Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Brasil – Moçambicanos Mia Couto e Graça Machel em debate sobre contemporaneidade

O escritor moçambicano, Mia Couto, vai abrir o ciclo de conferências da 11ª edição do projecto Fronteiras Braskem do Pensamento, no dia 3 de Julho próximo, em Salvador, no Estado da Bahia, Brasil, a decorrer sob o tema “Civilização – A sociedade e seus valores”.


Para além de Mia Couto, o projecto que propõe uma análise profunda da contemporaneidade, leva, este ano, a Salvador, para integrar o ciclo de conferências, mais dois intelectuais de renome internacional, nomeadamente a activista moçambicana dos direitos humanos, Graça Machel, e a crítica cultural norte-americana, Camille Paglia.

Patrocinada pela Braskem, braço petroquímico do Grupo Odebrecht, e pelo governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, a 11ª edição do projecto Fronteiras Braskem do Pensamento acontece em tempo de instabilidade social generalizada, no Brasil, agravamento da intolerância, polaridade de discursos de ódio, falta de certezas diante do futuro e a crise identitária.

Após Mia Couto, considerado um dos principais escritores do continente africano e um dos mais traduzidos no mundo, abrir o ciclo de conferências, no próximo dia 3 de Julho, será a vez da ensaísta e crítica cultural Camille Paglia apresentar-se no evento a 15 de Agosto. Ela é uma das pós-feministas da actualidade.

Já a activista e defensora internacional dos direitos das mulheres e crianças, a moçambicana Graça Machel, vai encerrar o ciclo no dia 5 de Setembro. A luta pelo empoderamento feminino em Moçambique constitui o mérito da Graça Machel, que foi esposa do primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel, e do presidente sul-africano Nelson Mandela. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Mais informações aqui

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Angola - Tecnologia Cingenta vai ajudar no aumento da produção de milho

Luanda - Os primeiros ensaios feitos para a produção de sementes de milho através de tecnologia Cingenta, em Angola, resultaram num rendimento médio de três toneladas por hectares, isto é, em polinização aberta e locais, e sete mil e 500 quilogramas de sementes híbridas de milho.


Estes resultados foram apresentados na passada terça-feira em Luanda pelo projecto de tecnologia Cyngenta, vocacionado na produção de sementes para aumento do rendimento dos pequenos agricultores, através da utilização de milho.

O projecto instalado nas províncias do Huambo, Bié, Benguela e Cuanza Sul, abrangendo mais de 100 famílias, está avaliado em 500 mil dólares norte-americanos.

Durante os ensaios, aplicou-se um espaçamento entre linhas de 75 centimetros, e entre plantas 25 centímetros, resultando em 50 mil plantas/hectar.

O gestor do centro de tecnologia Cyngenta, António Quaresma, informou que foram feitas com cinco variedades de sementes, as híbridas e as de polinização aberta no caso do Sami 3 e branco redondo e em variedades de polinização aberta e locais.

Juntaram-se ao projecto mil e 500 famílias que beneficiaram de conhecimentos no caso do Compasso entre linhas e plantas, Métodos e tipos de adubação, Respeito ao meio ambiente, entre outras informações úteis para o progresso da agricultura.

Sem adiantar preços, disse que a empresa Cyngenta, em parceria com a Angropri, já começou a comercializar as sementes.

O projecto tem como parceiros sociais a Instituto de Desenvolvimento Agrícola (IDA), repartições municipais da agricultura, grupos de mulheres das comunidades, entre outros.

António Quaresma revelou que nos próximos tempos serão apresentados os resultados das hortícolas.

Para o secretário do Estado da Agricultura, José Amaro Tati, disse que os ensaios realizaram-se na mesma zona agrícola das mais de 30 zonas agrícolas existentes no país e pretende que haja a descentralização das zonas agrícolas

Apelou a existência de uma cooperação deste projecto com o Instituto de Investigação Agronómica que existe no Uíge, Cabinda, no Cuanza Norte, Malanje, Namibe, Huambo e em outros pontos do país, o que será bom para a investigação nacional, assim como para o país.

“É preciso melhorar uma série de males que acompanham o agricultor para garantir maior produção nacional que sirva para alimentar o país e futuramente o mundo, referiu.

