentemente também o Português.


As importações originárias da Nigéria, essencialmente petróleo, que em 2009 e 2010 haviam representado respectivamente 63,4% e 52,3% do total, anularam-se nos dois últimos anos, na sequência do grande incremento verificado na exploração deste produto no país, cuja exportação em número de barris por habitante se aproximará já da do Kuwait.


Os principais mercados de destino das exportações da Guiné-Equatorial em 2013 foram a China (17,2%), o Japão (14,0%), o Reino Unido (12,8%) e a França (10,5%).

Seguiu-se a Espanha (7,5%), o Brasil (6,8%) e os EUA (6,5%), tendo Portugal ocupado a 14ª posição, com apenas 1,8%).

Em 2013, a maior percentagem das importações efectuadas pela Guiné-Equatorial, por agrupamentos de produtos, incidiu nas “Máquinas” (39,0%), com destaque para a máquinas e aparelhos mecânicos.
Seguiu-se o “Material de transporte” (16,0%), compreendendo tanto automóveis como outro material de transporte, os “Minérios e metais” (14,1%), com destaque para os metais, e os produtos “Agro-alimentares” (12,1%), em que o vinho e outras bebidas alcoólicas e também as carnes ocuparam lugar de relevo.
No agrupamento “Produtos acabados diversos” (8,0%), incluem-se produtos muito diversificados, como cerâmica e vidro, entre outros.
Uma referência ainda ao agrupamento “Químicos” (5,8%), com destaque para os plásticos e para a borracha e suas obras.  
















Nos últimos cinco anos as exportações dominantes por agrupamentos de produtos couberam aos “Energéticos”, essencialmente petróleo bruto, com quotas compreendidas entre 92% e 95%.
Entre os restantes agrupamentos, uma referência ao dos “Químicos” (3,5% do total em 2013), quase que exclusivamente produtos químicos orgânicos, como benzeno ou xileno, “Material de transporte” (1,6%), principalmente partes de aeronaves e da “Madeira, cortiça e papel” (1,2%), praticamente apenas madeira.













São ainda pouco significativas, embora tendencialmente crescentes, as quotas globais da CPLP nas importações e nas exportações da Guiné-Equatorial, sendo mesmo nulas ao nível de alguns Estados-membros.

A Balança Comercial da CPLP com a Guiné-Equatorial, no conjunto dos seus anteriores oito Estados-membros, registou um valor das importações superior ao das exportações ao longo dos últimos cinco anos.
Os principais intervenientes em ambos os fluxos foram o Brasil e Portugal, que conjuntamente averbaram a quase totalidade das trocas.
Nos cinco anos em análise não se efectuaram importações, com origem na Guiné-Equatorial, em Angola, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
As importações em Moçambique ocorreram apenas em 2013.
Por sua vez, no mesmo período, não houve lugar a exportações para a Guiné-Equatorial a partir de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.
Cabo Verde apenas efectuou escassos fornecimentos em 2012 e S.Tomé e Príncipe em 2011 e 2012.




















As importações globais na CPLP por agrupamentos de produtos, com origem na Guiné-Equatorial, centraram-se na sua quase totalidade, ao longo dos cinco anos em análise, no agrupamento “Energéticos”.





















A excepção ocorreu em 2012, ano em que se registou uma importação da ordem dos 150 milhões de Euros no agrupamento “Material de transporte”. Tratou-se neste caso da importação pontual, em Portugal, de uma aeronave.
Em 2013 as importações de “Energéticos” pelo conjunto dos países da CPLP, principalmente petróleo bruto mas também gás de petróleo, ultrapassaram os 920 milhões de Euros.
As exportações da CPLP por agrupamentos de produtos, com destino à Guiné-Equatorial, bem mais diversificadas, dirigiram-se em 2013 principalmente para os agrupamentos “Minérios e metais” (34,3%), “Agro-alimentares” (18,2%) e “Máquinas” (18,1%).






















