Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 30 de novembro de 2014

Moçambique – II Cimeira do Gás

Maputo - A cidade de Maputo acolhe, de 2 a 5 de Dezembro de 2014, a II Cimeira do Gás que irá debater, entre outros assuntos, o papel de Moçambique na esfera global do mercado de gás natural.

Segundo a gestora de projectos da CWC, que se dedica a organização de eventos sobre gás e petróleo, Mariya Incheva, espera-se que participem 40 empresas neste evento que é co-organizada pela CWC e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).

Mais de 40 empresas estarão no evento. É importante que Moçambique aprenda com a experiencia dos outros países que estarão presentes”, afirmou.

Por seu turno, o administrador da ENH, Tavares Martins, disse que neste evento os empreendedores nacionais poderão colher dados sobre como podem se beneficiar da existência de gás e petróleo no país.

Esta cimeira vai nos trazer aquilo que sãos discussões de conferências similares no mundo. Hoje fala-se muito do conteúdo local e, por isso, vamos discutir e saber como as empresas nacionais podem trabalhar na oferta de serviços, disse Martins.

Participarão nesta conferência internacional, regional e também local, representantes de governos, operadores da indústria, investidores, distribuidores e compradores, que irão debater diversos temas ligados à visão geral do mercado energético nacional e global. Agência de Informação de Moçambique - Moçambique

sábado, 29 de novembro de 2014

Moçambique – Inauguração do aeroporto de Nacala

O Aeroporto Internacional de Nacala será inaugurado no dia 13 de Dezembro de 2014, garantiu o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, após uma visita à empreitada a cargo do grupo brasileiro Odebrecht.

O ministro Gabriel Muthisse visitou a obra acompanhado de representantes de algumas companhias aéreas interessadas em investir naquele aeroporto, nomeadamente Ethiopian Airlines e South African Airways.

Numa primeira fase, está previsto que apenas a estatal Linhas Aéreas de Moçambique opere naquele aeroporto.

O futuro aeroporto internacional, que resulta da conversão em infra-estrutura civil da Base Aérea de Nacala, custará mais de 200 milhões de dólares, que estão a ser financiados parcialmente por um empréstimo de 80 milhões de dólares concedido pelo estatal brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).

Este empréstimo está englobado numa linha de crédito de 300 milhões de dólares aberta pelo governo do Brasil para apoiar projectos em Moçambique.

A nova infra-estrutura, em construção desde Setembro de 2011, terá um total de 16 balcões de “check-in”, duas salas de embarque tanto para o tráfego nacional quanto para o internacional de passageiros e condições para acolher, nos dias de pico, 1240 pessoas. In “Macauhub” - Moçambique

CE-CPLP “CPLP no Século XXI: Criação, Abrangência e Potencialidades”


A Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), em parceria com o FELP e com o apoio institucional da CPLP e da Associação Empresarial de Luanda realizou no passado dia 26 de Novembro de2014 em Lisboa, a Primeira Edição dos Encontros Empresariais, com o tema a “CPLP no Século XXI: Circulação, Abrangência e Potencialidades”.

Deste encontro resultou a aprovação da “ Declaração Final de Lisboa” com as seguintes conclusões:
  1. Reiterar que o financiamento às economias e as opções de investimento estão condicionadas ao contexto de cada país;
  2. Apelar às autoridades competentes dos Estados membros da CPLP pela efectiva implementação da livre circulação de pessoas, bens, serviços e transferência de capitais no espaço da CPLP;
  3. Sensibilizar e promover continuamente a melhoria dos procedimentos para criação de Feiras Internacionais nos Países Membros da CPLP que ainda não possuam; Criar mecanismos de arbitragem e de mediação de conflitos ao nível da CPLP;
  4. Fomentar condições que permitam a criação da Marca CPLP, devendo as Feiras Internacionais serem a montra desses produtos e serviços;
  5. Elaborar um Calendário Geral Anual de Feiras Internacionais dos países membros e observadores da CPLP e proceder à sua promoção, divulgação e institucionalização de stands da CE-CPLP/CE-PALOP/CPLP, com vista à mobilização de associados, parcerias e à promoção de atividades, projetos prioritários e estratégicos que visem desenvolver e transformar o setor privado da CPLP;
  6. Divulgar os melhores produtos, as boas práticas e os projetos que alcancem sucesso nos países membros e observadores da CPLP;
  7. Promover novos instrumentos financeiros, assim como incentivos ao desenvolvimento das economias do espaço CPLP, através de inovadoras e operativas modalidades de financiamento;
  8. Manter um diálogo permanente com todos os atores do desenvolvimento que apoiam o intercâmbio de experiências, o reforço das capacidades e a competitividade das empresas para dinamizar e fortalecer o sector privado da CPLP;
  9. Criar condições para promover ligações aéreas e marítimas regulares para passageiros e cargas, a fim de reforçar o intercâmbio, o turismo e as trocas comerciais entre os países membros e observadores da CPLP;
  10. Apoiar a efetiva implementação da Diplomacia Económica na CPLP, promovendo negócios e investimentos em português, estimulando a cooperação e parcerias estratégicas entre os países, instituições e as empresas lusófonas;
  11. Reforçar a comunidade lusófona, através da afirmação da sua vertente económica e empresarial, pois o crescimento durável e inclusivo dos países membros da CPLP está estreitamente ligado à transformação e ao desenvolvimento do setor privado;
  12. Criar um fundo de coesão económica e social para diminuir as assimetrias económicas e sociais dos países membros da CPLP;
  13. Desenvolver mecanismos e estratégias para mobilizar fundos de investimento e de financiamento para a realização de projetos prioritários para desenvolver e internacionalizar as empresas, assim como reforçar a integração regional dos diferentes países membros da CPLP a fim de potencializar a abrangência da CPLP
  14. Em virtude da comemoração do quadragésimo aniversário da independência dos PALOP, em 2015, e do vigésimo aniversário da CPLP, em 2016, recomendar à CPLP e à CE-CPLP a criação de comissões técnicas especializadas conjuntas, com representação pública e privada dos países membros da CPLP, para as temáticas abordadas neste Encontro, com vista à implementação das decisões e recomendações constantes nesta declaração.