Pretende criar, igualmente, uma parceria entre o Ministério da Agricultura, o Instituto de Investigação Agronómica, o Instituto de Desenvolvimento Agrário e o Cyngenta, para garantir que esta empresa consiga angariar fundos, mas permitindo que cada uma das instituições faça o seu trabalho. In “Angop” - Angola

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Portugal – Lisboa 4º Fórum da Cidadania



Na Declaração “Lisboa, Cidade com Direitos” aprovada em Maio de 2016 no 3º Fórum da Cidadania, propôs-se à cidade o lançamento de um processo deliberativo que conduzisse à aprovação de uma “Carta de Lisboa dos Direitos e Responsabilidades” no 4º Fórum da Cidadania que irá realizar-se dia 8 de julho de 2017 na Reitoria da Universidade de Lisboa.

Dando cumprimento à tarefa que lhe foi atribuída no 3º Fórum, a Comissão Organizadora do Fórum da Cidadania tem estado empenhada na organização de Fóruns Territoriais, em cooperação com as Juntas de Freguesia, a Rede Social e as Comissões Sociais de Freguesia, as associações cívicas da cidade, outras organizações e cidadãos e cidadãs.

A Carta - e sobretudo o processo da sua construção coletiva - tem como meta a mobilização de vontades de todas as pessoas que aspiram a uma democracia central, autárquica e cidadã mais vigorosa participada e deliberativa, capaz de transformar Lisboa e fazer dela uma Cidade com Direitos. CML

Inscrições no 4.º Fórum da Cidadania (até 30 de junho): aqui

Para saber mais: aqui


UCCLA - Acolhe X Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora

O X Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora terá lugar nos dias 29 e 30 de junho, na sede da UCCLA, e é organizado pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD). O Secretário-Geral da UCCLA, Vítor Ramalho, estará na sessão de abertura, pelas 14 horas.

O encontro tem como objetivo dar a conhecer a cultura moçambicana no estrangeiro e a presença de autores moçambicanos na diáspora, assim como fortalecer as relações entre autores e especialistas literários moçambicanos e portugueses. A iniciativa serve, igualmente, para estudar formas de intercâmbio e de cooperação entre os escritores, poetas e intelectuais moçambicanos na diáspora e os residentes em Moçambique.

Além de lançamentos de livros e leituras de poesia, o programa do encontro contará com a realização de debates e conferências sobre vários temas, destacando-se “Literatura Moçambicana”, “Literaturas Lusófonas”, “Relações Interculturais Lusófonas”, “Literatura, Criação, Intercâmbio e Lusofonia” e “Universalismo e Encontros com o Mundo”.

Serão homenageados Waldemar Bastos, Lívio de Morais, Gisela Ramos Rosa, e Manuel Araújo. Haverá, também, um momento de homenagem póstuma ao escritor moçambicano Ascêncio de Freitas.

O encontro conta com o apoio da UCCLA, Embaixada de Moçambique, Observatório da Língua Portuguesa e Fundação Millennium BCP e terá a cobertura da RDP ÁFRICA, RTP ÁFRICA e a KURIAKOS TV. UCCLA

A entrada é livre.

Morada:
Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros e Elétrico (Rua da Junqueira): 15E, 18E, 714, 727, 728, 729 e 751
Comboio: Estação de Belém
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

PROGRAMA

29 de Junho 2017 – Quinta-feira


14h00
Recepção dos convidados

14h15
Sessão de abertura do X EEMD

Dr. Vítor Ramalho (Secretário-Geral da UCCLA)
Delmar Maia Gonçalves (Curador dos EEMD)
Dr. Ananias Sigaúque (Ministro Conselheiro na Embaixada da República de Moçambique em Portugal)
Enoque João (Presidente da Casa de Moçambique)
João Micael (Presidente da Matriz Portuguesa)

15h30
Homenagens

Waldemar Bastos
Gisela Ramos Rosa
Manuel Araújo
Lívio de Morais

15h40
Inauguração da Mostra de Pintura “3 poetas portuguesas/3 poetas moçambicanas”
de Isabel Nunes

15h45
Dança Oriental

Susana Amira


16h00
Literaturas Lusófonas

Ana Martinho - “Literaturas Africanas na Actualidade: um balanço teórico e crítico”
Annabela Rita - “Do verbo lusófono: entre terra e mar”
Ana Mateja Rozman - “Antologias Luso-Eslovenas inacabadas”
Delmar Maia Gonçalves - “Almadias em Alto Mar”

17h00
Conexões Poéticas: “Eco dos Palmares”

Gisela Ramos Rosa
Dulcineia
Lourdes Peliz
Elsa de Noronha
Tereza Xavier Coito
Clayton Silva
Filipa Vera Jardim
Mónica Castelo
Joana Rita