Seguiram-se os agrupamentos “Energéticos” (9,5%), “Químicos” (8,1%), “Material de transporte” (5,4%) e “Produtos acabados diversos” (4,5%).
Com pesos inferiores a 1%, o “Vestuário e calçado” (0,9%), a “Madeira, cortiça e papel”  e as ”Peles, couros e têxteis” (com apenas 0,5% cada).
Os exportadores de produtos “Energéticos” em 2013 para este país exportador de petróleo bruto e de gás, foram o Brasil (betume de petróleo e refinados) e Portugal (betume de petróleo principalmente, asfaltos e óleos lubrificantes).
Julho de 2014.

Walter Marques - Portugal para o blogue Baía da Lusofonia















Moçambique – Escritor Adelino Timóteo lança livro em Lisboa

No próximo dia 31 de Julho de 2014 o escritor moçambicano apresenta em Lisboa a sua mais recente obra “Apocalipse dos Predadores” na Livraria, Bar, Galeria, Clube Literário desassossego, na Rua de São Bento, nº 34 pelas 20 horas.



Escritor e artista plástico, Adelino Timóteo nasceu na cidade da Beira em Moçambique no ano de 1970. É formado em docência da língua portuguesa e actualmente é jornalista no Canal de Moçambique. Foi homenageado pelo Instituto Superior Politécnico Universitário e pelo Conselho Municipal da Beira em 2004, pela sua obra poética, e em 2007, pelo seu contributo cultural para a cidade da Beira, como escritor e artista plástico.

Adelino Timóteo venceu o Prémio do SNJ para a Melhor Crónica Jornalística em 1999. Em 2001 venceu o Prémio Nacional Revelação de Poesia na AEMO. Publicou os seguintes títulos: Os Segredos da Arte de Amar (1999), Viagem à Grécia através da Ilha de Moçambique (2002) (Prémio Nacional ANEM), A Fronteira do Sublime (2006), Mulungu (2007), A Viagem da Babilónia (2009), Nação Pária (2010), Dos Frutos do Amor e Desamores até à Partida (2011), (Prémio BCI 2011), Nós, os do Macurungo (2013), Não chora, Carmen (2013), Livro Mulher (2014) e Na Aldeia dos Crocodilos (2014).

Algumas das exposições como pintor:

Colectivas: Com Ferrão, Silva y Sito em Beira. Workshop com artistas de Zimbabwé e Mozambique. Com Paulo Jorge, Casa de Cultura, Beira.

Individuais: “O Muipiti”, Nampula. "Ilhoas Macuas", Maputo e Beira, "Crossing Cultures", Linz, Áustria, "Deixa passar meu povo", Beira. “Zwischenwelten Frauenwelten" Viena. Baía da Lusofonia

Portugal - Direitos humanos

As notícias chegam em “catadupa” mostrando a realidade que o povo palestiniano está a sofrer nos últimos dias. É a destruição das residências de populações civis indefesas, o bombardeamento de um hospital, a eliminação de uma escola da ONU, um número elevado de mortes e feridos entre a população civil.

Em Portugal, os políticos e comentadores de televisão, céleres em tomarem posições sobre os direitos humanos, vão até a um átrio de um estabelecimento de qualidade, bebem um copo, assobiam para o ar e a questão palestiniana não lhes diz respeito.

Numa cela americana, país onde a pena de morte resiste em muitos dos estados federais, um cidadão de nome Joseph Wood agonizou durante uma hora e quarenta minutos, sim uma hora e quarenta minutos, após ter recebido uma injecção letal durante uma execução no estado do Arizona. O cidadão lutou contra a morte com grandes dificuldades respiratórias.

Em Portugal, os políticos e comentadores de televisão, céleres em tomarem posições sobre os direitos humanos, vão até a um átrio de um estabelecimento de qualidade, bebem um copo, assobiam para o ar e sobre a questão da pena de morte no país amigo, nem uma palavra.

