Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Angola - Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto

A Fundação Dr. António Agostinho Neto (FAAN) e o Instituto Afro-brasileiro de Ensino Superior (IABES), representado pela Faculdade Zumbi dos Palmares (FZP), promovem um concurso internacional, de dois em dois anos, designado “Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto”.

As candidaturas ao “Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto”, edição 2017-2018, estão abertas e o prazo de entrega das obras a concurso foi alargado até ao dia 31 de março de 2018.



O prémio destina-se a galardoar as obras de investigação escritas sobre Agostinho Neto, Angola, África, Brasil, a Diáspora e Afrodescendentes que contribuam para o melhor conhecimento da história de Angola, Brasil e África.

O regulamento prevê a distinção do(s) autor(es) através de um diploma, um troféu e a quantia de 50.000 USD (cinquenta mil dólares), aproximadamente 40.000 € (quarenta mil euros). Os resultados são divulgados em cerimónia pública a realizar-se no dia 17 de Setembro de 2018, data do nascimento de António Agostinho Neto. In “Fundação Dr. Agostinho Neto” – Angola


Cabo Verde - No quarto trimestre de 2017 movimento de contentores e mercadorias regista crescimento nos portos nacionais

Ribeira Grande – O movimento de contentores e de mercadorias nos portos nacionais cresceu, no quarto trimestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano de 2016, enquanto o número de navios movimentados diminuiu 25,9 por cento (%).

Em termos absolutos, no quarto trimestre de 2017, registaram-se 1.519 movimentos de navios nos portos de Cabo Verde, 531 movimentos a menos face ao período homólogo.

A movimentação de navios de longo curso cresceu 31,3% e a de navios de cabotagem diminuiu 37,4%, tendo-se registado em termos absolutos, no período em análise, 449 movimentos de navios de longo curso (107 movimentos a mais do que em igual período do ano 2016) e 1.070 movimentos de navios de cabotagem (638 movimentos a menos do que em igual período do ano 2016).

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a tonelagem de mercadorias movimentadas aumentou 14,9%, e o número de contentores de 20 pés movimentados aumentou 25,1% e, por outro lado, o número de passageiros movimentados diminuiu 6,5%, em relação ao mesmo período do ano de 2016.

Nesse período, a quantidade de mercadorias movimentadas nos portos de Cabo Verde, aumentou 14,9% em relação igual período do ano 2016 e, em termos absolutos, movimentaram-se nos portos de Cabo Verde 611.099 toneladas de mercadorias, 79.222 toneladas de mercadorias a mais do que no período homólogo.

No período em análise, as quantidades de mercadorias carregadas, descarregadas e em transbordo/granel líquido, nos portos de Cabo Verde, cresceram 17,7%, 14,8% e 11,3%, respetivamente, em relação ao igual período do ano 2016.

Em termos absolutos, no período em análise movimentaram-se, nos portos de Cabo Verde 117.991 toneladas de mercadorias carregadas (17.745 toneladas a mais), 416.466 toneladas de mercadorias descarregadas (53.699 toneladas a mais) e 76.641 toneladas de mercadorias em transbordo/Granel Líquido (7.778 toneladas a mais) do que em igual período do ano 2016.

O movimento de passageiros nos portos de Cabo Verde decresceu 6,5% em relação ao igual período do ano 2016, significando, em termos absolutos, que no quarto trimestre de 2017 registaram-se 212.843 movimentos de passageiros nos portos de Cabo Verde, 14.691 movimentos de passageiros a menos do que em igual período do ano 2016.

Nesse período, o movimento de contentores de 20 pés nos portos de Cabo Verde, cresceu 25,1% em relação ao igual período do ano 2016 o que, em termos absolutos significa que foram registados 22.688 movimentos de contentores de 20 pés correspondendo a 4.559 movimentos de contentores a mais do que em igual período de 2016. In “Inforpress” – Cabo Verde

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Brasil - “É a carga tributária, estúpido”

SÃO PAULO – Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a empresa de consultoria Ernst & Young, mostrou que o Brasil está cada vez mais distante da média mundial do que as pessoas jurídicas pagam de Imposto de Renda: aqui o que as empresas pagam à Receita Federal fica em torno de 34%, enquanto fora do País a alíquota é estimada em 22,9%. Não é à toa, portanto, que os produtos brasileiros perdem competitividade a cada dia, sendo alijados de mercados importantes.