17h45
Relações Interculturais Lusófonas

Rodrigues Vaz - “O Jornalismo português na Guerra Colonial”
José Teixeira - “Relações culturais bilaterais (realizadas ou induzidas) por organismos paraestatais – uma visão analítica”
Renato Epifânio - “O Balanço da CPLP” e apresentação da Revista Nova Águia nº19

18h30
Apresentação de Revistas

Milandos da Diáspora 2017
Licungo n.º 6

19h00
Encerramento





30 de Junho de 2017 - Sexta-feira




14h00
Recepção dos convidados


14h15
Literatura, Criação, Intercâmbio e Lusofonia - Diálogos Cruzados

Manuela Gonzaga
Domingos Lobo
Ana Cristina Silva
Rui Maurício
Mário Máximo
Lopito Feijóo
Moderação: Delmar Maia Gonçalves

15h15
Momento Musical

Fercy Nery


15h30
Universalismo e Encontros com o Mundo

João Couvaneiro - “A Galáxia das Mangueiras”
Joana Catarina Forte - “Os Moçambicanos em Portugal - Cultura e Imigração”
Najwa Omar - “Lágrimas da Primavera”


16h15
Momento de Poesia
Cármen Filomena
Ana Matias
Antonieta Rosa Gomes
Olinda Beja
Zélia Torres
Duo Boci
Maria João Oliveira
Liliana Lima


16h45
Homenagens


16h50
Literatura Moçambicana

Vera Novo Fornelos - “Fragmentação da identidade em Mário de Sá Carneiro e Delmar Maia Gonçalves”
Jorge Viegas - “Reinaldo Ferreira”
Fernanda Angius - “Os escritores moçambicanos na diáspora”

17h45
Apresentação do livro
Cosmografias do Verbo Literário de Delmar Maia Gonçalves


18h00
 Apresentação da Antologia
Zalala 2017


18h45
Momento Musical

Isaley


19h00
Encerramento

Moçambique – O papel preponderante desempenhado pela literatura

Teve início, recentemente, o primeiro programa “Pesquisando”, um evento para promover a ciência. O mesmo consiste em discussão sobre investigação que esteja em andamento, seja ela realizada por estudantes ou estudiosos d´A Politécnica ou de outras universidades.

Foi nesse âmbito que Ubiratã de Souza, doutorando em Literaturas Africanas no programa de pós graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na Universidade de São Paulo abordou o tema: “Subsídios para uma história de géneros literários em Moçambique após a independência: o caso da poesia revolucionária e do romance (1977 - 1987)”.

Para o orador, a literatura moçambicana, particularmente a produzida entre 1977 e 1987, esteve directamente ligada às dinâmicas políticas e sociais do país vivenciadas neste mesmo período. Este facto gera, nos dias que correm, admiração em muitos países do mundo.

Na sua apresentação defendeu que, por ter andado atrelada à vida social e política do país, entre os anos de 1977 e 1987, a literatura moçambicana, sobretudo a poesia, provou ao mundo que a literatura é, afinal, uma actividade que pode exercer uma enorme influência nas pessoas.

“Dentro da pesquisa e da crítica literária temos sempre que nos perguntar sobre a razão da existência da literatura. No entanto, Moçambique exibiu, de forma clara, o papel preponderante que pode ser desempenhado pela literatura num determinado contexto histórico”, explicou.

No que compete à sua pesquisa, Ubiratã esclareceu que a mesma tem por objectivo “a construção de uma historiografia literária sobre Moçambique em todos os seus períodos, livre de preconceitos e de quaisquer questões que não advêm da leitura específica de textos, mas da busca da compreensão histórica da literatura moçambicana”.

Para a obtenção dos resultados da pesquisa, o académico avançou que, para além da leitura, “a interlocução com as pessoas que viveram esses períodos foi muito valiosa e rica”.

Importa referir que Ubiratã Souza encontra-se em Moçambique há sensivelmente quatro meses para colher material ligado à literatura moçambicana para efeitos académicos. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Portugal - Cientistas portugueses detetam fungo que elimina plástico do mar

Cientistas portugueses detetaram que um fungo que vive nos oceanos destrói plástico, uma descoberta que pode ser promissora para o combate da poluição do mar

O fungo tem o nome científico de "Zalerion maritimum", habita nas costas portuguesa (não se sabe exatamente onde) e espanhola e ao largo da Austrália e da Malásia, sendo também responsável pela degradação da madeira.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro simulou, em laboratório, o mar poluído com plástico, o mesmo que é usado nos sacos de compras, e verificou que, nesse ambiente, a população de fungos aumentava à medida que a quantidade de plástico diminuía.