A cerimónia de abertura deste Encontro foi presidida pelo Secretário Executivo da CPLP, Embaixador Murade Isaac Murargy juntamente com o Presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula. Participaram no evento mais de duas centenas de participantes, entre os quais delegações dos países membros e observadores da CPLP, representantes das entidades associativas e empresariais dos Estados Membros da CPLP e dos PALOP e de Estados Observadores Associados. O evento contou ainda com a presença de membros do Governo, diplomatas, organizações internacionais, associações empresariais e empresários dos países da CPLP assim como empresários da diáspora, oriundos dos países membros da CPLP.

Esta primeira edição dos Encontros Empresarias é da maior importância para a intensificação da cooperação económica, financeira e empresarial entre os Estados membros da CPLP, uma Comunidade que congrega mais de 255 milhões de cidadãos, distribuídos por nove países, quatro continentes e seis comunidades económicas regionais – UE (União Europeia), MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central), SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e futuramente a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático).

Na sessão de abertura desta 1ª edição dos Encontros Empresariais, o Embaixador Murade Isaac Murargy, Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realçou que “ a integração dos Estados membros da CPLP em Comunidades Regionais, com forte incidência económica, mas também política, tais como a União Europeia, o Mercosul, a SADC, a CEEAC, a UEMOA, a CEDEAO, e futuramente, a ASEAN, não deve ser encarada como um obstáculo intransponível aos fluxos económicos dos Estados membros da CPLP. Esta dispersão representa, a um tempo, um desafio colossal, mas também uma enorme fonte de oportunidades para o futuro. O nosso objectivo é que a CPLP seja uma organização complementar nos esforços de integração regional de cada um dos nossos Estados membros e um veículo de interligação entre os diversos blocos de integração económica”.

Nessa mesma intervenção, o Secretário Executivo sublinhou que a CPLP procura “respostas e caminhos para contornar os estrangulamentos que hoje limitam o crescimento do comércio e do investimento multilateral, impedindo as nossas economias de interagir com maior intensidade. Procuramos soluções para um maior crescimento económico, para mais comércio e investimento. Queremos contribuir para a criação de emprego, a promoção de quadros e ambientes de negócio favoráveis colocados à disposição das empresas e empreendedores e dos cidadãos” destacando que a CPLP desde a sua fundação tem “ambicionado facilitar a circulação das pessoas no espaço da CPLP como forma de reforçar os laços de solidariedade e fraternidade entre todos os Povos, alavancando as oportunidades para os Estados, para as Empresas e para os Cidadãos. A existência de acordos não impediu que continuem a registar-se problemas ao nível da sua incorporação na legislação nacional de cada Estado, da sua regulamentação e interpretação pelas administrações e serviços competentes. Regra geral, os Estados optam muitas vezes pela via bilateral para a resolução de diferendos e tensões, na base do princípio de reciprocidade”.

Já o Presidente da CE-CPLP, Dr. Salimo Abula, na sua intervenção inaugural destacou que “hoje é o primeiro momento, o primeiro evento, em que vamos falar das opções estratégicas que consideramos serem fundamentais para alcançar uma Comunidade mais igualitária e mais cooperante. Os nossos objetivos são simples: Melhorar o ambiente de negócios e o clima de investimento nos nossos países; Alargar o acesso às infraestruturas sociais e económicas e Promover o desenvolvimento das empresas.”,acentuando que “mais do que nos concentrarmos em aproximar os nossos povos, temos de ambicionar chegar mais alto e atingir novos objetivos que levem os outros países a olharem para nós como um só parceiro estratégico.”

No discurso de encerramentos dos Encontros Empresariais, o Presidente da CE-CPLP, Dr. Salimo Abula afirmou que “com o documento final que aqui foi hoje apresentado, creio poder sublinhar a importância da discussão em torno dos temas como os instrumentos financeiros que estão ao dispor dos nossos empresários, a importância da rápida abertura das fronteiras para haver uma livre circulação de pessoas, bens, capitais e serviços, a urgência das ligações aéreas mais frequentes entre os nossos países… Estes e tantos outros temas que nos permitem ambicionar trabalhar ainda mais para a nossa Comunidade”.

Estes Encontros Empresariais vão ser organizados trimestralmente com outros temas pertinentes para o desenvolvimento do setor privado da CPLP e das economias dos respectivos países membros e para fortalecer os laços empresariais da nossa comunidade lusófona. A próxima edição terá lugar no 1º trimestre de 2015, em Malabo, na República da Guiné Equatorial.

