Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 5 de outubro de 2014

Nicarágua - Ambientalistas temem pelo futuro do lago Nicarágua

A ONG dinamarquesa Verdens Skove apelou à multinacional Maersk para usar a sua influência global para proteger o meio ambiente e as populações indígenas da Nicarágua, enquanto os planos para a construção do canal interoceânico continuam a desenvolver-se.

Observadores ambientalistas afirmam que os interesses da Maersk, única empresa na conjuntura que transporta contentores nos maiores navios de transporte de mercadorias, os Triple E, com capacidade ligeiramente superior a 18000 TEUs, são a base para a construção deste canal, considerando que estes navios e os futuros que estão em fase de projecto, não conseguem passar no novo canal do Panamá.

Os observadores ambientalistas solicitam à Maersk para empregar este privilégio único para influenciar os operadores a parar a construção do futuro canal, pois são os principais beneficiários desta obra.

A empresa chinesa HKND que vai construir o canal da Nicarágua, prevê um investimento de 50 mil milhões de euros e vai iniciar a obra no próximo mês de Dezembro de 2014 e concluí-la durante o ano de 2019. Há por parte dos ambientalistas e das pessoas preocupadas com o meio ambiente e bem-estar das populações, sérias inquietações sobre o impacto negativo desta obra, principalmente com o grande lago da Nicarágua, a maior fonte de água doce do país, que com a ligação ao oceano contaminará o lago e afectará as populações da região.



O futuro canal que irá ser construído em linha recta, dividirá o território de Rama e Kriol, afastando populações, criando uma barreira que dificultará o acesso a zonas habitualmente de uso diário, as chamadas zonas de conforto.

Enquanto os protestos continuam e têm aumentado, a empresa HKND vai afirmando que está a cumprir rigorosamente o princípio da legalidade, implementando um projecto com transparência e respeitando os padrões internacionais de responsabilidade ambiental. Consideram os responsáveis da empresa que as comunidades afectadas irão melhorar a sua qualidade de vida, através do desenvolvimento de novos meios de subsistência.

Um porta-voz da empresa Maersk afirmou que a empresa em princípio considera o desenvolvimento desta infraestrutura importante para a expansão do comércio e indústria na América Latina e que poderá aumentar a competitividade entre as várias regiões do globo. Mais acrescentou não estarem conhecedores de toda a informação necessária para avaliar este projecto específico do canal da Nicarágua. Baía da Lusofonia

Sem comentários:

Enviar um comentário