Em sete dias, o plástico degradou-se na ordem dos 70%, precisou à Lusa a coordenadora da investigação, Teresa Rocha Santos, do Departamento de Química e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro.

O fungo, de aparência esponjosa e cor esbranquiçada, "é muito pequenino, e só vai procurar os plásticos como fonte de alimento se não tiver outras".

"Tendo no seu 'habitat' natural outras fontes de alimento, [o fungo] não vai procurar os plásticos. Mas também não há nada que nos diga que ele não esteja a degradá-los, só que não é em grande quantidade", assinalou a investigadora.

Para Teresa Rocha Santos, os resultados do trabalho de laboratório, publicados na revista da especialidade "Science of The Total Environment", podem ser promissores para destruir o plástico em pequenas estações de tratamento instaladas junto à costa e a estuários, onde o fungo "Zalerion maritimum" seria cultivado a uma escala maior, mas de forma controlada, para consumir o plástico que é recolhido e deitado dentro dessas estações.

A cientista disse que o método usado atualmente passa apenas por retirar o plástico das águas com redes e colocá-lo em aterros.

Depois de ter testado durante 28 dias o comportamento do fungo perante o plástico numa incubadora, com água do mar a 22ºC (temperatura ótima de crescimento do "Zalerion maritimum"), com agitação e enriquecida com alguns, mas poucos, nutrientes à base de açúcares e hidratos de carbono, a equipa partiu para uma experiência-piloto onde está a simular uma estação de tratamento de plásticos com o fungo.

"Estamos a simular, em testes em aquário, o ambiente de uma estação de tratamento. Só temos água do mar [sem nutrientes adicionais], fungo e os plásticos", apontou Teresa Rocha Santos, adiantando que são esperados resultados desta experiência em setembro.

Outros estudos terão de ser aprofundados, como o da eventual toxicidade das águas decorrente da decomposição do plástico. Na experiência inicial, a equipa científica não detetou vestígios de compostos tóxicos na água.

O trabalho coordenado pela Universidade de Aveiro tem a colaboração da Universidade do Porto e da Universidade Católica Portuguesa. In “Jornal de Notícias” - Portugal

terça-feira, 27 de junho de 2017

Brasil – Porto de Imbituba será rota de contêineres da Ásia

Na passada sexta-feira, 23 de Junho de 2017, foi um dia histórico para o Porto de Imbituba. O Porto do sul catarinense venceu a concorrência e passa a fazer parte do grupo de portos da América Latina que recebe navios de contêineres do mercado asiático. “Pesa para esta decisão o fato de Imbituba abrigar o porto público com maior profundidade das regiões Sul e Sudeste do Brasil e possuir condições climáticas favoráveis para a continuidade das operações.”, informou por meio de nota a assessoria de imprensa do Porto de Imbituba. A previsão é de que os primeiros embarques iniciem em agosto deste ano.

Situado em uma enseada de mar aberto, protegido de ventos e ressacas, o Porto de Imbituba é administrado pela SCPar Porto de Imbituba S.A, após delegação do governo federal para o governo de Santa Catarina. Atualmente movimenta granéis sólidos e líquidos, congelados, contêineres e carga geral, contando com três berços de atracação. O Canal de Acesso atinge a profundidade de 17 metros. A Bacia de Evolução possui calado de 15,50. A Área Entre-berços alcançam calado de 15,50 e Berços 1 e 2 chegam a calados de 14,50 e berço 03 11,50 metros.

O Porto de Imbituba está apto a atender, principalmente, o escoamento de cargas dos três estados da região Sul, com influência direta em todo o Mercosul. In “NotiSul” - Brasil

China - Air Macau fará ligação à rota Pequim-Lisboa

Os voos directos entre a China e Portugal também vão contar com o envolvimento da Air Macau, que está a ultimar um acordo com a Beijing Capital Airlines para assegurar ligações à nova rota a partir do território, onde será feito o “check-in” até ao destino final. A transportadora local espera obter “bons resultados” desta parceria que deverá ser oficializada antes do lançamento, a 26 de Julho, dos voos para Lisboa



Operada pela Beijing Capital Airlines, a ligação aérea directa entre a China e Portugal arranca a 26 de Julho deste ano, com três voos por semana - quarta-feira, sexta-feira e domingo - entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim. Até essa altura, porém, deverá haver uma nova alternativa para quem vive em Macau, que poderá rumar do território até à capital chinesa a tempo de embarcar no voo para Lisboa.