Recorde-se que estes Encontros surgem na sequência da aprovação do Plano de Ação Estratégico de médio prazo da CE da CPLP (2015-2020) na Assembleia Geral da CE da CPLP que decorreu em Cabo Verde, entre os dias 16 e 20 de Novembro que conforme consta no documento final visa promover e acompanhar a transformação do setor privado na CPLP articulando-se em torno de três pilares: melhorar o ambiente de negócios e o clima de investimento, alargar o acesso às infra-estruturas sociais e económicas e promover o desenvolvimento das empresas. Nesta assembleia também serão aprovadas duas iniciativas - a criação de um fundo de coesão para reduzir as assimetrias entre as economias dos países membros e o lançamento nos próximos meses de um portal sobre oportunidade de investimentos e o “Connect CPLP” plataforma onde cada país apresentará os seus défices e excedentes para orientar a oferta e a procura. CE-CPLP

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Macau – AILP realiza o seu IV Congresso Internacional



Associação Internacional de Linguística do Português (AILP) convida a todos para o seu IV Congresso Internacional a ser realizado no Departamento de Português (DP) da Universidade de Macau.

Como há, em termos mundiais, uma grande lacuna de conhecimentos sobre a presença da Língua Portuguesa na Ásia em tempos pós-coloniais e de superdiversidade, uma das principais temáticas do encontro será essa. Nesse sentido, além da fundamental atuação de linguistas de diferentes áreas e de diferentes países, o congresso contará com as contribuições de palestrantes de contextos asiáticos: professores, pesquisadores, professores, diretores de Departamentos e de Institutos de Português. Será a primeira vez que estarão reunidos todos esses representantes de países asiáticos para discutir o Português que é usado, ensinado, pesquisado e promovido nesse lado do mundo.

Outro aspecto que o congresso quer destacar é a concepção do português como língua pluricêntrica. A onda mais recente de investigações socioculturais em e sobre a língua portuguesa, desenvolvidas na Ásia especialmente na Universidade de Macau, tem evidenciado novas marcas e tonalidades que evidenciam o português como uma língua transnacional. É insustentável falar em línguas puras, homogêneas, associáveis a um povo específico e faladas, com exclusividade, em um território circunscrito. Assim, o que sobretudo precisa ser sublinhado é a ideia de uma língua-legião: porque são muitas as línguas portuguesas. E como vêm sendo faladas por sujeitos com heranças linguísticas e culturais imprevisíveis, na Ásia e em outros espaços, vão sendo alimentadas, (re)criadas, e, assim, vão se manifestando saudáveis, mestiças, carregadas com as contradições dos seus falantes.

Este evento tem o apoio do IILP e será organizado a partir de conferências, mesas-redondas, simpósios e oficinas.


Poderá aceder à programação aqui. AILP - Macau

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Brasil – Cooperação militar com São Tomé e Príncipe

Brasil vai instalar Missão Naval em São Tomé e Príncipe em fevereiro de 2015

A partir de fevereiro de 2015, o Brasil vai passar a contar com um Núcleo da Missão Naval em São Tomé e Príncipe, arquipélago na costa ocidental da África. Portaria assinada pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares De Moura Neto, estabelece as atribuições da representação militar, que estará subordinada ao Estado-Maior da Armada.

O Núcleo da Missão Naval tem como missão principal efetuar levantamento das reais necessidades da Guarda Costeira do país africano com vistas à elaboração de uma proposta de acordo de cooperação em Defesa entre Brasil e São Tomé e Príncipe.

Além disso, a representação da Marinha vai atuar no acompanhamento e apoio das atividades do Grupo de Apoio Técnico de Fuzileiros Navais em solo africano; administração de recursos humanos, materiais e patrimoniais; e o assessoramento ao embaixador em São Tomé e Príncipe.

A previsão é que os integrantes do Núcleo da Missão Naval cheguem ao país africano em fevereiro de 2015. As obras de implantação da infraestrutura física devem estar concluídas até abril.

A expectativa da Marinha é que o Núcleo já esteja ativo no mês de maio.

MD doou lancha de patrulha para Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe passou a contar com uma embarcação doada pela Marinha do Brasil para realizar ações de patrulhamento em suas águas territoriais. A Lancha LAPE 10 – Águia foi entregue em 30/06/2014 à Guarda Costeira são-tomense. A iniciativa reforça a cooperação entre o Brasil e a república africana, que acontece tanto bilateralmente como no âmbito multilateral, por meio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A cooperação em Defesa entre o Brasil e São Tomé e Príncipe vem se intensificando nos últimos anos. Entre as ações já implementadas, destacam-se:

◦ A designação do Grupo de Assessoramento Técnico dos Fuzileiros Navais para auxiliar na formação de militares da Guarda Costeira são-tomense;

◦ Doação de 50 fuzis e 10 mil munições da Marinha do Brasil para a Guarda Costeira;

◦ Formação de quatro militares são-tomenses na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ);

◦ Capacitação de três oficiais no Curso de Comunicação no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (Ciaw);

◦ Visitas de navios patrulhas brasileiros ao litoral do país para a realização de adestramentos e exercícios. In “Defesanet” - Brasil

Portugal – Produção de gradil tridimensional

A líder nacional de produção de gradil e a única empresa no mundo a fabricar gradil tridimensional atingiu no ano passado uma taxa de exportação de 95%. Hoje mais de cem produtos são exportados pela Cobermaster, directa e indirectamente, para Espanha, França, Alemanha, Angola, Moçambique, Brasil, Argentina, Marrocos e Argélia.

