Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Angola - Os sauditas vão ser a nossa desgraça

Arábia Saudita não quer diminuir produção para evitar que o preço do barril continue a descer

Uma produção em alta para manter os preços em baixa e controlar o mercado. Essa é aparentemente a estratégia adoptada pela Arábia Saudita e que poderá trazer muitos dissabores à economia angolana.

Com a actual produção diária em 87 milhões de barris é provável que o preço continue a descer até chegar aos USD 30 dólares, refere o jornal Expresso, o que seria desastroso para as contas públicas nacionais.

A Arábia Saudita pretende manter a sua produção no nível actual dos 9,7 milhões (a Rússia é o maior produtor mundial com 10,6 milhões) e foi isso mesmo que conseguiu na última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a 27 de Novembro, em Viena.

“Como política da OPEP – e convenci a OPEP disso, e até o Sr. Al-Badri (o secretário-geral da OPEP) está convencido disso agora -,não é do interesse dos produtores da OPEP reduzir a produção, seja qual for o preço”, disse o ministro saudita dos Petróleos e dos Recursos Minerais em entrevista ao Middle East Economi Survey.

“É irrelevante se descer até USD 20, USD 40, USD 50 ou USD 60″, acrescentou Ali Ibrahim al-Naimi.

Para os sauditas trata-se de manter a produção em níveis altos e continuar a ganhar dinheiro com o aumento da quota de mercado, pois, de acordo com as palavras do próprio ministro, o custo máximo de produção do barril de petróleo saudita está entre os USD 4 e os USD 5 e o país poderá continuar a ganhar dinheiro mesmo com os preços em queda.

O mesmo não se poderá dizer para Angola. Os cálculos do Orçamento Geral do Estado para 2015 estão feitos para um barril de petróleo a USD 81 mas o preço tem andado mais perto dos USD 60. In “Rede Angola” - Angola

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