Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 31 de maio de 2016

Brasil – Lançamento do livro “Teixeira de Freitas e a criação do IBGE. Correspondência de um homem singular e plural”

No mês em que completa 80 anos de fundação, o IBGE homenageia seu idealizador Mário Augusto Teixeira de Freitas (1890/1956), com o lançamento do livro “Teixeira de Freitas e a criação do IBGE. Correspondência de um homem singular e plural”, do pesquisador Nelson Senra, que reúne 400 cartas trocadas entre Teixeira de Freitas e personalidades da sua época, além de documentos, que mostram como o estatístico concebeu e teve êxito em criar um órgão nacional de estatística e geografia em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Trata-se de um importante registro histórico das ideias e ideais do fundador do IBGE a respeito da economia e sociedade, política, educação, saúde e religião. Para produzir o livro, o pesquisador e professor no IBGE debruçou-se sobre mais de sete mil documentos que compõem o Fundo Documental Teixeira de Freitas, do Arquivo Nacional. As cartas e textos selecionados estão organizados em quatro partes: Diálogo com estatistas; Diálogo com estadistas; Diálogo com educadores e A reconstrução brasileira. A versão impressa da publicação apresenta 100 cartas e textos na íntegra e o conjunto completo de cartas está disponível no DVD que a acompanha.

O livro foi lançado ontem (30/05/2016), no Auditório do Centro de Documentação e Disseminação do IBGE, com a presença da presidente do IBGE, Wasmália Bivar. A publicação, de 536 páginas, poderá ser adquirida na Loja virtual do IBGE, por R$ 70,00. Também estará disponível, para download gratuito, a partir do lançamento, na Biblioteca.

A partir das cartas enviadas por Teixeira de Freitas a políticos, administradores públicos e expoentes do pensamento brasileiro à época, e outros documentos, é possível conhecer sobre sua personalidade, suas ideias e esforços para conceber e criar o IBGE. Na primeira parte - Diálogo com estatistas - há seis seções focando a atividade estatística, incluindo a fundação do IBGE. A segunda parte – Diálogo com estadistas – tem duas seções. Na primeira, Teixeira de Freitas é Delegado Censitário, em Minas Gerais, onde organiza o Censo de 1920. Em Minas, ganha o apoio e o apreço de políticos como Artur Bernardes, Benedito Valadares, Juscelino Kubitschek e Hildebrando Clark.

Na segunda seção, já de volta de Minas Gerais, Teixeira de Freitas é chamado para criar e dirigir uma repartição de estatística no recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pública, onde dialoga com Gustavo Capanema e Carlos Drummond de Andrade, respectivamente ministro da Educação e chefe de gabinete.

Na terceira parte – Diálogo com educadores - há quatro seções, trazendo o diálogo de Teixeira de Freitas com nomes como o dos educadores Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, o educador Lourenço Filho e Sud Mennucci. Na quarta e última parte há seis seções, cada qual com uma das ideias ou ideais de Teixeira de Freitas. Os temas são o plano nacional, que, de certa forma, aborda todos os demais temas, e que também se chegou a chamar de “Ideário Cívico do IBGE”. Seguem a questão da redivisão territorial, a mudança da capital federal e o problema municipal que, de certa forma, compõem uma totalidade, embora nem sempre ele os tratasse em conjunto. E há as lutas pela construção do planetário na capital federal e pela adoção do esperanto como língua geral. Por fim, há suas reflexões religiosas, algo que permeava sua vida, o tempo todo, fazendo-o ousar uma leitura da atividade estatística em linguagem religiosa.

O livro termina com uma biobibliografia de Teixeira de Freitas, em especial do que há disponível nas revistas editadas pelo IBGE – Revista Brasileira de Estatística, Revista Brasileira de Geografia, e as não mais existentes Revista Brasileira dos Municípios, Boletim de Estatística, Boletim de Geografia – e existentes no seu acervo na Biblioteca.

Teixeira de Freitas concebeu o IBGE a partir da cooperação interadministrativa

Mário Augusto Teixeira de Freitas nasceu em São Francisco do Conde, Bahia, em 31 de março de 1890. Ingressou, em 1908, na Diretoria Geral de Estatística do Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas, onde promoveu numerosas pesquisas estatísticas, até então inéditas no país. Em 1920, foi nomeado Delegado Geral do Recenseamento em Minas Gerais e sua notável atuação nesse cargo levou o governo mineiro a convidá-lo para reformar a organização estatística estadual. Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro para colaborar na organização do Ministério da Educação e Saúde Pública, no qual passou a dirigir a Diretoria de Informações, Estatística e Divulgação.