A empresa portuguesa que se dedica ao desenvolvimento e produção de equipamentos metálicos de apoio à indústria, energias renováveis e construção civil estima duplicar o volume de vendas para 1,6 milhões de euros este ano. Em 2013 obteve um volume de negócios de 800 mil euros, um crescimento de 3% face a 2012.

Os principais clientes da Cobermaster, com sede em Oliveira de Azeméis, são ‘players’ mundiais da indústria e das energias renováveis – mais de mil torres eólicas, em todo o mundo, estão equipadas com o gradil da marca fundada há 10 anos.

“Este ano aspiramos crescer acima dos dois dígitos em mercados como Espanha, França e Angola”, afirma Frederico Albergaria, presidente da empresa, adiantando que, “apesar da maioria das empresas portuguesas estar focada apenas no mercado externo, definimos uma estratégia de posicionamento também no mercado nacional. É necessário investir e apostar no nosso País”.

Neste sentido, envolveu 30 empresas portuguesas e criou uma plataforma ‘online’ com mais de cinco mil soluções para a indústria e construção, exclusivamente produzidas em Portugal. As primeiras encomendas internacionais chegaram de Espanha, França, Malásia e Uganda.

A iniciativa da empresa de Oliveira de Azeméis nasceu em dezembro 2012, ano em que a economia portuguesa sofreu a mais profunda recessão desde 1975, com o objetivo de impulsionar o mercado interno e de promover o emprego em Portugal.

Em 2013, a Cobermaster iniciou o processo de seleção dos fabricantes nacionais, seguindo os critérios de produtos homologados e “made in” Portugal, que culminou este ano com a apresentação da loja “online” e do catálogo que dispõe de uma oferta ampla de produtos para o mercado nacional e internacional.

Em Junho a marca anunciou o lançamento de uma linha exclusiva de secretárias com a aplicação de gradil tridimensional, até agora apenas utilizado na construção e indústria. A linha inclui oito modelos originais de secretárias, com uma estrutura assente numa única peça de gradil tridimensional e o tampo em vidro.

Aplicável em fachadas e mobiliário de escritório

“O nosso “core business” é o fabrico de gradil. No entanto, temos ao longo dos anos dedicado grande parte dos nossos resultados ao desenvolvimento de novos produtos e novos métodos de fabrico. Durante o ano de 2013 desenvolvemos um processo de fabrico de gradil tridimensional.

O gradil é um produto fabricado em forma de placa, que pode ser retangular, redonda ou recortada. O gradil plano como o conhecemos tem aplicações em pisos técnicos em instalações industriais e em algumas fachadas de edifícios.


O nosso objetivo foi desenvolver gradil com formatos que se tornassem interessantes para aplicação em mobiliário urbano e de escritório, fachadas tridimensionais de edifícios, entre muitos outros elementos de decoração e arquitectura. Mas a nossa área de actividade não se fica pelo gradil. Temos um departamento de Investigação e Desenvolvimento onde desenvolvemos equipamentos diversos para os mercados da construção e indústria e estamos preparados para o fabrico desses produtos em série”. – Frederico Albergaria, presidente da Cobermaster. In “Veja Portugal” – Portugal

Cobermaster - Ind. Transformadora Metálica Unipessoal, Lda

Rua António Gomes Correia Júnior - Fração E 3700-606 Cesar - Oliveira de Azeméis  - Portugal
Tel.: +351 256 858 025 - Fax: +351 256 851 006

Email: geral@cobermaster.com - http://www.cobermaster.com

GPS: 40.89857905131459, -8.43601405620575

Sector de actividade: metalomecânica, início de actividade: 03/04/2003, número de trabalhadores: 14, volume de negócios: 800 milhões de euros, volume de negócios na exportação: 95% (directa e indirecta)

Brasil – Investigador da Universidade de Lisboa defende subsídio ao transporte público

Especialista da Universidade de Lisboa defende subsídios para o transporte público. Para Nuno Costa, melhoria da qualidade do serviço e da mobilidade urbana justifica criação de uma fonte de custeio para o setor.


O pesquisador da Universidade de Lisboa Nuno Costa defende a implantação de subsídios para o transporte público como alternativa para melhorar a qualidade do serviço e favorecer a mobilidade urbana. Palestrante do II Seminário Internacional de Mobilidade e Transportes, realizado em Brasília em outubro, ele lembrou que, em cidades europeias, o subsídio chega a aproximadamente 40% do valor das tarifas. No Brasil, com exceção de algumas cidades, esse aporte não existe.

Confira trechos da entrevista concedida por ele à Agência CNT de Notícias.

Por que subsidiar o transporte público?

Porque se trata do custo social do transporte: no fundo, não é só o usuário do transporte público que é beneficiário. Há outras pessoas que não vão utilizar o transporte público que também se beneficiam, desde os utilizadores do transporte individual, comerciantes, empregadores. Porque, senão, teremos valores tarifários altos e uma degradação da qualidade do transporte, e não é isso que se pretende. Por outro lado, a criação de subsídios também permite outros tipos de investimento em infraestrutura de longa duração, que possibilita a utilização de outros modais e a garantia de uma melhor adequação dos modos à procura pelo serviço de transporte.

Como devem ser pensadas essas soluções para as cidades?

