Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 3 de junho de 2017

Portugal - Palácio Nacional de Queluz reabre o jardim botânico





















O restaurado Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz, será inaugurado a 5 de junho, pelas 16h, com a presença da secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos.

A reabilitação deste espaço, a cargo da Parques de Sintra, faz parte do projeto global de recuperação dos Jardins e do Palácio Nacional de Queluz e tinha como premissa restituir o traçado da cartografia de 1865. A obra representou um investimento de 815 mil euros.

O Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz foi construído entre 1769 e 1780, sendo contemporâneo das grandes realizações setecentistas do período barroco-rococó nos Jardins de Queluz. “De pequena escala, quando comparado com outros jardins botânicos desta época, Queluz assume uma natureza de entretenimento e recreio”, informa uma nota divulgada pela Parques de Sintra, empresa pública que gere o património natural e cultural da Paisagem Cultural de Sintra e em Queluz.

O Jardim foi perdendo a sua função original e em 1940 acabou transformado num roseiral. Em 1984, na sequência das cheias do ano anterior, o jardim teve que ser desmontado e transformado numa área ampla para picadeiro da Escola Portuguesa de Arte Equestre. Em 2012 a Parques de Sintra iniciou o processo de investigação histórica e arqueológica que possibilitou o restauro do Jardim. “O projeto ganhou ânimo com a descoberta e identificação de diversas cantarias - das fundações das estufas, do lago central e de estatuária - que tinham sido desmontadas em 1984 e entretanto integradas, ou esquecidas, noutros pontos dos Jardins de Queluz”, revela na mesma nota.

Regressam os ananases produzidos em tempos para os banquetes...

A recuperação fez regressar as quatro estufas, incluindo a incorporação das cantarias originais das fundações, de acordo com a interpretação dos desenhos históricos. Foram restauradas as balaustradas que delimitam os diferentes espaços do Jardim, os alegretes e respetivos bancos e painéis de azulejos, as cantarias do lago central e a estatuária, “com vista à restituição do desenho oitocentista do Jardim”.

Sobre os caminhos em saibro granítico foram instaladas infraestruturas de abastecimento de água, drenagem, energia e comunicações. “Esta rede de caminhos delimita 24 canteiros, representando os espaços necessários às plantações representativas das 24 ordens de plantas de Carlos Lineu - botânico, zoólogo e médico sueco que classificou hierarquicamente as espécies de seres vivos. Nas bordaduras dos canteiros foram plantadas aproximadamente 10 mil plantas de murta”, informa ainda a Parques de SIntra.

O Index de Manuel de Moraes Soares datado de 1789, que reúne as espécies existentes na época no Jardim Botânico de Queluz, serviu de base para a constituição da coleção botânica. A partir desta listagem foram contactadas várias instituições a nível mundial que forneceram plantas e sementes. No interior das estufas, e de acordo com os registos históricos encontrados, foram plantados ananases, produzidos em tempos para os banquetes de Queluz. In “Mundo Português” - Portugal

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