A razão disso? “É a carga tributária, estúpido”, pode-se dizer, parodiando-se James Carville, marqueteiro de Bill Clinton, em 1992, que, ao justificar a vitória de seu candidato contra um George Bush afundado na crise econômica, declarou: “É a economia, estúpido”. Aliás, Carville repetia com outras palavras o conselho do informante incógnito conhecido como Deep Throat (Garganta Profunda) ao jornalista Bob Woodward na investigação do caso Watergate, que derrubaria Richard Nixon em 1974: “Siga o dinheiro, estúpido”. Conselho, aliás, que deve ter sido seguido pelos que investigam as manobras que justificaram a operação Lava-Jato. 

Não é preciso ser economista para se concluir que, se o governo federal extinguisse algumas das aberrações do sistema tributário brasileiro, fatalmente, as indústrias produziriam e exportariam mais, já que poderiam oferecer ao mercado externo produtos a preços mais competitivos. Sem contar que poderiam investir na sua própria internacionalização. É de se ressaltar que Estados Unidos e Argentina, primeiro e segundo país com maior concentração de multinacionais, reduziram neste ano a taxação para 21% e 25%, respectivamente.

Com a redução da carga, é possível que, num primeiro momento, a arrecadação tributária brasileira viesse a cair, mas, a médio prazo, com certeza, o governo iria faturar mais, pois o volume de exportação haveria de quintuplicar em pouco tempo. Basta ver que, como mostra o estudo da CNI, as empresas transnacionais exportam e inovam mais. E por que? Ora, nos últimos anos, países como Estados Unidos, França, Japão e Argentina revisaram para baixo a alíquota de Imposto de Renda das empresas como forma de atrair investimentos e aumentar a competitividade internacional.

Assim, nos Estados Unidos, uma empresa brasileira com investimento no exterior paga apenas 21% de imposto sobre a renda, como qualquer outra empresa estrangeira. Mas, enquanto a tributação das empresas de outras nacionalidades se encerra em solo norte-americano, a brasileira tem de pagar mais 13% do lucro ao fisco para completar o que é cobrado no País, pois o Brasil tributa lucro no exterior.

Com isso, o País perde recursos direcionados às exportações, à pesquisa e à inovação, pois os investimentos no exterior são mais baratos. Além disso, a alta carga tributária desestimula os investimentos brasileiros no exterior, atividade que gera ganhos à economia nacional. Em outras palavras: a tributação no Brasil das subsidiárias das multinacionais brasileiras representa um custo que, neste momento, afeta a competitividade dessas empresas. Milton Lourenço - Brasil

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Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Moçambique – Petrolífera Galp aposta no projeto Mamba

Moçambique é a grande aposta da Galp e o projeto Mamba a joia da coroa. Em 2022 será feita a primeira extração de gás no país



A Galp vai investir mil milhões de euros por ano até 2020, dos quais 70% são para a exploração e produção de petróleo e gás natural. O Brasil absorverá metade deste valor e Moçambique um terço.

Integrada no consórcio liderado pela petrolífera Eni, a petrolífera portuguesa está a desenvolver no país africano uma unidade de liquefação flutuante na área de Coral Sul (com uma capacidade de 3,4 milhões de toneladas por ano), a primeira a desenvolver as descobertas de gás natural da bacia do Rovuma, e também a preparar o projeto Mamba.

Esta semana, no Capital Markets Day, em Londres, a empresa anunciou aos investidores que espera que o primeiro gás natural seja extraído em Coral Sul já em 2022.

No entanto, sublinhou Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp, “o maior valor está em Mamba”, o mega projeto onshore que deverá arrancar no prazo de cinco anos no norte de Moçambique. “Para Mamba a previsão é de 30 milhões de toneladas de gás natural por ano. Para terem uma noção comparativa, Portugal consome cerca de três milhões de toneladas por ano”, disse o CEO, prevendo a revisão em alta destes objetivos.

E dá um exemplo: “Em Coral Sul, cuja decisão de investimento foi tomada no ano passado, começámos em 2,5 milhões de toneladas por ano e depois acabámos numa unidade de 3,4 milhões”.

Perante uma sala cheia de analistas e investidores internacionais, Thore Kristiansen, COO da Galp para a área de exploração e produção, confirmou que “Mamba é a joia da coroa” em Moçambique, considerando os próximos dois anos como “muitos importantes” para desenvolver as soluções tecnológicas que permitirão o arranque do projeto.

Já em estudo estão as tecnologias de extração de gás usadas no Qatar, mas que em Moçambique poderão encontrar condições mais vantajosas, tendo em conta o clima mais ameno.