O acordo entre a Air Macau e a Beijing Capital Airlines ainda está em fase de negociações, mas deverá ser selado em breve. “Faltam as assinaturas da administração e depois arrancamos. Eles [Beijing Capital Airlines] lançam [os voos para Lisboa] em Julho, por isso ainda temos tempo”, disse Winston Ma, director-geral da Air Macau para o mercado do Sul da China.

Manifestando-se muito optimista quanto à possibilidade desta nova oferta comercial estar disponível até ao Verão, Winston Ma sublinhou que a Beijing Capital Airlines é vista “como uma parceira, não como concorrente”, pelo que trabalhando em conjunto, serão alcançados “bons resultados”. “É uma situação em que todos ganham”, destacou, frisando que “assim que o acordo for assinado os passageiros podem começar a comprar os bilhetes através das agências porque as rotas já estão criadas”.

Segundo o mesmo responsável, a Air Macau não terá de acrescentar novos voos para Pequim nem ajustar os horários.

Winston Ma falava à margem de um seminário para apresentação de novos produtos a agentes de viagens e jornalistas, durante o qual foram anunciadas opções para viajar da RAEM para 31 destinos da Europa e Estados Unidos, no quadro de um acordo para transporte “em trânsito” entre a Air Macau e a Air China, através dos aeroportos de Pequim, Xangai e, a partir de Julho, Chengdu.

“Os passageiros fazem o check-in em Macau e recebem o cartão de embarque até ao destino final, onde levantam as malas. Para os cidadãos de Macau é mais conveniente e eficiente partirem do território do que irem apanhar um barco para Hong Kong”, considerou.

A medida já está em prática através de Pequim e Xangai, mas não em Chengdu, onde ainda existem algumas “barreiras” em termos de facilidades de trânsito para os voos. “Este mês temos vindo a fazer alguns testes, e esperamos que em meados de Julho esteja a operar da melhor forma”, disse o responsável, considerando que Chengdu oferece algumas vantagens em relação aos outros aeroportos por ter menor fluxo de passageiros.

Paris, Londres, Frankfurt, Munique, Roma, Milão, Atenas, Madrid, Estocolmo, Barcelona, Viena, Nova Iorque, Washington, Vancouver, Montreal, São Paulo, Havai e até Havana são alguns dos destinos disponíveis neste novo modelo.

Numa fase inicial, os bilhetes só poderão ser comprados através de agências de viagens tanto para a futura parceria com a Beijing Capital Airlines, como para a actual com a Air China. No caso do acordo com a Air China, será possível comprar o bilhete “online” no último trimestre do ano.

No voo entre a China e Portugal, a Beijing Capital Airlines vai utilizar o modelo 330-200 da Airbus, uma das maiores aeronaves comerciais de passageiros da construtora europeia, com capacidade para 475 passageiros. Pedro Santos – Macau in “Jornal Tribuna de Macau” com “Lusa”

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Portugal – Nem tudo vai bem na Lisboa turística

Sendo o turismo uma actividade importante para o desenvolvimento de uma cidade, criando postos de trabalho, beneficiando das receitas de impostos que lhes permite recuperar e criar infraestruturas, assistimos aos grandes centros urbanos internacionais a preocuparem-se em preservarem os locais mais importantes e de maior interesse histórico.

Foi notícia há dias, a decisão da presidente da autarquia de Roma, a sra. Virginia Raggi, de aprovar uma lei que proíbe os turistas de se alimentarem junto, num primeiro passo, a fontes históricas, para alargar num futuro próximo a outros monumentos. Este comportamento inadequado dos turistas para a manutenção da higiene e limpeza dos principais monumentos romanos vai ser penalizado com uma coima de 40 a 240 euros.

Foi também notícia num destes dias que a célebre fonte romana “Fontana Di Trevi” deu uma receita líquida no ano passado de 1,3 milhões de euros, proveniente das moedas que os turistas lançam para dentro de fonte.

Em Lisboa, os turistas também deitam moedas para as duas fontes da Pç. D. Pedro IV, popularmente conhecido por Rossio, mas parece que nem um cêntimo chega à tesouraria da autarquia, pois da parte desta não há qualquer preocupação em garantir a segurança das moedas, dos mais diversos valores, venham a chegar aos cofres do município.

