Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Portugal – 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso



O artista Sebastião Resende venceu a 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (PASC), com a obra “A memória da luz não ilumina”, tendo sido escolha unânime do Júri, constituído por António Cardoso, em representação do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC), Laura Castro, Lúcia Matos, João Pinharanda e Sérgio Mah.

Sebastião Resende, que vai receber 12.500,00 euros, foi um dos quatro artistas convidados pela organização para concorrerem ao PASC, sendo os restantes Alexandre Conefrey, Gonçalo Pena e Patrícia Garrido.

O “Prémio Aquisição do Grupo dos Amigos da Biblioteca Museu”, no valor de 7.500,00 euros, foi atribuído a Maria José Oliveira, pela obra “O Corpo Costelas (O Corpo Contentor)”, que passará a integrar o espólio do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC).

O Júri da 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso havia já atribuído, extra-concurso, ao pintor Jorge Pinheiro, o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, uma distinção que pretende consagrar a carreira daquele artista.

Em consequência, a Câmara Municipal de Amarante, fará a aquisição de uma ou mais obras de Jorge Pinheiro, até ao montante máximo de 25.000,00 euros, sendo ainda o pintor convidado a realizar uma exposição de obras suas em espaço nobilitador do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, com catálogo apropriado.

A entrega dos prémios referentes à 11ª edição do PASC será feita em Sessão Solene que decorrerá a 18 de novembro.

A Exposição do PASC pode ser vista entre 18 de novembro de 2017 e 25 de março de 2018. À 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso concorreram 356 artistas com 623 obras, tendo sido selecionados 24 artistas e 30 obras.

O Júri da 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso atribuiu, extra-concurso, ao pintor Jorge Pinheiro, o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, uma distinção que pretende consagrar a carreira daquele artista.

Em consequência, a Câmara Municipal de Amarante, fará a aquisição de uma ou mais obras de Jorge Pinheiro, até ao montante máximo de 25.000,00 euros, sendo ainda o pintor convidado a realizar uma exposição de obras suas em espaço nobilitador do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, com catálogo apropriado.

Com um percurso artístico iniciado nos anos 60, Jorge Pinheiro é autor de uma obra que contribuiu para esbater as fronteiras entre disciplinas artísticas, renovar os respetivos modelos de apresentação e desbravar os múltiplos caminhos que por essa década se abriam à prática artística.

O seu trabalho apresenta aspetos singulares no panorama contemporâneo português, particularmente pelo domínio de distintas linguagens e registos em que se destacam a abstração geométrica e a figuração de matriz classicizante, os valores compositivos e as propostas de sentido metafísico.

Na pintura e nos desenhos preparatórios, na criação de objetos tridimensionais, Jorge Pinheiro tem produzido uma obra vasta e diversa em que se evidenciam, por um lado, um profundo conhecimento dos padrões e arquétipos académicos que lhe permitem abordar o legado erudito da arte ocidental e, por outro, uma dimensão experimental de grande originalidade. Num campo como noutro, a sua obra revela uma extraordinária gama de referências oriundas da literatura, do cinema, das artes visuais ou da geometria.

A exploração persistente de um espetro tão amplo de possibilidades da criação artística, confere-lhe um lugar único na arte portuguesa.

Natural de Coimbra, Jorge Pinheiro nasceu em 1931. Formou-se em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1963. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos de 1966/67, em Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Holanda, Inglaterra e, entre 1979 e 1980, na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Paris, onde frequentou o Seminário Hubert Damisch, tendo realizado estudos na área da semiótica das artes visuais. Foi Assistente na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1963 e 1976, Professor Agregado da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, entre 1976 e 1996, e Professor Catedrático convidado da Universidade de Évora, entre 1996 e 2001. O seu currículo assinala 40 exposições individuais, realizadas entre 1958 e a atualidade e a participação em mais de 150 exposições coletivas no país e no estrangeiro. Obteve diversos prémios que consagraram a sua obra a partir de 1954, salientando-se: Medalha de Prata Cinquentenário da Morte de Amadeo de Souza-Cardoso (1969), Menção Honrosa do Prémio Soquil (1970), Prémio da III Exposição Nacional da Fundação Calouste Gulbenkian (1981), Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (2003). In “amadeosouza-cardoso” - Portugal

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