Numa fazenda brasileira, acabou de ser notícia, a libertação de trabalhadores agrícolas que exerciam as suas actividades sem qualquer remuneração e num tratamento desumano inaceitável em pleno séc. XXI, só comparável aos tempos em que a escravatura imperava. Em Portugal uma notícia semelhante foi conhecida há alguns meses numa herdade alentejana, passada com imigrantes dos países do leste.

Em Portugal, os políticos e comentadores de televisão, céleres em tomarem posições sobre os direitos humanos, vão até a um átrio de um estabelecimento de qualidade, bebem um copo, assobiam para o ar e sobre o trabalho escravo nem uma palavra. 

Quem nos conhece já sabe o fim a que se destinam as palavras anteriormente escritas. Numa semana em que todo o mundo, incluindo políticos e comentadores de televisão, com acesso a um meio de comunicação social dissertaram sobre direitos humanos num país, que há alguns meses atrás poucos sabiam da sua existência, ainda menos, onde ficava concretamente situado, obviamente que estou a falar da República da Guiné Equatorial, desenvolveram todo o género de argumentação, mas sobre os tópicos que acima foram referenciados, um silêncio total.

No blogue “Baía da Lusofonia” muitos textos sobre a Guiné Equatorial foram publicados nestes dois anos e dois meses de existência sobre este país, desde notícias sociais sobre a protecção da tartaruga à investigação arqueológica na ilha de Corisco, do falar das gentes da ilha de Ano Bom, um idioma que é um conjunto de português e crioulo antigo de nome Fá D'Ambô, um património cultural imaterial lusófono, estudado e publicado entretanto pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), no âmbito do roteiro da adesão da Guiné Equatorial à CPLP. Quando se declara que não se fala português na Guiné Equatorial é uma afirmação que demonstra ignorância e que esquece os milhares de trabalhadores, angolanos, cabo-verdianos, portugueses e brasileiros que encontraram nessa terra a forma de auferirem o que a sua não lhes dá e de contribuírem para o crescimento que a Guiné Equatorial tem tido nos últimos anos que alguns pretendem escamotear.

Por aqui também poderá encontrar textos políticos, como as posições do CPDS, principal partido da oposição e que está representado na Internacional Socialista, sobre os últimos cidadãos a serem executados, devidamente identificados, presos de delito comum transformados rapidamente em casos de perseguição política, ou o acontecimento das últimas semanas, em vésperas da adesão do país à CPLP, do cidadão italiano também devidamente identificado com a presença do embaixador italiano.

Interessante assistir-se na televisão a um político “meia-leca” que chegou a ministro da defesa, defender, ao ser entrevistado sobre o tema da Guiné Equatorial, que a língua portuguesa pertence a Portugal, esquecendo-se do século em que vive e que a língua portuguesa, a segunda língua universal a seguir à língua inglesa, pertence à humanidade e teve as suas origens nas terras da Galiza.

Todos sabemos que a Guiné Equatorial é governada por um ditador de seu nome Teodoro Obiang Nguema Mbasogo há quase 35 anos, mas nesta região do globo, um país ser governado por um ditador ou por um democrata marioneta, manobrado por uma potência ocidental como pretendem os franceses, com grandes interesses na região, ou pelos espanhóis, última potência colonial, venha o diabo e escolha!

Oyala
Daqui a cinco anos, caso não haja um acontecimento precipitado por terras da Guiné Equatorial, vamos assistir sentados, a todos estes políticos e comentadores televisivos a tentarem conseguir um bilhete de avião gratuito, para irem beber um copo e tecer os mais rasgos elogios na futura capital do país, Oyala, a primeira do mundo a ser totalmente sustentável com energias renováveis. Baía da Lusofonia

domingo, 27 de julho de 2014

Inglaterra – Londres aprova português no metro

Na quarta-feira, 16 de julho de 2014, a Assembleia de Londres aprovou por unanimidade uma moção pedindo que as máquinas do metrô de Londres coloquem o Português como uma de suas línguas, após o upgrade de £20 milhões previsto para as máquinas de vendas.