Baseado em seu plano de cooperação interadministrativa entre as três esferas governamentais - federal, estadual e municipal -, foi criado em 1934 e instalado em 1936 o Instituto Nacional de Estatística, que, a partir de 1938, passa a denominar-se Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pela associação nas mesmas bases de cooperação interadministrativa, do sistema de atividades geográficas. Em carta ao educador Fernando de Azevedo, em 29 de abril de 1952, Teixeira de Freitas, dá a dimensão do esforço de criar um órgão nacional de estatística e cartografia: “O Instituto [IBGE] é tudo que – através de um labor continuado por mais de quarenta anos e ao qual dei tudo que podia dar como idealismo e sacrifício – a minha pobre vida deixou de si. É tudo quanto fiz de sentido construtivo.” Faleceu em 1956, no Rio de Janeiro. Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Guiné-Bissau – Lançamento do livro “Gargadjada di Mama Guiné”

Realiza-se amanhã, 31 de Maio de 2016 pelas 18H 30M, na Biblioteca Municipal D. Dinis em Odivelas, Portugal, o lançamento do livro de poesia “GARGADJADA DI MAMA GUINÉ Brankura di dinti ku ka tem sangui” – “GARGALHADA DA MAMÃ GUINÉ Quem vê caras não vê caras não vê corações” quinto livro do escritor, jurista de formação e diplomata de carreira Carlos Edmilson Marques Vieira.

O livro será apresentado pelo poeta e jornalista guineense António Soares Lopes Júnior conhecido internacionalmente como Tony Tcheka, um dos fundadores da União Nacional de Artistas e Escritores considerado uma referência da literatura guineense. Baía da Lusofonia


Moçambique - Porto de Nacala recebe mercadoria para o Malawi

O Porto de Nacala, na província de Nampula, já começou a receber navios carregados com milho norte-americano com destino ao Malawi, país que atravessa um período de forte seca, noticiou a agência Bloomberg.

Fernando Couto, o administrador-executivo da entidade que gere aquela infra-estrutura, a Portos do Norte SA, informou a Bloomberg que Nacala recebeu a 29 de Abril um carregamento de 6 mil toneladas de milho proveniente dos Estados Unidos com destino ao Malawi. Em Junho o mesmo porto deverá receber outras 300 mil toneladas do cereal, também provenientes dos Estados Unidos.

O Malawi, um país de 17 milhões de pessoas que não tem acesso ao mar, enfrenta um segundo ano consecutivo de fraca produção de cereais devido à forma como o padrão meteorológico do “El Niño” afectou as colheitas um pouco por todo o sul de África. Nestas regiões o milho é a principal fonte de alimento.

O Ministério da Agricultura do Malawi indicou no início deste mês que o país quer comprar um milhão de toneladas de milho branco. Essa quantidade representa dez vezes mais do que os Estados Unidos esperavam que o Malawi importasse durante toda a época. Os preços do milho no Malawi atingiram valores recorde em Fevereiro, de acordo com as Nações Unidas.

O administrador do Porto de Nacala afirmou que a infra-estrutura tem capacidade para lidar com os carregamentos adicionais. O porto tem vindo a ampliar as suas estruturas, especialmente silos provisórios para receber os cereais que os países sem costa precisam.

Também contratou empresas especializadas para empacotar os cereais.

Nacala fica a cerca de mil quilómetros (por estrada) a leste da capital do Malawi, Lilongwe, e a cerca de 850 quilómetros por linha férrea. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

domingo, 29 de maio de 2016

Mulheres de pano preto









Vamos aprender português, cantando


Mulheres de pano preto
não chorem mais

Se puderem
quando um de nós cair ferido
rezem por nós
para que regressemos à nossa casa

Porque aqui é que é a nossa terra
não importa aonde formos
Por mais voltas que der o mundo
volta-se sempre ao mesmo lugar

Mas vocês hão de limpar o coração
com o nosso sangue que cai no chão

Armando Salvaterra e José Carlos Schwarz – Guiné-Bissau

Eneida Marta – Guiné Bissau

Luanda Cozetti – Brasil

Mindjeris di Panu Pretu

Mindjeris di panu pretu
Ka bo tchora pena

Si kontra bo pudi
Ora kun son di nos fidi
Bo ba ta rasa
Pe tisinu no kasa

Pabia li ki no tchon
No ta bai nan te
Bolta di mundu
Di rabu di pumba

Ma bo na limpa bo korson
Ku no sangi ku na kai na tchon

sábado, 28 de maio de 2016

Portugal - Espólio museológico ferroviário continua a degradar-se

Especialista diz que o Museu Ferroviário não tem meios para proteger património

O primeiro presidente da comissão executiva instaladora do Museu Nacional Ferroviário, António Pinto Pires, defende a intervenção no Estado para evitar a total degradação do espólio ferroviário nacional, com valor museológico, uma vez que a Fundação Museu Nacional Ferroviário tem revelado não ter capacidade para o fazer.

Num texto enviado à redacção de “O MIRANTE”, o especialista em questões museológicas faz uma lista de peças de valor incalculável, “que escrevem a história do caminho-de-ferro português que correm sérios riscos de conservação”.