“Estamos a trabalhar com os nossos parceiros para que seja um dos projetos mais competitivos a nível mundial. É tempo de desenvolver os mega projetos em Moçambique”, disse, por seu lado, Carlos Gomes da Silva, avisando: “Temos de correr e temos de correr depressa, e fazer as coisas da forma certa” em Moçambique. Em causa estão as necessidades crescentes de gás natural a nível mundial, uma oportunidade de negócio à qual a Galp está atenta.

“Moçambique irá contribuir fortemente para o crescimento da empresa na próxima década. As previsões são de que a procura global de gás natural cresça 5% por ano, o que implica que novos projetos têm de ser desenvolvidos para preencher esta lacuna que, em 2025, poderá ser de mais de 50 milhões de toneladas por ano”, disse o CEO. Filipe Silva, CFO da Galp, acrescentou ainda que “Mamba será um projeto financiado, o que reduz a necessidade de mais investimento”.

“Estamos a colher os frutos da nossa estratégia e investimento na produção de petróleo, que vai continuar a crescer”, frisou o CEO. “Isto não acaba aqui. Depois de 2020 será um novo ciclo de crescimento”. Bárbara Silva – Portugal in “Dinheiro Vivo”

Angola – População cresce para 30 milhões de habitantes

Os mais de 25 milhões de habitantes registados no país em 2014, aquando da realização do Recenseamento Geral da População e Habitação, deverão crescer, até ao final deste ano, para 30 milhões, indica o Instituto nacional de Estatística (INE)

Segundo as projecções do INE, a população angolana tem crescido a uma média anual de mais de um milhão de pessoas, devendo somar, até ao final do ano, 30 milhões de habitantes, dos quais 8 milhões estarão em Luanda.

As estimativas foram apresentadas pelo director do INE, Camilo Ceita, no encerramento da acção de formação nacional do Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA), em Luanda.

"As projecções são práticas habituais e anuais. Apenas no próximo Censo (em 2024), o INE vai fazer a reactualização das mesmas (projecções)", declarou o responsável, citado pelo Jornal de Angola.

Recorde-se que, no ano passado, o INE esitmou o número da população nacional em 28,3 milhões de habitantes, mais 2,6 milhões do que em 2014. In “Novo Jornal” - Angola

Brasil – Livro sobre Patuá pode ser lançado em 2018 em França


O “Parlons Patuá di Macau” é um livro sobre o patuá, fruto da investigação do jornalista brasileiro Ozias Deodato Alves, a ser publicado pela editora francesa “L’Harmattan”. A investigação sobre o dialecto foi feita no tempo livre do autor, que se dedica ao estudo de idiomas minoritários. Em 2015, indicava à Tribuna de Macau que o livro deveria ser publicado ainda nesse ano. Superados os problemas inesperados, prevê agora que chegue às livrarias em 2018.



“Espero que o livro esteja à altura da formidável cultura macaense, cujo teatro cómico é um património da humanidade”, disse o autor em declarações à Tribuna de Macau. Foi através de Yuji Himoro, um estudante japonês de São Paulo, que o escritor soube da existência do patuá. “Tinha a mais absoluta e completa ignorância sobre o assunto. Movido pela curiosidade, iniciei a pesquisa”.

Em 2015 deslocou-se à cidade mais populosa do Brasil para conhecer a comunidade macaense aí residente. No ano seguinte acelerou a redacção para concluir o volume sobre o patuá, e terminou tudo em Fevereiro de 2017. Pelo meio, foram as novas tecnologias a permitir-lhe reunir o material para a publicação, visto que nunca se deslocou a Macau.

“Fiz várias entrevistas usando o Facebook. Entrevistei, por exemplo, a dona Maria João Ferreira, sobrinha do famoso poeta Adé, o pai do patuá, por ‘chat’”, explicou Ozias Deodato Alves.

Foi Maria João Ferreira quem lhe enviou artigos publicados em Portugal e Macau, bem como o apoiou com o cantonês. “Vale lembrar que há textos em patuá repleto de citações tanto em português lusitano como em inglês e em cantonês”, comentou. As redes sociais permitiram-lhe ainda o contacto com Carlos Coelho.

Da comunidade que vive no Brasil, recorreu a Rogério Luz, que mantém o blog “Crónicas Macaenses”, e Mariazinha Carvalho, uma autora de teatro cómico em patuá, bem como a Yolanda Ramos.

O livro é composto por cinco partes distintas, à semelhança das outras obras da colecção “Parlons”. Inicia-se com a história do povo que fala o idioma, passa por uma breve descrição gramatical da língua, por noções de conversação e aborda as diferentes formas culturais associadas ao idioma, como a literatura, música ou arte. Termina com léxico patuá-francês e vice-versa.