“O Português é a sexta língua mais falada em Londres, e com uma grande comunidade latino-americana na capital precisamos fazer mais para entender os problemas e as necessidades desta comunidade”, disse Caroline Pidgeon, que propôs a moção.



Hoje em dia é possível comprar os cartões de transporte em 17 idiomas, incluindo o castelhano, mas não o Português. Há quatro anos a Aliança Latino-americana promove reuniões, inclusive com o pessoal da Transport for London, para alcançar essa mudança. Também neste caso foi solicitado que a categoria “latino-americana” seja incluída nos formulários étnicos.



Desde 10 de setembro de 2010, a prefeitura de Londres aprovou a inclusão da categoria da América Latina/latino-americana em todos os formulários. Isaac Bigio – Inglaterra in “Braziliannews”

Angola e Moçambique unidos na música

Canal de música dedicado a Angola e Moçambique

Grupo de media Trace lança canal dedicado à cultura dos dois países.

O grupo de media Trace vai lançar um novo canal de música dedicado essencialmente à música e cultura africana lusófona em Angola e Moçambique, dois “dos países mais criativos e prolíficos para a música em África”.

“Angola e Moçambique estão entre os países mais criativos e prolíficos para a música em África; a identidade cultural afro-lusófona obrigava a um canal de música dedicado e especialmente feito para ir ao encontro dos gostos dos fãs da música local”, disse o co-fundador e presidente do Trace Group, Olivier Laouchez, citado site noticioso Digital TV Europe.

O canal, que se denominará Trace Toca começou as emissões esta semana no DSTV em Angola e Moçambique, acrescentando a oferta que os subscritores já tinham de canais deste grupo, nomeadamente o Trace Urban e o Trace Sport Stars.

No princípio do ano, o grupo empresarial Modern Times comprou 75 por cento do grupo Trace por 30 milhões de euros, tendo recebido em Junho a aprovação das autoridades de regulação francesas. Rede Angola - Angola

Moçambique – Novas infra-estruturas em Cabo Delgado

Novas infra-estruturas em perspectiva no norte de Moçambique

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos apresentou esta quarta-feira o Plano Geral de Urbanização do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, com vista a uma gestão e uso da terra naquele distrito onde foram descobertas enormes reservas de gás natural.

Este plano de 18 mil hectares em Palma deve ser o alicerce de projectos que visam o desenvolvimento da extracção e tratamento do gás natural naquela zona. Este projecto orçado em 50 mil milhões de Dólares, prevê a construção de residências, lojas, escolas, hospitais, e outras infra-estruturas em apoio daquela que deverá ser a segunda maior unidade de liquefacção de gás do mundo, a seguir ao Qatar.

Ao apresentar este plano, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos referiu que os cerca de 8 mil habitantes das oito aldeias situadas na zona onde deve ser erguida a urbanização "estão satisfeitos com o projecto". Todavia, esta não é a visão dos ambientalistas daquela área que, ao denunciar a usurpação de terras para a concretização desse projecto, também expressam receios quanto aos prejuízos que poderão sofrer o meio ambiente e a população local. RFI - Moçambique

sábado, 26 de julho de 2014

IX Jogos Desportivos da CPLP – Angola 2014










Acompanhe aqui os IX Jogos Desportivos da CPLP que estão neste momento a decorrer em Angola.
Poderá assistir aos jogos em directo na Televisão Pública de Angola (TPA) ou em www.tpai.tv/live .










Baía da Lusofonia

Brasil – Amazônia Azul (continuação)

Brasil obtém permissão da ONU para explorar minério em fundo do oceano.

O Brasil foi autorizado por um braço da ONU a explorar recursos minerais em águas internacionais do oceano Atlântico, levantando tanto potenciais ganhos econômicos quanto preocupações ambientais.



Essa mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial moderna.