António Pinto Pires diz ser preocupante o estado em que se encontram as locomotivas expostas nos jardins da Fernave no Entroncamento, que diz serem peças únicas; carruagens Schindler, B600, vagões, gruas e a automotora Nohab, depositadas nas proximidades do Museu Nacional Ferroviário que correm risco de desagregação a curto espaço; uma locomotiva BA 67, que se encontra abandonada em instalações degradadas na Pampilhosa e ainda diversos material espalhado por outras localidades como Figueira da Foz, Contumil, Vila Nova de Gaia, Valença, Lagos e Vila Real de Santo António.

“A preservação da colecção constitui uma mais valia futura, sendo que Portugal é um dos países da Europa que reúne um amplo espólio, que urge preservar nas devidas condições”, defende o autor que é doutorando em Museologia, acrescentando que cabe ao Estado Português, através dos ministérios do equipamento e da cultura, encontrar os meios para o solucionar o problema em conjunto com entidades e empresas relacionadas com a matéria.

“Tão importante questão não pode ser da exclusiva responsabilidade da Fundação Museu Nacional Ferroviário, uma vez que esta entidade não está dotada dos meios necessários para levar a cabo uma operação de tamanha envergadura, quer pelos meios logísticos que exige, quer pelos custos financeiros que a mesma poderá envolver”, afirma António Pinto Pires. In “O Mirante” - Portugal

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Macau - Retrato da viagem de Borget pela China

Pinturas a óleo, esboços, aguarelas e livros antigos do pintor francês Auguste Borget estarão expostas a partir do final de Junho no Museu de Arte de Macau. A colecção do artista do século XIX retrata uma viagem de quatro anos à volta do mundo que terminou na costa sul da China

Auguste Borget
O Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe a partir de 30 de Junho até 9 de Outubro de 2016, a exposição “Auguste Borget: o Pintor Viajante na Costa Sul da China” que reúne um conjunto de esboços, aguarelas, pinturas a óleo, gravuras e livros antigos com ilustrações do pintor francês do século XIX.

Integrada na edição deste ano do “Le French May”, a mostra ilustra a vida quotidiana chinesa captada pelo olhar de Auguste Borget durante uma viagem de quatro anos pelo mundo desde as Américas até ao Extremo Oriente. Em 1838, o pintor chegou à costa sul da China e passou mais de um ano a viajar por uma Hong Kong pré-britânica, Guangdong e Macau.

Regressado à terra-mãe, Borget (1808-1877) pintou o famoso quadro “Vista do Grande Templo Chinês em Macau”, apresentado no Salão de Paris e que foi mais tarde comprado pelo Rei Louis-Philippe de França. A viagem resultou ainda na publicação dos “Esboços da China e dos Chineses” que apresenta um conjunto de representações litográficas das cenas e paisagens que capturou por terras asiáticas.

Entre outros cenários, será possível visualizar como era o Delta do Rio das Pérolas em meados do século XIX, e vislumbrar os costumes.

Segundo o Instituto Cultural, “Borget foi profundamente influenciado pela sua estadia na costa sul da China e as suas obras como pintor viajante constituem uma parte notável do rico legado que constitui o intercâmbio cultural sino-ocidental”. In “Jornal Tribuna de Macau”

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Angola – ECOANGOLA 2016, 1º Salão Internacional da Biodiversidade e Ecoturismo



Ciclo de conferências sobre o lema “A luta contra o comércio ilegal da fauna e da flora selvagens, um dever de todos”. Para mais informações aceda aqui. Feira Internacional de Luanda - Angola

quarta-feira, 25 de maio de 2016

UCCLA promove Encontro “Perspetivas Económicas dos Países da CPLP” na cidade do Porto



A UCCLA vai promover no dia 31 de maio de 2016, pelas 15 horas, o encontro sobre “Perspetivas Económicas dos Países da CPLP”, um contributo para que se responda com otimismo às preocupações resultantes da crise.

Falamos a 5.ª língua do mundo, temos uma conceção tolerante e universalista e todos os nossos países têm por fronteira o mar, condições relevantes para a competitividade neste mundo global. São estas preocupações para que se encontrem as respostas para a crise que justificam o encontro.





















O encontro - que decorrerá na Sala 2 do Coliseu do Porto (Rua de Passos Manuel, n.º 137) é aberto ao público - versará sobre a “Diversificação e Financiamento das Economias” a cargo de João Ferreira do Amaral e de Carlos Costa Pina, e sobre a “Economia e Geopolítica do Petróleo” a cargo de Nuno Ribeiro da Silva, Agostinho de Miranda e António Costa e Silva.

