Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 2 de abril de 2017

Moçambique – Brasileira Vale vende activos à japonesa Mitsui

Vale deverá encaixar 733 milhões de dólares no pagamento inicial da venda de participações em activos à Mitsui

O grupo brasileiro Vale concluiu a venda de participações em activos em Moçambique ao grupo japonês Mitsui, devendo receber um pagamento inicial de 733 milhões de dólares, anunciou o grupo mineiro em comunicado divulgado esta semana na sua página de internet.

O comunicado acrescenta que o grupo Vale receberá um adicional de 37 milhões de dólares, quando o financiamento para o projecto carbonífero de Moatize, na província de Tete, ficar concluído, dispondo o grupo japonês da opção de devolver a participação caso tal não aconteça até Dezembro próximo.

Após cerca de três anos de negociações, o grupo Mitsui concordou em comprar 15% da participação de 95% detida pelo grupo brasileiro na mina de carvão de Moatize (os 5% restantes são propriedade do Estado moçambicano) e metade da participação de 50% do grupo Vale no Corredor Logístico de Nacala, que compreende uma linha de caminho-de-ferro entre Moatize e Nacala e instalações portuárias.

Em comunicado divulgado em Setembro de 2016, o grupo Vale havia anunciado esperar vir a receber 768 milhões de dólares com a venda, à japonesa Mitsui, de participações na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique, ao abrigo do novos termos do acordo originalmente assinado em 2014. Entretanto, o grupo Vale nomeou um novo presidente executivo, Fabio Schvartsman, que sucede na condução dos negócios a Murilo Ferreira.

A 15 de Março corrente, A Vale disse ter concluído a transacção de equity antes da assinatura do project finance, sendo um grande marco para o Corredor Logístico de Nacala, já que demonstra confiança no avanço do project finance, cuja conclusão é esperada para acontecer ao longo de 2017. Se a assinatura do project finance não for concluída até o final de Dezembro de 2017, a Mitsui tem a opção de transferir, de volta para a Vale, a sua participação na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala.

Mais-valias à vista

Sem dúvidas que estarão longe dos impostos de Mais-Valias conseguidos na operação de venda de acções da ENI à Exxon Mobil, mas tratar-se-ião de somas significativas para a tesouraria do Estado, tendo em conta que a escassez de recursos que se regista com o facto dos parceiros de apoio ao orçamento terem cancelado as doações a Moçambique. Em 2016, a empresa Vale extraiu da sua mina de Moatize, na província de Tete, cerca de 5.5 milhões de toneladas métricas de carvão mineral, depois de no ano anterior, 2015, ter produzido cinco milhões de toneladas métricas, o equivalente a cinco biliões de quilogramas. A empresa mineira explica que o aumento de produção resulta de uma melhoria do projecto Moatize I e arranque de um novo, denominado Moatize II. Nos últimos três meses de 2016, a produção de carvão da mineira atingiu 1.6 milhões de toneladas, ficando 9.7% abaixo do recorde atingido no terceiro trimestre do mesmo ano. In “O País” - Moçambique

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