A permissão foi concedida pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à ONU, e confere ao país o direito de atuar por 15 anos em uma área de 3 mil quilômetros quadrados na região do Atlântico conhecida como Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1,5 mil km da costa do Rio de Janeiro.

O pedido foi feito em dezembro pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em nome do Ministério de Minas e Energia, depois do investimento de R$ 90 milhões ao longo de quatro anos de estudos sobre o potencial geológico desta área.

Potencial econômico

O Brasil poderá estudar as chamadas crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto em projetos de mineração submarina. Segundo o CPRM, esses depósitos foram identificados como os de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos realizados em expedições a essa região.

"Nestes 15 anos, mapearemos o que existe lá e avaliaremos seu potencial econômico. Depois, podemos entrar com um novo pedido para explorar economicamente", afirma à BBC Brasil Roberto Ventura Santos, diretor de geologia e recursos minerais do CPRM.



"As possibilidades são interessantes, porque é uma região rica em elementos químicos usados na indústria, especialmente nas de alta de tecnologia, na produção de chips, peças de usinas eólicas e carros elétricos."

Santos afirma ainda que o Brasil ampliará seu conhecimento técnico sobre este tipo de mineração submarina, formará profissionais capacitados a trabalhar nesta área e criará tecnologia para tal.

"Somos o primeiro país da América Latina a conseguir essa permissão e, assim, entramos no seleto grupo de países que fazem este tipo de exploração, como Japão, Estados Unidos e China", diz Santos.

Novas permissões

Além do Brasil, a ONU concedeu outras seis novas permissões a empresas públicas e estatais do Reino Unido, Cingapura, Ilhas Cook, Índia, Alemanha e Rússia.

Com isso, a área total do leito oceânico liberada para exploração foi ampliada para 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sob um total de 26 permissões de exploração científica.

A ONU ainda não conferiu nenhuma permissão de exploração econômica, conhecida como explotação, mas as primeiras devem ser concedidas nos próximos anos, segundo a Isba.

"Existe um interesse crescente", disse Michael Lodge, da Isba, à BBC. "A maioria dessas últimas permissões foi concedida a empresas que esperam minerar estas áreas em pouco tempo".

No entanto, ainda precisam ser negociadas as condições e regras dessa atividade econômica, como por exemplo a divisão de royalties, já que um dos princípios básicos da Isba é que as riquezas do fundo do oceano devem ser compartilhadas globalmente.

A exploração mineral do fundo oceano começou a ser investigada na década de 1960, mas só recentemente tornou-se possível graças a avanços tecnológicos – criados nas indústrias de petróleo e gás. Ao mesmo tempo, o preço destas matérias-primas aumentou, também as chances de se obter um bom retorno econômico, o que viabilizou os investimentos necessários para obtê-las.

Impacto ambiental

No entanto, esse tipo de exploração não é vista com bons por grupos de defesa do meio ambiente, que alegam que a exploração pode trazer prejuízos para ecossistemas marinhos.

Um protocolo para minimizar o impacto ambiental ainda está sendo estudado.

O biólogo marinho Jon Copley, da Universidade de Southampton, vem monitorando a mineração nas chamadas dorsais oceânicas, nome dado às cadeias de montanhas submersas que se originam do afastamento de placas tectônicas.

"Cerca de 6.000km de dorsais oceânicas, ou 7,5% do total, são exploradas hoje por seu potencial mineral", afirma Copley.

"Essas dorsais são um dos três locais do fundo do oceano em que há depósitos mineirais que atraem o interesse de países e empresas. Mas também vivem nestes locais colônias de espécies que não são encontradas em outras partes do oceano e podem ser suscetíveis a impactos ambientais gerados pela mineração."

Santos, da CPRM, diz que isso será levado em conta no caso brasileiro: "Faremos um estudo de impacto ambiental junto com o de potencial econômico. Nosso pedido foi muito elogiado por causa disso".Rafael Barifouse – Brasil in “Defesanet”