O histórico ex-Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, encerrará o encontro com “Uma perspetiva de África”. UCCLA


Portugal – Porto de Lisboa perdeu 30% das cargas até Abril

Nos primeiros quatro meses do ano, o porto de Lisboa perdeu mais de um milhão de toneladas, ou 30% do total, em termos homólogos, de acordo com os dados provisórios disponibilizados pela administração portuária. Em Maio arrisca ser ultrapassado por Setúbal.

Desde o início do ano e até ao final de Abril, o porto da capital movimentou cerca de 2,6 milhões de toneladas, valor que compara com os perto de 3,8 milhões de toneladas processados no primeiro trimestre do ano transacto.

A quebra da actividade foi particularmente sentida na carga contentorizada, que afundou 38%, tendo passado de 1,7 para um milhão de toneladas. A movimentação de granéis sólidos cedeu 22%, de 1,5 para 1,2 milhões de toneladas. E os granéis líquidos ficaram-se nas 333 mil toneladas, contra 467 mil há um ano.

No que toca à movimentação de contentores, e sempre considerando os dados não consolidados da APL, no primeiro trimestre passaram pelo porto da capital 100 077 TEU, quando no mesmo período de 2015 se contaram 161 870. Os terminais de Alcântara e Santa Apolónia, os maiores, foram os mais castigados. A quebra de actividade atingiu os 47% na Liscont e chegou aos 40% na Sotagus.

Greve com efeitos antecipados

A greve dos trabalhadores portuários só arrancou, recorde-se, a 20 de Abril mas os seus efeitos começaram a sentir-se antes, desde que o pré-aviso foi tornado público, com os armadores e carregadores a procurarem de imediato alternativas.

De resto, o clima de confiança dos operadores económicos no porto de Lisboa está há muito minado, o que explica que, mesmo quando cresceu, nos últimos tempos, o porto da capital manteve-se em níveis de actividade “historicamente” baixos como várias vezes foi sublinhado pelos relatórios sectoriais do IMT.

Setúbal ultrapassa Lisboa

A manter-se esta situação, é cada vez mais provável que ainda neste mês de Maio Lisboa seja ultrapassada por Setúbal no ranking dos portos nacionais.

No final de Abril, o porto ainda liderado por Vítor Caldeirinha superou os 2,5 milhões de toneladas (depois de ter feito 750 mil só naquele mês), ficando já muito perto de Lisboa, a avaliar pelos números provisórios.

Importa sublinhar, porém, que, mesmo a cair, e muito, Lisboa continua à frente de Setúbal na movimentação de contentores, uma vez que na foz do Sado “apenas” se contaram perto de 29 mil TEU nos primeiros quatro meses do ano (com um crescimento homólogo de 42%). In “Transportes & Negócios” - Portugal

UCCLA – Cidade do Porto acolhe Assembleia Geral da UCCLA e Exposição sobre a Casa dos Estudantes do Império



A Câmara Municipal do Porto, presidida por Rui Moreira, vai acolher a XXXII Assembleia Geral da UCCLA e a exposição "Casa dos Estudantes do Império, 1944-1965. Farol da Liberdade", no dia 31 de maio de 2016.

A reunião, que terá início às 9h30, decorrerá na Sala D. Maria, e contará com a presença de várias individualidades que presidem a cidades e empresas associadas da UCCLA. A reunião é à porta fechada.

A titularidade da presidência da Assembleia Geral da UCCLA pertence à cidade de Luanda, competindo ao General Higino Carneiro - presidente da Comissão Administrativa de Luanda e Governador Provincial de Luanda - abrir os trabalhos.

No mesmo dia, pelas 12h30, será inaugurada a exposição "Casa dos Estudantes do Império, 1944-1965. Farol da Liberdade", no átrio dos Paços do Concelho.

Esta exposição pretende dar a conhecer um pouco melhor da história e da realidade vivida pelos estudantes universitários das ex-colónias portuguesas que frequentaram a Casa dos Estudantes do Império. É uma mostra documental, com fotografias, publicações periódicas, livros, documentos oficiais, etc, cedidos ou disponibilizados pelos associados e por algumas instituições.

A exposição já esteve patente nas cidades de Lisboa (Portugal), Maputo (Moçambique), Praia (Cabo Verde) e Mindelo (Cabo Verde). UCCLA

Estarão presentes as seguintes individualidades:

Cidades:

Angola - Belas, Benguela, Cazenga e Luanda;
Cabo Verde - Praia;
Guiné-Bissau - Bafatá, Bolama Bijagós e Cacheu;
Macau;
Moçambique - Maputo e Nampula;
Portugal - Almada, Angra do Heroísmo, Cascais, Covilhã, Guimarães, Lisboa e Odivelas;
São Tomé e Príncipe - Água Grande e Governo Regional do Príncipe;

Empresas:

Águas de Portugal; Banco BIC; Banco BNI; Banco BPC; Banco BPI; Bardaji, Honrado & Pinhel - Sociedade de Advogados; BDO; CGD; Cofaco; CRBA & Associados; Diorama; EMEL; EMEP; Grupo Entreposto; Fundação Inatel; LUSA; Montepio Associação Mutualista; Parques do EDT; Sonangol; TAAG; TAP e Visabeira Global.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Brasil - Mercado de café em cápsulas pode crescer 100% de 2014 a 2019

O consumo de café em cápsulas cresce de forma constante no Brasil. Atualmente esse segmento corresponde a 0,6% do volume total consumido no Brasil, o que representa em torno de 980 mil toneladas. Até 2019, as cápsulas devem chegar a 1,1% do consumo, ou seja, um crescimento médio anual de 15,3% de 2014 a 2019, o que pode representar um crescimento mais de 100% nesse período.

Os dados estão presentes na pesquisa elaborada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O levantamento indicou que o comércio de café em cápsula pode movimentar até R$ 2,2 bilhões com 12 mil toneladas nos próximos três anos. Para a Abic, a maior disponibilidade de cápsulas e também a preços acessíveis do produto devem favorecer este cenário.

De acordo com a pesquisa, nem mesmo a crise econômica deve desacelerar o mercado, já que 58% das pessoas entrevistadas disseram que ainda não foram afetados pela crise, e, assim, se mostraram totalmente dispostos a manter o mesmo nível de preço no consumo das marcas utilizadas.

Outro fator que reforça os dados da pesquisa são os consumidores que tomam café fora do lar. Foi observado que eles têm um maior poder aquisitivo e são mais atentos e exigentes quanto às qualidades do grão, suas origens e ainda percebem os diferentes blends. Nesse mesmo contexto da pesquisa, os cafés gourmet ganham mais atenção dos consumidores nas regiões urbanas.

O relatório mostra, ainda, números positivos para o segmento de food service (mercado de alimentação fora do lar). Nesse caso, a pesquisa demonstrou que há uma concentração de 68% no varejo e de 32% no food service. A projeção dos dados da pesquisa para 2019 é de aumento do food service para 36% e de redução do varejo para 64%, o que mostra que o consumidor buscará mais o consumo do café fora do lar. In “Info Money” – Brasil

Sobre este tema das cápsulas de café o blogue “Baía da Lusofonia” já republicou um artigo que abrange os mercados do Brasil e Portugal. Pode aceder ao artigo aqui.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Panamá - Novo Canal abre a 26 de Junho

Consórcio liderado pela construtora espanhola Sacar, responsável pela empreitada desde o seu início, em 2010, prevê entregar a obra às autoridades do Panamá já na próxima terça-feira. Inauguração está prevista para 26 de Junho de 2016.

O consórcio liderado pela construtora espanhola Sacyr prevê concluir na terça-feira, 31 de Maio, as obras de alargamento do Canal do Panamá, uma empreitada no valor de 3,2 mil milhões de euros, noticia o "Expansión".

O governo do Panamá pretende inaugurar no dia 26 de Junho esta nova estrutura de ligação entre o Atântico e o Pacífico, seis anos depois do início das obras. O antigo canal, construído no início do século XX, já atingiu a sua capacidade máxima. E a nova estrutura vai permitir a passagem de embarcações de maior dimensão.

De acordo com a mesma fonte, participaram nas obras 10 mil trabalhadores de 40 nacionalidades diferentes. Foram utilizados 4,5 milhões de metros cúbicos de betão, uma quantidade equivalente à que seria necessária para construir duas pirâmides semelhantes à de Keops, destaca o "Expansión". Foram ainda utilizadas 220 mil toneladas de aço, o equivalente ao material necessário para erguer 22 torres Eiffel.

O consórcio é liderado pela Sacyr, com 41,6%, contando também com as participações da italiana Impregilo, da belga Jan de Nul e da Cusa, uma construtora panamiana.

O Canal do Panamá é uma via fundamental no comércio marítimo internacional. É também a principal fonte de riqueza do pequeno país da América Central, gerando cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e dando emprego a mais de 13 mil pessoas. Em 2015, cerca de 12800 embarcações utilizaram o canal, gerando uma facturação na ordem dos 1,9 mil milhões de euros. In “Económico” - Portugal

Guiné-Bissau - Nações Unidas apoia redução da mortalidade materna infantil

Bissau - O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), financiou a formação de enfermeiros nacionais sobre técnicas de anestesia e reanimação para a diminuição da mortalidade materno infantil na Guiné-Bissau.

Segundo à “Rádio ONU”, a iniciativa decorre desde o início do mês de Abril do ano em curso e envolve 34 profissionais da saúde do maior hospital do país, Simão Mendes e deve durar um ano.

A meta é ajudar a cobrir a “grave falta de especialistas” em anestesiologia para garantir realizações de intervenções cirúrgicas em deferentes estruturas sanitárias e no atendimento de grávidas com complicações.