A questão fundamental é adequar cada uma das situações das cidades à sua realidade de mobilidade. Ou seja, é importante percebermos como as pessoas se deslocam no seu cotidiano para que isso permita, de fato, intervir na oferta de transportes e responder a essa necessidade de deslocamentos dos habitantes. E, de acordo com essa procura, adequar as melhores respostas em termos modais e utilizar BRT, VLT ou metrô, por exemplo. Mas obviamente que isso tem custos enormes para a infraestrutura. Portanto, toda essa roupagem do transporte público também passa por aí: não podemos ter uma melhoria se não responder às necessidades. Tem que ser confortável, eficiente, permitir fazer deslocamentos com segurança e rapidez. Isso é que é importante no transporte público para fazer frente ao transporte individual.

Isso tem a ver com a qualidade de vida da população...

Claro, porque tem a ver com a questão do tempo restrito que as pessoas têm para se deslocar e para executar uma série de tarefas. Tenho que me deslocar nesse espaço e nesse tempo de forma mais confortável e eficiente. Quanto menos eu me sentir frustrado por não conseguir isso, ou por não fazer aquilo que eu queria fazer em determinado período de tempo, vou perceber uma melhora da qualidade de vida.

O senhor também atentou para a questão da importância da equidade do transporte público. O que isso significa?

É outra questão fundamental. Quando pensamos na sustentabilidade, temos a parte econômica, a parte ambiental e a parte social, que é a necessidade de pensar que o transporte público é para todos: mais velhos, mais jovens, homens, mulheres. No fundo, a resposta que o transporte tem e as funções de mobilidade têm que ser mais inclusivas. Se imaginarmos uma cidade fundamentalmente dependendo de transporte individual, estamos excluindo os mais velhos ou os mais jovens porque não podem dirigir, vamos excluir os mais pobres porque eles não têm condições de ter um carro, e o homem ou a mulher porque, havendo um veículo na família, o outro não consegue se deslocar.

Por que e como estimular o jovem a usar o transporte público?

Eu não posso pensar que um jovem diga que o transporte público não presta. Eles têm que perceber como normal o uso do transporte público, e isso acontece por meio da conscientização. Deve-se incutir o hábito de utilizar o transporte público. Isso é o que ocorre nas cidades europeias. Naturalmente que isso é uma questão de educação.

No Brasil, o incentivo econômico para a compra do carro próprio fez crescer muito a frota nos últimos anos. Mas o crescimento da quantidade de carros nas ruas não é um fenômeno apenas do Brasil. O senhor relatou que isso ocorreu também em Portugal. O que explica a opção pelo transporte individual?

Tem a ver com algumas questões relacionadas à modificação das bacias de emprego, dos locais para onde as pessoas se deslocam. As necessidades que o transporte público supria no passado, fazendo certas linhas, talvez não supra mais. Por isso, é tão importante saber o que as pessoas fazem, como são seus deslocamentos para planejar um sistema de transporte eficiente. A outra resposta para isso é a questão do tempo: as pessoas fazem cada vez mais atividades num mesmo intervalo de tempo, o que aumenta a complexidade nos deslocamentos diários e exige uma infraestrutura melhor.

Como o transporte individual deve ser tratado nesse contexto?

Não dá para descuidar do transporte individual. Por exemplo, numa área de baixo adensamento urbano, não dá para colocar transporte público porque é inviável economicamente. Então, tenho que pensar na infraestrutura do transporte individual. E, portanto, o que temos é fazer com que isso seja garantido pelo transporte individual. Natália Pianegonda – Brasil in “Agência CNT de Notícias” da Confederação Nacional de Transporte

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Cabo Verde - Solidariedade ao povo de Chã das Caldeiras (continuação)







Macau – Entrevista a Xulio Ríos

Espanha deve “aproveitar” a Galiza para se aproximar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, à semelhança do que acontece com a China, que “potencia e facilita através de Macau as suas relações com as comunidades lusófonas”, diz Xulio Ríos, coordenador do Instituto Galego de Análise e Documentação Internacional.

PLATAFORMA MACAU – Há quem defenda o ingresso da Galiza na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Qual é a sua posição?

XULIO RÍOS - Faz todo sentido. É uma das nossas identidades para estarmos no mundo e à qual não devemos renunciar. Temos uma vocação atlântica e americana, mas também o fator linguístico que nos aproxima à realidade de expressão portuguesa.

P.M. - Com a aprovação da Lei Paz-Andrade na Galiza por unanimidade parlamentar surge uma nova perspetiva: a Galiza, como região, não pode entrar na CPLP, mas Espanha pode, e poderá posteriormente atribuir à Galiza a coordenação desta relação com este espaço lusófono. Faz sentido?

X.R. – Espanha como Estado deverá aproveitar mais esta circunstância para ter pontes com o mundo de expressão portuguesa. É uma dimensão muito ignorada e tem a ver com o difícil reconhecimento da realidade plurinacional e pluricultural de Espanha. A China, por exemplo, facilita e potencia através de Macau as suas relações com as comunidades lusófonas. Espanha pode acalentar esta dimensão com a Galiza.

P.M. - Que papel poderia ter a Galiza no seio desta comunidade?

X.R. - Acho que a Comunidade está incompleta sem a Galiza, dada a nossa proximidade linguística. A Galiza pode, além disso, com as suas vantagens comparativas em diversas ordens e com a sua singularidade, ajudar a alargar as pontes com a Europa.

P.M. - Que interesse julga ter a Galiza em integrar esta comunidade. A entrada ultrapassa as razões económicas?

X.R. - Sem dúvida, há razões de ordem cultural e política e têm a ver com a potenciação de uma dimensão lusófona na nossa ação exterior que já está presente desde há anos, por exemplo, na Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal, uma euroregião que é um modelo na União Europeia.

