Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 23 de abril de 2016

Moçambique - Amêndoa da castanha de caju de Nampula tem padrão internacional

A amêndoa da castanha de caju processada nas indústrias da província de Nampula já responde aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado internacional, o que resulta essencialmente dos investimentos realizados recentemente para complementar a cadeia de valores do produto.

A Condor Nats, que tem uma unidade de processamento no posto administrativo de Anchilo é exemplo da conquista do mercado internacional da amêndoa da castanha, em virtude da elevação da qualidade do seu produto final.

Américo Matos, gerente da referida indústria, disse ao “Notícias” que os Estados Unidos da América, a Holanda, Noruega e alguns países do Médio Oriente têm vindo a elevar as suas importações de castanha moçambicana.

“O aumento das exportações deve-se fundamentalmente à elevação contínua da qualidade da castanha nas componentes de tamanho e cor. Para o efeito, adquirimos equipamentos através do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDD), nomeadamente seleccionadoras por cores, calibradores de castanha e de amêndoa além de despeliculadores”, disse Matos.

A aquisição dos equipamentos elevou não só a qualidade da amêndoa, como também a eficiência no processamento do mesmo sem necessidade de redução de mão-de-obra.

A Condor Nats emprega cerca de dois mil trabalhadores que se ocupam, maioritalmente, pela selecção e despeliculagem.

Neste momento, a Condor Nats tem capacidade de processamento de cerca de seis mil toneladas de castanha por ano.

Matos precisou que a sua indústria está a receber, nos últimos tempos, pedidos no fornecimento de desperdícios de amêndoa da castanha de caju que constitui matéria-prima para as indústrias de chocolates, panificação, entre outras do ramo alimentar. A maioria dos pedidos provém dos EUA e da Europa.

A fonte escusou-se a falar dos lucros que a sua empresa tem estado a captar com o aumento das encomendas de amêndoa e subprodutos, mas referiu que “a nossa amêndoa é comercializada ao preço do topo nas principais praças internacionais”.

O Presidente do Conselho de Administração do FDA, Eusébio Tumuitikile, que visitou a Condor Nat, instou os industriais do caju a seguir o exemplo desta empresa que aproveitou as oportunidades que a sua instituição proporcionou, para completar a industrialização da castanha e acrescentar valor ao produto final.

A província de Nampula, para além de ser a maior produtora nacional da castanha, com uma média anual de 40 mil toneladas, detém mais de metade das 14 unidades industriais que operam no país. Carlos Tembe – Moçambique in “Jornal de Notícias”

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