O grupo proveniente de todas as regiões do país e devem sair capacitados para administrar anestesias, facilitando a realização de cesarianas em estruturas de saúde pública do país.

Citado pela à Rádio ONU, a coordenadora Maria Fernandes Teixeira disse que a formação faz parte do projecto H4+ que combate a mortalidade materno infantil. A acção pretende ajudar a salvar vidas, particularmente, das mães, bebes e outros doentes.

Disse que a formação decorre numa altura em que o bloco operatório da maternidade do Hospital Simão Mendes se encontra encerrado por falta de técnicos.

"Permitir que cirurgias como a cesariana e outras que são essenciais para salvar vidas de mães, bebes e outros doentes se possam fazer nas várias estruturas sanitárias do país, evitando evacuações que são muitas vezes motivos de desfechos menos felizes", lamentou.

O Projecto H4+ recrutou um especialista cubano em anestesiologia, o único que trabalha no país.

Ramón Soto Soto que falou sobre a importância da formação,disse que, para reduzir a mortalidade materno infantil é preciso evitar a evacuação de casos que podiam ser tratados no local.

Acrescenta que, e segundo lugar, porque um caso de sangramento em Gabu se for evacuado para Bissau pode chegar sem sangue e em mau estado geral em Bissau

As autoridades da Guiné-Bissau e o UNFPA reiteram a aposta na promoção de serviços de saúde reprodutiva de qualidade para baixar a mortalidade materno infantil no país. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

domingo, 22 de maio de 2016

Se esta rua fosse minha











Vamos aprender português, cantando


Se esta rua, Se esta rua
Se esta rua fosse minha
Eu mandava-a, Eu mandava-a
Eu mandava-a ladrilhar

Com pedrinha de Rubi
Só Para o meu amor passar

Lá porque és feia tem calma
Nao te faltam seduções
Mais vale ser linda de alma
Do que linda de feições

Ai o amor, o amor
O amor é como a lua
Ora cresce
Ora mingua

Que bom ser pequenino
Ter pai ter mãe ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós

Ai é tao bom ser pequenino


Oquestrada - Portugal

sábado, 21 de maio de 2016

Portugal – III Fórum da Cidadania















Depois da sua segunda edição em 2015, o Fórum da Cidadania está de volta no dia 28 de Maio de 2016 nas instalações do ISCTE-IUL (Edifício Sedas Nunes).

Esta iniciativa, promovida pelo Pelouro dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (CML), em colaboração com o CES – Centro de Estudos Sociais/ Observatório Sobre Crises e Alternativas – visa recolher contributos dos/as lisboetas para a atuação do município no domínio dos Direitos Sociais e pretende ser uma oportunidade para a participação cidadã no governo da cidade.

Nesta edição, o Fórum estará organizado em torno dos temas: Desigualdades, Direitos, Cidadania e Política.

A participação é aberta a cidadãos/ãs e a organizações, podendo ser apresentadas comunicações e contributos para a Declaração “Lisboa, Cidade com Direitos”, que pretende estabelecer princípios e definir linhas de política e de intervenção cidadã, e cuja discussão e aprovação marcará o encerramento do Fórum. Está também previsto um Fórum das Crianças e uma Mostra de Organizações.

Informações detalhadas em anexo. Centro de Estudos Sociais - Portugal


Inscrições - até 20 de maio (com garantia de disponibilidade de almoço) ou após 20 de maio (sem garantia de disponibilidade de almoço).

Proposta de comunicações – até 23 de maio, às 16h

Contributos para a Declaração “Lisboa, Cidade com Direitos” – até 23 de maio, às 16h.

CES Lisboa
Picoas Plaza
R. Viriato 13E, Lj 117/118
1050-227 Lisboa
T. +351 216012848
ceslx@ces.uc.pt

Brasil - Festival de Música e da Mostra de Poesia da Reforma Agrária

Estão abertas as inscrições do Festival de Música e da Mostra de Poesia da Reforma Agrária. Serão selecionados 60 poemas para integrar um livro, os quais serão recitados durante o Festival Nacional. Já o Festival de Música selecionará 40 canções inéditas, que serão apresentadas no evento.



“Pátria Amada do Brasil,
De quem és mãe gentil?
Eu insisto em perguntar:
Dos famintos das favelas,
Ou dos que desviam verbas
Pra champagne e caviar?”
(Procissão de Retirantes, de Pedro Munhoz)

Assim questionava a canção “Procissão dos Retirantes”, vencedora do 1º Festival da Reforma Agrária, realizado pelo MST em 1999, em Palmeira das Missões (RS). Dezessete anos depois, o movimento decide lançar o Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária, de 20 a 24 de julho de 2016, em Belo Horizonte.