Enquanto em Roma proíbem os turistas de comerem junto às fontes, em Lisboa é precisamente o contrário. Sistematicamente, através da autarquia ou da sua junta de freguesia Santa Maria Maior, assistimos à colocação, de tascas, tasquinhas, tasquetas, no meio do largo do Rossio, para que as pessoas possam comer, em concorrência com as lojas envolventes que pagam os seus impostos, criando obstáculos a quem pretende fotografar a bela praça e por fim, quando o arraial é levantado, não há uma agulheta para lavar tudo aquilo que foi conspurcado.

Agulheta também não há para lavar a Rua Augusta, considerada uma das trintas principais artérias a nível mundial, em certas zonas o mau cheiro espalha-se pelas esplanadas onde os turistas petiscam ou refrescam-se. Parte da calçada já não é branca de tanta sujidade.

Há lojas na rua Augusta a venderem óculos, pagam os seus impostos, mas ninguém se preocupa com os vendedores ambulantes que vagueiam pela rua a incomodar os turistas, chegando a colocar óculos nos rostos das turistas, sem a aprovação destas.

Colegas destes vendedores, por vezes eles próprios vendem “louro” aos turistas, não havendo um jovem que não seja incomodado com esta venda agressiva. As autoridades dizem que não podem fazer nada, embora os vendedores digam que é “droga” tudo não passa de folhas de louro. Mas afinal não estamos perante uma burla? Se são folhas de louro, os vendedores passam factura da venda? É o que faz qualquer supermercado quando um cliente vai comprar folhas de louro, passa uma factura.

Bem precisava a rua Augusta de uma tolerância zero para quem suja a artéria e incomoda o turista que encontra em Lisboa uma segurança ausente na maior parte da bacia mediterrânica e depois alargar a mais artérias da baixa pombalina.

Porque estou a escrever hoje sobre esta parte histórica da cidade de Lisboa? Simplesmente que o principal responsável destas situações, o sr. Fernando Medina apresenta-se nesta segunda-feira, 26 de Junho de 2017, como candidato à presidência da autarquia lisboeta. Baía da Lusofonia  

domingo, 25 de junho de 2017

Romaria















Vamos aprender português, cantando


É de sonho e de pó
o destino de um só
feito eu perdido
em pensamentos
sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
de jibeira o jiló
dessa vida
cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

O meu pai foi peão
minha mãe solidão
meus irmãos
perderam-se na vida
à custa de aventuras

Descasei, joguei
investi, desisti
se há sorte
eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Me disseram, porém
que eu viesse aqui
prá pedir de
romaria e prece
paz nos desaventos

Como eu não sei rezar
só queria mostrar
meu olhar, meu olhar
meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida


Maria Rita - Brasil



Como a União Europeia fez da Grécia um gueto muçulmano

"Começarei pedindo desculpa aos Eslavos dos quais sou mestiça: embora seja ucraniana, sou também grega. (Logo na abertura do vídeo é mostrado o presidente Donald Trump dizendo que ama muito os Gregos, ao lado de autoridades gregas.) Também enquanto geralmente tenho em mente Eslavos que se sentam bebendo, usando trajes esportivos, divertindo-se com minhas tagarelices, este vídeo é dedicado aos meus compatriotas Gregos. Francamente, não sei se é por exaustão após a crise econômica, os bailouts ¹, a austeridade e todo o inferno que deixaram para trás lá, parece que todos os analistas no Ocidente falam constantemente da morte da França, da Alemanha e da Suécia pela globalização islâmica e esqueceram-se da Grécia. (Aqui é mostrado um gráfico sobre as taxas de desemprego na Grécia, sendo de 50% para os gregos bem jovens (entre 15 e 24 anos de idade), 33% (entre 25 e 34 anos), 24% (entre 35 e 44 anos), 21% (entre 45 e 54 anos) e 19% (entre 55 e 64 anos).)

Se me permitem, em cinco minutos lhes direi porque o meu coração se despedaça pela Grécia. Esta semana, os Gregos por toda a parte festejam o Dia de sua Independência e um dia eu também fui uma das que festejou. Neste ano, porém, recusei-me a fazê-lo. Porquê? Não porque não respeite a história do nosso país, mas porque estou convencida de que a verdade é que os Gregos não são mais independentes. A Grécia perdeu a sua independência. A irônica injustiça é evidente, pense nisso.

