Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 19 de março de 2016

Brasil - Porta para o Pacífico, estratégica para Goiás

Porto Seco Centro-Oeste cresceu 9 mil por cento em 10 anos

Paralelamente à retomada da navegação para a exportação de grãos da Região Centro-Oeste, em direção aos portos do Sudeste do País, sob a liderança de Goiás, os governos do Brasil e do Equador discutem a conexão naval e rodoviária entre Manaus e Manta, no Equador, para reduzir o tempo de transporte de produtos, em até 10 dias, em comparação com a via do Canal do Panamá. O eixo multimodal seria estratégico para o aumento substancial das exportações e importações brasileiras para o Equador, Peru e Bolívia, mas o grande foco do Brasil através da criação de uma porta para o Pacífico é a ampliação das relações comerciais com a China, o Japão, a Índia e outras potências asiáticas.

Na esteira deste projeto estruturante para a economia sul-americana, a expectativa de criação do eixo rodo-ferro-naval de oito mil quilômetros entre o Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis, e o Porto de Manta potencializaria a criação de um gigantesco corredor agrícola nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil e a consolidação da operação comercial da Ferrovia Norte-Sul. Com a aproximação dos mercados asiáticos, através da porta para o Pacífico, Anápolis seria o marco zero de um dos maiores corredores multimodais do mundo.

Estrategicamente localizado no centro geográfico do Brasil, o Porto Seco Centro-Oeste cresceu 9 mil por cento em 10 anos e ganhará mais competitividade com a abertura de uma porta para o Pacífico, passo decisivo para consolidação da Plataforma Multimodal de Goiás e do Centro de Distribuição de Anápolis, distante de 70 por cento do PIB brasileiro num raio de apenas 1.300 quilômetros.

Com o advento do modal aéreo, através do Aeroporto Internacional de Cargas, cuja pista para operação dos maiores aviões do mundo já está concluída, Anápolis consolidará um competitivo hub logístico multimodal interligado ao entreposto da Zona Franca de Anápolis. Tão importante para o Centro-Oeste quanto para o Norte do Brasil, este projeto estruturante deverá sair do papel com a operação comercial da Ferrovia Norte-Sul.

A expectativa de abertura de uma porta para o Pacífico, assim como a retomada da navegação, é um desafio para a aceleração do desenvolvimento da Região Centro-Oeste e para o crescimento das exportações e importações do Estado de Goiás, conquanto estratégica para a inserção de Anápolis no seleto grupo de cidades globalizadas. Manoel Vanderic – Brasil in “Diário da Manhã”

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