Dentre as atrações, estão o segundo Festival de Música “Da luta brotam vozes de liberdade” e a primeira Mostra de Poesias, com o tema “Versando a Luta”. Ambos com inscrições abertas para integrantes do movimento, amigos e artistas profissionais, até o dia 17 de junho.

A decisão de ampliar o festival decorre das discussões do Coletivo Nacional de Cultura junto ao MST, compreendendo que o cultivo da vida, da resistência e da luta pela terra fez brotar manifestações artísticas das mais variadas linguagens.

Dentre elas, a poesia se destaca. Segundo Luana Silva, militante do Coletivo Nacional de Cultura, “não há um rincão deste país, um assentamento ou acampamento, em que não se produzam poemas, em que a palavra não seja utilizada em versos como barricadas”.

Ela ressalta que os poemas são, junto com as músicas, parte das místicas e do dia a dia da organização. “Na rotina de reuniões diárias dentro do movimento, as poesias são tão comuns como o café na mesa dos mineiros. Elas abrem e fecham discussões, animam nossa ação, denunciam e criticam momentos, processos, recontam a história... Por isso, essa prática precisa ser valorizada”, explica Luana.

Da Mostra, serão selecionados 60 poemas para integrar um livro, os quais serão recitados durante o Festival Nacional. Já o Festival de Música selecionará 40 canções inéditas, que serão apresentadas no Festival. Desta, 20 farão parte de um CD e um DVD, que será gravado durante as apresentações na capital de Minas Gerais.

Segundo o regulamento, para se inscrever é preciso apenas que as poesias e canções tenham relação com a realidade do movimento e temas da atualidade, como a reforma agrária, a democracia, a produção, a violência no campo e a busca por justiça. E como já disse o poeta:

“Há momentos na história
Em que todas as vitórias
Parecem fugir da gente
Mas vence quem não desanima
E busca em sua auto-estima
A força pra ser persistente

Regando o deserto da consciência
Um novo ser nasceu,
É hora de ir em frente companheira e companheiro
Vocês são os guerrilheiros
Que a história nos deu.”

Confira o Especial do Festival clicando aqui

Festival Nacional

O Festival Nacional será um grande convite à sociedade para conhecer de perto o movimento. O evento surge da necessidade de popularizar a pauta da Reforma Agrária, para que as cidades entendam a importância da democratização das terras na produção de alimentos saudáveis, além de contrapor a difamação que a mídia pratica sobre o MST e o ódio que se alastra como epidemia na atual conjuntura.

Serão atrações variadas, como a instalação de um acampamento de lona preta para visitação no centro de Belo Horizonte, a mostra de vídeos e artes plásticas, debates, shows e personalidades convidadas nacionais e internacionais.

A Feira da Reforma Agrária trará mais de 200 toneladas de produtos das áreas do movimento, tanto “in natura”, quanto agroindustrializados. A Feira Gastronômica terá os pratos típicos de todas as regiões brasileiras, como pato no tucupi, bode assado, arroz com pequi, churrasco, o tradicional tropeiro mineiro, entre outros.

Assim, os participantes terão oportunidade de vivenciar a cultura da luta pela terra e toda riqueza cultivada no campo brasileiro. “Não queremos que seja um festival do MST, queremos que seja um festival dos povos deste país”, afirmou Ênio Bohnenberger, da Coordenação Nacional. Geanini Hackbardt – Brasil in Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”

Brasil - Negro, pobre e sem-terra formam-se em medicina na Venezuela

Criada em 2007 pelo então presidente venezuelano Hugo Chávez, a Escola Latino-americana de Medicina (Elam) possibilita que pessoas pobres de países periféricos se tornem médicos























Aos 21 anos, Jéssica Rodrigues Trindade não pensava que um dia poderia cursar uma faculdade de Medicina. O Brasil mantém um perfil elitizado na formação médica, com apenas 2,6% de negros entre os formados na área, em um território onde a maioria da população se declara como negra ou parda (53%), segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). Mas não foi em uma escola brasileira que a assentada da reforma agrária e filha de camponeses pobres do estado do Pará quebrou esse paradigma.

Jéssica faz parte de um grupo de cerca de 250 jovens de 32 países de diversas partes do mundo que estudam na Escola Latino-americana de Medicina (Elam), na Venezuela. “Eu que sou negra, pobre, filha de pobre, vejo agora toda minha família vibrando pelo fato de eu estar aqui. As gerações da minha família não tiveram acesso à educação e entrar em Medicina é ainda mais complicado”, conta Jéssica, assentada no Palmares II, na cidade de Parauapebas (PA).

Criada em 2007 pelo então presidente venezuelano, Hugo Chávez, em parceira com Cuba, a Elam busca formar médicos de diversos países que têm carência na área. “Esse é um objetivo primordial da escola: formar médicos – que não teriam a possibilidade de estudar em seus países – não só na ciência, mas também em consciência, porque são médicos que voltarão aos seus países para dar um retorno aos seus povos, cuidando das doenças e dos problemas que seus países enfrentam”, explica o cubano Arturo Pulga, médico e coordenador acadêmico da Elam na Venezuela.

