Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 25 de julho de 2015

Moçambique – Exportações de açúcar

As exportações de açúcar na campanha de 2015/16 poderão registar um crescimento na ordem de 19%, atingindo um nível de 305.688 toneladas métricas, com os rendimentos de exportação a diminuir até menos de 110 milhões de dólares norte-americanos.

Os principais mercados de exportação continuam a ser a União Europeia, os Estados Unidos e os mercados regionais.

Segundo dados a serem aflorados hoje, no distrito da Manhiça, província de Maputo, durante um encontro para debater os desafios da Indústria do Açúcar, tanto que a queda das receitas de exportação deste produto resulta da redução de preços no mercado internacional.

De acordo com os mesmos dados, a indústria açucareira continua a dar precedência ao mercado nacional alargando a distribuição em todo o país através de uma rede de 17 depósitos de vendas.

Estes armazéns permitem uma projecção em todas as províncias, garantindo a disponibilidade do açúcar em todo o país, independentemente da distância em relação às fábricas.

O sistema de distribuição promove a participação local na troca de valor através de relações comerciais com os grossistas locais. A activação da procura é apoiada por campanhas de comercialização e publicidade.

Referem os mesmos dados que a indústria açucareira produziu 422.622 toneladas métricas de açúcar durante a campanha de 2014/15, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Na mesma altura foram distribuídos no mercado nacional 141.434 toneladas métricas e o restante foi exportado.

Refira-se que o sector açucareiro sofreu um grande revés durante o último conflito armado, tendo quase todas as fábricas sido destruídas e os campos de cana abandonados, fazendo com que o país dependesse em cerca de 100 por cento da importação dos países vizinhos, com destaque para África do Sul, Suazilândia e Zimbabwe.

Foi neste contexto que, com o financiamento de instituições financeiras internacionais, investiu-se num projecto de relançamento da indústria, tendo em conta o seu papel estratégico não só para as exportações, como também para a criação de postos de trabalho.

Os investimentos privados realizados em quatro das seis fábricas, nomeadamente nas açucareiras de Marromeu, Mafambisse, Xinavane e Maragra totalizam 800 milhões de dólares

No ano da cessação do conflito armado, quando a produção de açúcar em Moçambique era de apenas 13.000 toneladas métricas, resultantes de uma área plantada de cana sacarina de 3941 hectares, representando escassos postos de trabalho, tanto directos como indirectos.

Neste momento o sector açucareiro emprega mais de 35.000 trabalhadores entre permanentes e sazonais. São empregos que ocorrem em áreas rurais e menos desenvolvidas.

O seminário a decorrer nas instalações da Açucareira de Xinavane será dirigido pelo ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, contando com a participação de quadros superiores da Illovo Sugar Ltd, Grupo Tereos SA e Tongaat Hulett Sugar Ltd, multinacionais que são accionistas das açucareiras da Maragra, Marromeu, Mafambisse e Xinavane congregados na Associação dos Produtores de Açucar de Moçambique (APAMO) e DNA – Distribuidora Nacional de Açúcar, bem como dos respectivos directores-gerais. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

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