P.M. – Portugal está mesmo ali ao lado, mas não é o caso dos restantes países do universo de língua portuguesa. Que interesse e relação poderá ter a Galiza nestes países que falam português?

X.R. - A relação é muito mais ampla. Pensemos no Brasil, por exemplo, onde há uma presença da diáspora galega muito significante. As relações com Cabo Verde estão a crescer e uma aliança entre a Galiza e Portugal em diversos setores pode facilitar uma intensificação das relações com os países de expressão portuguesa em qualquer que seja o continente.

P.M. – Há pouco tempo a Escócia realizou um referendo para a independência. A Catalunha convocou também um referendo civil para se tornar num Estado independente. Estes referendos parecem ter um efeito dominó. Que repercussão poderá ter na Galiza?

X.R. - Na Galiza há um sentimento nacionalista relativamente importante, mas a força do movimento independentista é sensivelmente menor do que em outras nacionalidades do Estado espanhol. A Constituição espanhola reconhece a Galiza como uma nacionalidade, à semelhança da Catalunha e do País Basco. No meu entender, o que está em debate no fundo não é propriamente a independência, mas a formulação de outras formas de união. Mesmo assim, estes processos são inseparáveis da mundialização em curso e da urgência, como resposta, em arbitrar fórmulas de ecologia politica que preservem a diversidade identitária.

PROXIMIDADE ENTRE OCCUPY CENTRAL E 15M EM ESPANHA

P.M. – É responsável pelo `Observatorio de la Política China´ e por outras publicações de análise da realidade chinesa. Organiza também o `Simposio Eletrónico Internacional sobre Política China´, que já está na quinta edição. Por que razão toda esta dedicação à China?

X.R. - O nosso think tank, o IGADI – Instituto Galego de Análise e Documentação Internacional, impulsionador do Observatorio de la Politica China – nasceu com o propósito de acompanhar os processos de transformação das economias planificadas. A China é uma das experiências mais destacadas e bem sucedidas dessa transição e hoje é um pais cada vez mais importante no sistema global.

P.M. – Como olha hoje Espanha para a China? A crise europeia propiciou esta aproximação, com um aumento do investimento de Pequim no país?

X.R. – A Espanha mantém há vários anos uma sintonia política muito estreita com a China, mas no âmbito económico há ainda muito que fazer. Os investimentos aumentaram, mesmo com os compromissos evidentes em âmbitos como a aquisição de dívida. No entanto, estes investimentos ainda são menores do que as suas possibilidades. A potencialidade continua a marcar a relação entre as duas partes.

P.M. – O `Observatorio de la Politica China´ tem seguido de perto os acontecimentos em Hong Kong. Que relevância está a ter o movimento Occupy Central?

X.R. - Acredito que há uma grande proximidade do que está a acontecer em Hong Kong com o movimento do 15M em Espanha, em 2011, que também reclamava uma democracia real, ainda que os contextos sejam diferentes. No caso de Hong Kong, reflete um distanciamento entre segmentos importantes da sociedade local e continental que vêm de longe e que transcendem o mero debate sobre as formas de exercício do sufrágio universal. É apenas a ponta do iceberg.

P.M. – E que valor atribui à proposta apresentada para Pequim no que diz respeito à escolha de futuros chefes do Governo de Hong Kong?

X.R. - É uma proposta que melhora a situação atual, mas com sérias limitações. O receio da China é que os EUA ou o Reino Unido lhe imponham um candidato hostil e da sua preferência, pondo em risco o controlo do único paraíso fiscal do mundo que não é dominado politicamente pelo ocidente. Também é temido um efeito contágio no interior da China. A suma desses medos explica as suas reservas, mas abre um fosso importante com a população de Hong Kong, especialmente nas novas gerações, e complica a relação com Taiwan.

P.M. – O combate à corrupção é a palavra de ordem do Governo chinês e temos assistido a uma série de investigações, que foram tornadas públicas nos últimos tempos. Em comparação com Hu Jintao, diz-se que a China ganhou um pulso de ferro com a subida de Xi Jinping ao poder. Concorda?

X.R. - Sem dúvida, a luta contra a corrupção é muito mais intensa agora. Há razões políticas: o Partido precisa com urgência de recuperar credibilidade aos olhos da opinião pública. Há também razões económicas: entendo que isto faz parte da promoção da reforma pois a [a luta contra a] corrupção oferece um argumento que está fora de discussão para eliminar resistências internas em setores estratégicos do aparelho económico controlado pelos monopólios e os clãs que deles usufruem. Há ainda sinais de uma clara luta interna que nos remete à longa influência de Jiang Zemin (antigo Presidente da China) no aparelho do Partido.

P.M. – Isto pode significar que o debate dos direitos individuais não vai ter em breve uma hipótese de discussão?

X.R. – Pode haver avanços, mas serão lentos e estarão sempre sujeitos à manutenção da estabilidade. Para o Partido é fundamental garantir o controlo numa etapa muito delicada do processo de modernização. Quanto mais perto estão, maiores são os perigos. Predomina a ideia de que uma democracia de estilo ocidental pode ser um “Cavalo de Troia” para impedir a recuperação da grandeza perdida para os rivais estratégicos, aqueles que tanto se preocupam pelos direitos individuais na China mas muito menos com os da Arábia Saudita, por exemplo.

P.M. – Com a desaceleração económica, como analisa os planos do Governo para equilibrar a economia chinesa? O`Likonomics´ é um plano que faz sentido?

