Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 8 de novembro de 2015

Macau - Escola de línguas direccionada a crianças e adultos

Abre portas a 16 de Novembro a Global Language School Macau, uma escola de línguas direccionada a crianças e adultos. O estabelecimento de ensino tem uma oferta que engloba o mandarim, o cantonense, o português e o inglês, do nível inicial ao mais avançado. A aposta no português vem responder à procura crescente da língua, mas é o cantonense o mais procurado

Nasce a 16 de Novembro de 2015 uma nova escola de línguas em Macau. A Global Language School oferece cursos de mandarim, cantonense, português e inglês, nos diferentes níveis, e surge, diz o responsável pelo projecto, para preencher “uma lacuna” verificada no sector privado. “A ideia surgiu um pouco da constatação da falta de oferta de qualidade, no sector privado, do ensino de português e mandarim para crianças. Foi mesmo constatar que não existia no mercado privado uma escola que conjugasse o ensino do mandarim, do cantonense, do português, sobretudo a pensar nas crianças”, esclarece João Costeira Varela.

A aposta no ensino do português vem responder ao aumento acentuado da procura do idioma de Camões e enquadra-se no quadro do impulso que tem sido dado à língua na região. “Temos esperança que este projecto se enquadre nas várias vertentes que pode assumir a diversificação da economia de Macau. Toda a gente percebe que Macau está a atravessar uma mudança a nível social e económico e é preciso que tenha também valências noutras áreas de prestação de serviços, para além das várias solicitações dos casinos. Nos últimos anos tem havido um enorme crescimento na procura da língua portuguesa e um enorme crescimento na procura de quadros bilingues”.

O português, defende João Costeira Varela, assume-se, cada vez mais, como uma língua de negócios: “É uma língua de trabalho, e cada vez mais será assim. Os bancos estão a desenvolver departamentos para lidar com os assuntos de países de língua portuguesa. Os vários escritórios de advogados começam também a ter serviços virados para esse mercado das relações económicas e comerciais dos empresários chineses e dos de língua portuguesa. O próprio Governo tem cada vez mais iniciativas nesse âmbito, para as quais são precisas pessoas bilingues”, sustenta.

Uma aposta a que não é alheia a identidade do território, caracterizada pela prolongada presença portuguesa. “Macau tem uma identidade própria, que não pode ser apagada, que é o seu passado de presença e administração portuguesa. O português é língua oficial e julgo que a Macau também interessará que haja cada vez mais gente capaz de dominar ambas as línguas, para que a sua identidade não se vá perdendo”.

Mas não é a língua de Camões, aquela que está a congregar maior número de inscrições na jovem escola, criada pelo ex-jornalista. “A comunidade macaense, que são os miscigenados, são completamente bilingues na oralidade, mas não sabem ler nem escrever, ou lêem e escrevem muito pouco chinês. Temos um curso pensado para eles, de cantonense, para quem sabe falar e não sabe ler nem escrever. E é o curso que está a ter maior procura neste momento”. Nos diferentes cursos, o preço por hora é de 170 patacas. In “Ponto Final” - Macau

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