Então, os Gregos festejam o Dia de sua Independência. Com poucas palavras, os patriotas gregos combateram e venceram na Revolução contra as dinastias muçulmanas turcas. Antes de sua independência, os Otomanos exerciam domínio sobre os Gregos com seu punho islâmico de ferro, estabelecendo um regime de "apartheid" e escravizando populações inteiras de nossos antepassados durante 400 anos. Por cerca de 10 anos aconteceu a guerra da Independência com massacres completos de Gregos na Jônia, em Creta, em Constantinopla, na Macedônia, nas ilhas do Egeu e noutros locais onde sucederam. Comunidades inteiras, por toda a Grécia, foram exterminadas. Um banho de sangue foi derramado em nome da Independência dos Gregos pelos Turcos muçulmanos. Finalmente, quando os Turcos foram depostos do poder, os Gregos iniciaram uma nova era de desenvolvimento e de inabalável e corajoso nacionalismo, em grande parte graças aos esforços da Igreja Ortodoxa. Não quero sobrecarregá-los com muito mais história.

Mas gostaria de lhes dizer isso: os Gregos possuem muitas coisas pelas quais podem se orgulhar, uma longa história de milênios. A Grécia foi o berço da Civilização Ocidental, com feitos magníficos na administração, onde nasceu a Democracia afinal, as Ciências, a Matemática, a Filosofia, a Arquitetura e as Artes, a maioria das quais influencia as nossas vidas hoje; (cabe ainda mencionar) as suas montanhas e o Mediterrâneo e sua comida e sua base de nível moral que intensificaram o patriotismo helênico.

Mas, hoje, é uma história diferente. Certamente os Gregos continuam a amar a sua história e seu país, mas a verdade é que a Grécia não é mais deles. Eles a venderam e permitiram que ela fosse invadida. A independência grega é um fantasma oco do nosso passado que todo ano encaramos como outra realidade que nos assombra, realidade na qual os Gregos outrora independentes viraram escravos de novo. Sim, escravos de uma dívida por um Império que possui de novo distintivamente um matiz islamofílico.

Agora, (convido-os a) uma rápida olhadela no assunto econômico. Não tomarei muito tempo: a Eurozona entrou na previsível crise sistêmica, num esforço de unir 19 países com diferentes políticas fiscais, com diferentes indicadores de desemprego, com lacunas por toda a parte, parece também ter fracassado em possuir simbolismos comuns e ter algumas pontes neutras sobre seus papéis-moeda. Segue a incapacidade da Grécia de conformar-se a seguir as cláusulas mais loucas do plano de socorro financeiro que jamais se viram; a Grécia continuamente o violou do lado econômico. (Nesta altura, aparece um cartaz no canto superior direito do vídeo com os dizeres, recomendando sua leitura: "Grécia: um País à Venda", por Eleni Portaliou ² - Subtítulo: Alexis Tsipras e seu governo do partido Syriza têm supervisionado as privatizações numa escala nunca vista desde a reunificação alemã.)

Depois de anos de cláusulas anti-helênicas que o governo do Syriza subscreveu (e a Nova Democracia antes dele), os memorandos entregam os recursos nacionais da Grécia pelo século seguinte a mãos estrangeiras. Os estrangeiros controlarão a eletricidade, as comunicações, a água, os portos, inclusive o de Piréus, os meios de transportes, marinas e todos os aeroportos, bens turísticos e públicos, estradas, gás natural e petróleo e quaisquer outras fontes de recursos nacionais. Graças ao FMI, ao Banco Central Europeu, à União Europeia e aos traidores do governo grego, que se tornaram as prostitutas de luxo dos agiotas estrangeiros, a Grécia perdeu a soberania econômica e nacional.

O país não é independente: foi convertido num protetorado de potências estrangeiras, no qual os agricultores, os criadores de gado, os produtores locais afinal pagam o preço de cortes de aposentadorias e os impostos de consumo sobem até mesmo 25%.

Então, com toda a franqueza, com o verão se aproximando, não me incomoda tanto a escravidão da dívida quanto a imigração. A Grécia se transformou no gueto regional de imigrantes ilegais. Graças à chanceler Angela Merkel, à super-potência da União Europeia e aos infiéis membros vendidos do Parlamento grego, a Grécia acabou sendo um depósito de imigrantes clandestinos. (Nesta altura do vídeo é mostrada a imagem de Merkel sobrepondo-se a todo o continente europeu.) Por causa da localização em que se encontra a Grécia, é o ponto de entrada principalmente de homens mulçumanos, que aceitaram o convite de Merkel, para os abonos europeus oferecidos pelo Estado-Providência ³. (Nesta altura, o vídeo mostra o mapa do Mediterrâneo, pondo a Grécia com suas ilhas em relevo.)