X.R. – Quando a locomotiva procura mudar de carril, há que moderar a velocidade. Para operar as mudanças estruturais que se propõem e mudar o modelo de crescimento da China, é imprescindível promover a despesa social, o investimento em inovação, o consumo, etc. Quanto ao mercado, penso que a partir da nossa própria experiência, deve-se ter muito cuidado e evitar que se transforme no “imperador” das nossas sociedades, pois isso vai em detrimento do bem comum. Não é só a eficiência. A justiça importa. Catarina Domingues – Macau in “Plataforma Macau”

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Cabo Verde - Solidariedade ao povo de Chã das Caldeiras


UCCLA - Encontro Técnico da Rede “Proteção Civil”



Vai decorrer na cidade de Cascais, em Portugal, o 4.º Encontro Técnico da Rede Temática “Proteção Civil”, nos dias 27 e 28 de novembro, e contará com a presença do Secretário-Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Vitor Ramalho.

Este encontro, que decorrerá no Centro Cultural de Cascais (Av.ª Rei Humberto II de Itália, S/N), tem como principal objetivo a partilha de conhecimentos e a troca de experiências entre técnicos de países/cidades membros da rede, em geral, e em particular, refletir sobre as ocorrências, soluções e medidas mitigadoras do risco em questão e deverá ser um espaço privilegiado na aproximação das cidades da rede.

Os temas centrais deste quarto encontro são a “Identificação e Mitigação dos Riscos Urbanos, Florestais e na Orla Costeira” e “Organização dos SMPC’s e sua Integração na realidade das cidades UCCLA”.

O encontro contará com a presença das cidades da Praia e São Domingos (Cabo Verde), de Maputo (Moçambique), do Huambo e Luanda (Angola) e de Cascais e Lisboa (Portugal).

As Redes Temáticas de cidades UCCLA são um conjunto de parcerias que se desenvolvem e estruturam de forma direta e aberta, entre cidades lusófonas, numa base temática, liderada por uma cidade UCCLA, designada “cidade-guia”. A Rede de cidades temáticas “Proteção Civil” tem como cidade-guia a cidade da Praia, em Cabo Verde. UCCLA

Brasil – Porto de Santos ultrapassa os 200 movimentos por hora

Santos Brasil bate recorde de produtividade no Porto de Santos

A Santos Brasil conquistou um novo recorde de eficiência operacional atingindo a marca 216,88 MPH (movimentos por hora), na operação de embarque e desembarque de uma única embarcação. Foram 1.349 unidades movimentadas durante 6,22 horas no navio Monte Olivia, da Hamburg Süd. A nova marca é histórica para o Porto de Santos, que havia registrado anteriormente um recorde pelo próprio Tecon Santos, em setembro, durante operação do navio Cap San Nicolas, que contabilizou 193,82 MPH.

Para o presidente da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda, os recordes chancelam a qualidade da operação e o compromisso da empresa com seus clientes. “Buscamos fazer com que nossos clientes ganhem competitividade operando conosco. Essa marca reforça o nosso compromisso com o sucesso de cada um deles”. Sepúlveda lembrou ainda que os esforços da empresa visam o aumento consistente da produtividade do Tecon Santos, que atualmente opera com uma média mensal de 110 MPH. “Tão importante quanto essa nova marca é a regularidade da nossa operação. Nossos clientes se beneficiam da alta produtividade, ganhando uma vantagem competitiva no Porto de Santos”, finalizou. O Monte Olivia é um navio de bandeira alemã e foi construído em 2004, com 272 metros de comprimento e capacidade para transportar até 5.560 TEU. In “Guia Marítimo” - Brasil

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

UCCLA – Lançamento do livro “Quo Vadis Angola? Socio-Teologias /Teo-Sociologias 1967-2012”

A sede da UCCLA (Rua de São Bento, n.º 640), em Lisboa, Portugal, será o palco do lançamento do livro “Quo Vadis Angola? Socio-Teologias /Teo-Sociologias 1967-2012”, da autoria do Professor Fernando dos Santos Neves, no dia 28 de novembro, pelas 18 horas.


O evento contará com as intervenções do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, dos Professores Tony Neves, Esaú Dinis, Manuel Areia e do autor.

O livro, que tem vinte e quatro capítulos e cinco anexos, aborda temas que respeitam ao universo da cultura, ao Cristianismo, passando pela visão ecuménica mais geral, até ao desenvolvimento humano na Angola deste tempo e para o tempo futuro.

Tony Neves é, atualmente, superior provincial da Congregação dos Missionários do Espírito Santo e Esaú Dinis é, também, professor universitário e teve um importante papel na Igreja Católica guandense. Ambos prefaciam o livro que contém um apêndice final concedendo importância ao papel que teve, nas independências dos países africanos de língua oficial portuguesa, a Casa dos Estudantes do Império. UCCLA


Moçambique – A palavra

A palavra renova-se no poema.
Ganha cor,
ganha corpo,
ganha mensagem.

A palavra no poema não é estática,
pois, inteira e nua se assume
no perfeito,
no perpétuo movimento
da incógnita que a adoça.

A palavra madura é espectáculo.
Canta.
Vive.
E respira. Para tudo isso
basta
uma mão inteligente que a trabalhe,
lhe dê a dimensão do necessário
e do sentido
e lhe amaine sobre o dorso
o animal que nela dorme destemido.

A palavra é ave
migratória,
é cabo de enxada,
é fuzil, é torno de operário,
a palavra é ferida que sangra,
é navalha que mata,
é sonho que se dissipa,
visão de vidente.

