Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Moçambique – Instituto Nacional de Estatística tem novo presidente

Presidente da República desafia nova Presidente do INE para que estatísticas estejam ajustadas à demanda dos usuários

O calendário estatístico nacional deve ser harmonizado de forma a satisfazer as necessidades de informação do Governo e de outros utilizadores em tempo útil. Este desafio foi lançado esta terça-feira, 21 de Setembro corrente, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. O Chefe do Estado falava no acto de tomada de posse da recém-nomeada Presidente do Instituto Nacional de Estatística, Dra. Maria Isaltina Lucas, que substitui o Dr. João Dias Loureiro no cargo.

Para o Presidente da República, ainda prevalece, a título de exemplo, um desfasamento temporal entre as necessidades de informação para a avaliação da implementação de políticas nacionais e a disponibilidade de dados para o efeito em tempo útil. Esta prática acrescentou, pode constranger o Governo na avaliação do impacto da sua actuação com vista a aplicação de medidas correctivas e de ajustamento estrutural ou conjuntural de políticas sempre que se revelar necessário.

“O conceito de servir exprime a ideia de que a informação produzida vai de encontro às necessidades de informação dos seus utilizadores. Por outro lado, seja presente a estes utilizadores em tempo útil, o que significa que sendo a estatística fundamental para o processo de tomada de decisões ela deve ser presente quando requerida para o efeito”, acrescentou.

Indicou que sendo o INE um órgão reitor do sistema estatístico nacional, tem uma responsabilidade acrescida na dinamização e coordenação da recolha, tratamento e difusão e disseminação de informação estatística oficial nacional fiável e oportuna para que sirva de referência e expressão numérica do desempenho da economia nacional. “A monitoria das políticas do Governo e a avaliação do impacto da implementação da agenda do desenvolvimento exigem do INE maior aptidão na disponibilização de análises de conjuntura e estrutura económica. A referida análise inclui a avaliação das dinâmicas demográficas e sociais expressas na projecção de políticas sociais e populacionais com vista a garantir um desenvolvimento harmonioso equilibrado e alcance do bem-estar dos moçambicanos”, desafiou.

Das acções em curso, o Presidente da República destacou a relevância, pertinência e urgência da aceleração do processo de conclusão da sistematização dos dados do inquérito ao orçamento familiar 2014/2015, a preparação, execução e disseminação dos resultados do recenseamento geral da população de 2017.

Na óptica do Chefe do Estado, os resultados deste inquérito irão ditar as tendências da evolução dos indicadores nacionais e do impacto das políticas do Governo no combate à pobreza.

Com relação ao censo da população 2017, este deve merecer atenção especial, sobretudo porque os resultados do último censo populacional de 2007 são desafiadores ao apresentar uma taxa de omissão de 2 por cento que permitiu a classificação de muito bom para os parâmetros internacionais. “Nestes termos, desafiamos a empossada a dedicar-se na dinamização e coordenação da actividade estatística, na melhoria dos métodos, técnicas e procedimentos na produção de dados resultantes da leitura dos fenómenos incluindo a harmonização do calendário estatístico às necessidades de informação do Governo e doutros utilizadores”, indicou. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

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