Sabem? Há dois anos atrás, tive a intenção de visitar as ilhas de Samos ⁴ e Lesbos ⁵, na companhia de meu pai, e fomos comprar os bilhetes do navio no guichê. A pessoa lá nos disse: "Oh, não, tomara que vocês não vão lá... agora as pessoas lá fazem as suas necessidades na rua... toda a ilha foi destruída... pode ser que os ataquem... nem os nativos querem estar ali... não é um bom lugar para turistas..." Isso aconteceu há dois anos. Hoje, Lesbos, Kós, Samos, Leros, Kálymnos, Rodes, Syme, Chios, Agathonísi, todas essas ilhas foram completamente ocupadas. Elas são algumas das mais lindas ilhas, não só do país, mas também do mundo. Ilhas, que floresciam com o turismo, a base da economia grega, agora se tornaram míni Sírias e Afeganistão. Isso não é independência. Isso é um império muçulmano. Isso é uma conquista muçulmana por meio da migração clandestina, que o governo grego consentiu sob as ordens da Alemanha e da União Europeia. Sim, é uma história deprimente, se tu és Grego como eu. Então é duplamente deprimente.

Então, existe uma esperança no horizonte? É possível no assunto da migração. Esta semana, o ministro grego de migração (Yannis Mouzalas) advertiu a União Europeia de que a Grécia não pode lidar com mais imigrantes. Mas vocês podem estar pensando: daqui a pouco, afinal de contas, (tudo estará resolvido, pois) esses imigrantes simplesmente passam pela Grécia, dirigindo-se a países mais ricos ao Norte e Oeste da Europa. Não exatamente. Berlim agora está assinalando que quer regressar à controversa Convenção de Dublin, que, quando aplicada, manda os migrantes à responsabilidade do primeiro país de entrada. Se vocês sabem geografia, isso significa "o fim da Grécia". Os imigrantes que chegam à Alemanha ou à Suécia através da Grécia, se não receberem o asilo que eles procuram daqueles países, então, de acordo com a Convenção de Dublin, têm que ser restituídos à Grécia em vez de gozar naqueles países de sua procedência. Este é um sistema totalmente monstruoso que sucumbirá imediatamente na próxima tempestade de imigrantes.

Então, minha mensagem para os Gregos e para o governo grego: Como essa semana lembramos nossa perdida independência, digam NÃO à Convenção de Dublin. Digam à chanceler Merkel que os imigrantes que vêm à Europa, fiquem lá porque os convidou, de modo a mantê-los. Oxalá os Gregos tivessem saído da União Europeia quando tiveram a oportunidade. Oxalá pudéssemos reivindicar nossa soberania nacional, a posse de uma das mais belas porções da terra e do mar no planeta. É hora de pararmos de fingir. É hora de pararmos de viver no passado. É hora de seguirmos o exemplo dos nossos ancestrais, olharmos nossos conquistadores nos olhos e dizermos: NÃO! E então talvez venha o dia que possamos festejar, de verdade, o dia da nossa independência de novo. Faith Goldy – Ucrânia Tradução: Francisco José dos Santos Braga - Brasil (bragamusician.blogspot.com)

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NOTAS  EXPLICATIVAS, pelo tradutor Francisco José dos Santos Braga

¹ "Bailout" é uma palavra inglesa que, em economia e finanças, significa uma injeção de liquidez dada a uma empresa, banco ou governo falido ou próximo da falência a fim de que possa honrar seus compromissos de curto prazo.


³ Ou Estado social, ou Estado de bem estar social. Welfare State, em inglês.

⁴  Ilha grega no leste do mar Egeu. Segundo o geógrafo Pausânias, em visita à ilha no século II d.C., ouviu os nativos dizerem que ali tinha nascido a esposa de Zeus, Hera (Descrição da Grécia, 7.4.4), razão por que havia na ilha um santuário muito antigo dedicado à deusa. Também foi o local de nascimento de Pitágoras (︎ ilha de Samos, c. 570 a.C.- ilha de Crotona, no sul da Itália (Magna Grécia), c. 495 a.C.).

⁵  A ilha de Lesbos está localizada a nordeste do mar Egeu, na costa da península anatoliana (Turquia asiática), e a noroeste de Esmirna.




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