Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Angola – Palanca Negra Gigante ameaçada

Queimadas ameaçam Palanca Negra Gigante

O coordenador do projecto de conservação da Palanca Negra Gigante, Vaz Pedro, alertou hoje, em Luanda, que demasiadas queimadas no Parque Nacional de Cangandala podem prejudicar a reprodução deste antílope, maior referência da fauna angolana.

Em declarações à Angop em Luanda, o ambientalista referiu que as queimadas são recorrentes e, na sua maioria, perpetradas por caçadores furtivos.

"As queimadas têm origem humana e quase todos os anos registam-se em várias áreas do parque, sobretudo no período do cacimbo. Muitas queimadas são feitas por caçadores furtivos e outras por populares sem razão bem definida", precisou.

Vaz Pedro avançou que as queimadas recentemente registadas causaram danos na parte adjacente da nova vedação do santuário "Habitat da Palanca Negra Gigante", situado no parque de Cangandala.

Segundo ele, as palancas localizadas no santuário do parque estão sob controlo, mas queimadas em demasia podem prejudicar a sua reprodução.

"No tempo de cacimbo regista-se a acumulação da matéria combustível. Se algumas queimadas precoces forem feitas de forma regrada e pontual podem também ser bastante benéficas, quer para regenerar o pasto, quer para proteger a área contra queimadas futuras e descontroladas", explicou.

No caso do santuário, acrescentou, devido à presença de vedações, deve-se ter um cuidado adicional porque estas podem danificar o material e prejudicar o habitat ou encurralar os animais.

Apesar da ocorrência, Pedro Vaz referiu que este ano as queimadas não foram significativamente piores em relação aos anos anteriores.

No santuário de Cangandala estão controladas 40 palancas negras, incluindo crias, de acordo com o coordenador do projecto de conservação desta espécie única no mundo.

O número de Palancas controladas tanto no Parque de Candangala como na reserva natural integral do Luando encontra-se abaixo de 200, contra os dois mil animais controlados no tempo colonial. In “Novo Jornal” - Angola

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