É dessa maneira que o conceito metodológico e pedagógico pensado pela escola se diferencia do que é compreendido pela medicina convencional. “Se você vai atender o povo tem que ser uma medicina comunitária, por isso formamos médicos integrais comunitários, que vão à comunidade atender aos problemas dela. Um aspecto social fundamental é que essa medicina não é apenas para curar doenças, mas para preveni-las”, destaca Pulga.

Logo quando chegam à Elam, todos os estudantes participam de um curso introdutório de cerca de seis meses para nivelar o conhecimento sobre diversas áreas, como matemática, biologia, química e também sobre o pensamento latino-americano. Depois desse processo, eles ingressam na formação da carreira médica pelos dois anos seguintes, coordenado por um corpo docente de venezuelanos e cubanos.

Nesse período, os estudantes já começam a trabalhar nos Centros de Diagnósticos Integrais (CDIs) das comunidades, o equivalente às unidades básicas de saúde no Brasil, onde entram em contato com os moradores nos bairros carentes e praticam o conteúdo teórico que aprendem na sala de aula.

“Esse é um elemento importante dessa medicina, pois desde o primeiro ano os estudantes se vinculam com os pacientes nas comunidades. É uma diferença fundamental do modelo tradicional. Desde o primeiro dia que eles entram aqui, já têm vinculação com a prática, nos lugares onde estão as comunidades, os mais pobres, os mais necessitados”, relata Pulga.


Experiência

Uma das coisas que mais chamaram a atenção de Jéssica ao chegar na Venezuela foi o fato de a maior parte da população daquele país ter acesso à saúde básica por meio dos CDIs. “Em um simples bairro, você tem médicos para todas as áreas. A pessoa chega e já faz o atendimento”, conta.

Quanto às aulas práticas nos CDIs, a sem-terra destaca a importância desses momentos, pois eles permitem a troca de experiências. “Conversamos com os médicos cubanos sobre o trabalho deles. É muito boa essa troca, porque você vê uma medicina diferente, você vê que eles realmente estão preocupados com as pessoas”, avalia.

Esse, por sinal, é um dos fatores que mais instiga Jéssica a se dedicar à profissão. Segundo ela, são poucos os médicos no Brasil que se preocupam de fato com o paciente. “Às vezes o paciente não necessita de remédio, só precisa que se converse, sabe? Quando se tem a compreensão que o outro também passa necessidade, isso ajuda muito. Por isso essa medicina é diferente, é importante se preocupar com o outro e contribuir a partir do que você sabe. Isso é gratificante”, declarou.






















Formação

Após os dois primeiros anos de faculdade, os estudantes se descentralizam entre os estados venezuelanos e se incorporam aos centros hospitalares e ambulatórios, onde ficam do terceiro ao sexto ano do curso até se tornarem efetivamente médicos profissionais.

Segundo Pulga, está cientificamente provado que 80% das doenças podem ser diagnosticadas a partir da atenção primária de saúde, de um questionário adequado que se leve em conta as pessoas e o meio social delas, considerando o local onde estudam, trabalham, etc.

“Por isso [esta formação] tem paradigmas diferentes da medicina tradicional. É uma medicina muito contemporânea em relação ao atual momento e as dificuldades dos nossos países, sobretudo, os latino-americanos, que tem dificuldades econômicas e uma população muito grande que necessita da atenção médica”, defende o coordenador.

Perspectivas

Quando os estudantes são questionados sobre o que pretendem fazer depois de passar por esse processo formativo, as respostas são praticamente as mesmas: o retorno para a terra de origem para cuidar “do povo”.

Vinda de Tabocas, uma cidade de 11 mil habitantes no oeste da Bahia, Soraya de Souza Santana, 21 anos, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) pretende rearticular um conhecimento popular que foi se perdendo com o tempo na sua região.

“No tempo em que eu nasci, as mulheres que ajudavam uma as outras, faziam os partos, visitavam, buscavam alimentos para as crianças, davam multi-mistura para ajudá-las na nutrição. Eu tenho a perspectiva de resgatar algumas dessas coisas que foram se perdendo com o tempo”, aponta.

Apesar de recém-chegada à Venezuela, Jéssica não vê a hora de poder voltar e ajudar a população com o que aprenderá nos próximos seis anos. “Quero contribuir com quem fez que eu estivesse aqui: a luta do povo. Algumas pessoas que não compreendem isso, falam que eu estou aqui por mérito. Não, o mérito não é meu, o mérito é do meu povo. Foi ele que lutou para eu estar aqui. Tem toda uma América Latina em luta, isso aqui não é uma escola qualquer”, destacou. Luiz Albuquerque – Brasil in “Saúde Popular”