A palavra é assim tantas vezes
dia claro
sinal de paisagem
e por isso é que à palavra se dá,
inteiramente,
um bom poeta
com os seus sonhos,
com os seus fantasmas,
com os seus medos
e as suas coragens,
porque é na palavra que muitas vezes está,
perdido ou escondido,
o outro homem que no poeta reside.

Eduardo White - Moçambique

domingo, 23 de novembro de 2014

Galiza - Reintegracionismo de rua

Quês e porquês do reintegracionismo é um ameno breviário da estratégia reintegracionista para a recuperaçom da língua galega, à vez que um percurso polo movimiento social que esta gerou desde os anos ’80. Da autoria de Joseph Ghanime, Beatriz Peres, Valentim Fagim e Eduardo Maragoto —coordenados por José Ramom Flores—, este livro nom está pensado para especialistas e professores, mas para «gente do comum, que queira conhecer de primeira mao os quês e os porquês do reintegracionismo». Longe da assustadora agressividade verbal e filologismo dos debates que abundam na rede, no Quês e porquês encontram-se argumentos claros, bem explicados e até divertidos.

O tipo de perguntas que aparecem no livro som, nem mais nem menos, as que se fam nas ruas e nas tavernas: «Por que escrevedes tam ‘raro’?», «Por que os portugueses nos falam em castelhano?», ou «Queredes ser portugueses?»; isto é, as perguntas que realmente há que responder. Mas o afám didático e o esforço comunicativo nom exclui um grande número de referências —bibliográficas e na rede— que permitem aprofundar nos temas que mais interessem à leitora. Entre elas destacam as citaçons de clássicos da cultura galega e, sobretodo, as comparaçons com outros conflitos linguísticos semelhantes. Ótima ferramenta para desatoar preconceitos rochosos. Com certeza, o reintegracionismo é o movimiento social galego que mais se esforçou nos últimos anos por transcender as fronteiras comunicativas e este livro é um bom exemplo desse trabalho de achegamento no discurso. Algo do qual deveria tomar nota o movimiento político encerrado no discurso para consumo interno e as linguagens privadas.

Finaliza o breviário com vários apêndices, entre os quais se conta o intitulado «Dificuldades da ortografia portuguesa». Nele desenvolve-se umha teoria já defendida por Eduardo S. Maragoto em algumha palestra: o de que, contra o tópico, «a ortografia portuguesa adapta-se melhor às falas galegas do que às falas de Portugal, do Brasil ou de Angola». Um novo e interessante argumento a debater.

Quês e porqués do reintegracionismo é, enfim, o presente ideal para aquelas pessoas que se acham à beira do salto do Ñ para o NH. Carlos Varela – Galiza in “Portal Galego da Língua”

Carlos Calvo Varela - (Ordes, 1988) colaborou e colabora com diveros meios de comunicaçom, entre os quais Novas da Galiza, Praza Pública e o Portal Galego da Língua. Estudante de Antropologia e investigador, tem publicado numerosos artigos em portais web, revistas e livros, além de realizar um reconhecido labor como dinamizador social e cultural em coletivos de Compostela e Ordes.

sábado, 22 de novembro de 2014

Brasil – Ligação ferroviária ao Peru

A construção de uma linha ferroviária entre Brasil e o Peru, que permitirá unir comercialmente os portos do Atlântico e do Pacífico, não cruzará a Bolívia como este país espera, anunciou na passada quarta-feira, 19 de Novembro de 2014, o presidente peruano, Ollanta Humala.

O presidente disse que esta mega obra, que os governos de Lima e Brasília projectam, foi um dos assuntos abordados na sua recente viagem à China, país que em princípio participará na construção e no financiamento desta infraestrutura.

"Após um acordo prévio com o Brasil na China foi aprovada a assinatura de um memorando para iniciar os estudos de um projecto de caminho-de-ferro que una os oceanos e possa integrar os mercados de Brasil, Peru e China", disse Humala, durante a reunião com os meios de comunicação estrangeiros no Palácio do Governo.

O chefe de Estado indicou que o percurso que a linha férrea cobrirá não será pelo sul do Peru e através da Bolívia, mas sim "pelo norte do Peru, por razões de interesse nacional", que não especificou.

A Bolívia pretende participar no projeto que permite um escoamento dos seus produtos através dos portos dos dois oceanos, superando a ausência de acesso ao mar que no passado já teve.

Segundo estimativas iniciais, a ferrovia terá um custo de US$ 10 mil milhões, que a China estará em condições de financiar.

No passado mês de Outubro, o plano gerou alguns atritos diplomáticos entre as capitais, Lima e La Paz, depois do presidente boliviano, Evo Morales, afirmar que o Peru estava a marginalizar a Bolívia na participação no traçado.

"Não sei se o Peru está fazendo uma jogada desonesta", queixou-se Evo Morales.

Humala declarou ter "o maior respeito pelo presidente Evo Morales" e que o seu país está comprometido na integração com a Bolívia e apoia a sua reivindicação histórica de uma saída para o mar.

Neste sentido, referiu-se a "outro projeto de ferrovia que viria de La Paz" e chegaria até os portos peruanos e Lima. Afirmou que os ministros do Transporte dos dois países entraram em contato para avançar nesta temática. "É um desafio de engenharia pelas descidas da Cordilheira dos Andes até à costa", acrescentou. Baía da Lusofonia