“O objectivo dos livros ‘Parlons’ não é ensinar a língua, apesar de que há volumes do ‘Parlons’ que são verdadeiros cursos completos, mas sim descrever o idioma e a cultura do povo falante do mesmo”, explicou Ozias Deodato Alves.

O autor explicou que o atraso na publicação do livro foi maioritariamente motivado pela necessidade de procurar um novo revisor. É agora o actual director da Aliança Francesa de Florianópolis que se encontra a fazer a revisão da obra, depois de o editor da colecção “Parlons” se ter afastado do projecto por motivos de saúde. “Mas acredito que tudo isso vai ser resolvido e o livro sairá neste ano de 2018”, estimou.

“Acredita-se que no Brasil só vivam por volta de 20 a 30 falantes do patuá. É uma língua em vias de extinção”, estimou Ozias Deodato Alves, lamentando que nos censos estatísticos de 2010 no Brasil não se tenha questionado a população em geral sobre os vários idiomas que falam. “Se tivesse feito tal pergunta à população em geral, teríamos hoje números exactos das aproximadamente 300 línguas minoritárias do Brasil”.

De acordo com o escritor, os números apontam para um total de 100 falantes de patuá, sendo que o mais fluente, que falava “como se fosse uma língua viva”, trata-se do “saudoso Carlos Coelho”, que faleceu em Janeiro.

O livro de Ozias Deodato Alves, que se auto-intitula de “refugiado linguístico”, terá um público diferente do esperado. Vai ser publicado em francês e não se prevê uma tradução para português.

“Ao contrário do Brasil, na França, quando a editora se interessa pela obra, ela banca os custos da publicação. E foi assim que eu, um cidadão que nunca foi, até ao presente momento da vida, à França, já publiquei cinco livros lá”, comentou. Salomé Fernandes – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Paixão











Vamos aprender português, cantando


Não dá para explicar
vamos de um lado para o outro
presos no olhar, no corpo a corpo
eu e tu: vai, vai, vai, vai, vai
eu e tu: vai, vai, vai, vai, vai

Oh, como tu
despertas algo em mim
e eu, por fim, só desejo
descobrir o porquê

Que és alma, corpo, sangue em mim
noites de verão sem fim
e sem falar fazes-te ouvir

Diz-me que é paixão
diz-me que é paixão
vê-se tão bem de perto
nesse sorriso aberto

Diz-me que é paixão

Entra no jogo
vem sem medo de perder
o amor existe
deixa acontecer

Na aventura dos sentidos descobrir
que o melhor de nós ainda está por vir

Oh, como tu
despertas algo em mim
e eu, por fim, só desejo
descobrir o porquê

Que és alma, corpo, sangue em mim
noites de verão sem fim
e sem falar fazes-te ouvir

Diz-me que é paixão
diz-me que é paixão
vê-se tão bem de perto
nesse sorriso aberto
diz-me que é paixão

Diz-me que é paixão
diz-me que é paixão
vê-se tão bem de perto
nesse sorriso aberto
diz-me que é paixão

Tu sabes que é paixão
não me digas que não

Abre a porta
sem demora
vamos tentar
diz-me que é paixão

Diz-me que é paixão
diz-me que é paixão
vê-se tão bem de perto
nesse sorriso aberto
diz-me que é paixão

Diz-me que é paixão
diz-me que é paixão
vê-se tão bem de perto
nesse sorriso aberto
diz-me que é paixão

Diz-me que é paixão
paixão

Diz-me que é paixão

HMB - Portugal


sábado, 24 de fevereiro de 2018

Moçambique - Ameaça retirar das prateleiras produtos sem rótulos em língua portuguesa

A Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE) de Moçambique ameaça retirar do mercado a partir de 31 de março de 2018 todos os produtos embalados que não tenham rótulos em Português, anunciou a instituição

A informação, veiculada pelo INAE e consultada hoje pela Lusa, pretende sensibilizar os comerciantes para a necessidade de os produtos terem informação na língua oficial do país.

Os serviços de inspeção preveem desencadear ações de fiscalização após a data limite de 31 de março.

As mesmas ações visam também verificar o cumprimento das normas sobre a fortificação de alimentos.

Para combater a desnutrição e outros problemas, o Estado moçambicano decidiu que a fortificação deve ser obrigatória nas farinhas de trigo e de milho, sal, óleo e açúcar.

As operações vão ser realizadas em articulação com os serviços de alfândegas e estruturas locais. In “Sapo24” - Portugal

CPLP - Alargamento do prazo do concurso “Ideias Inovadoras em Educação e Trabalho: EPT na CPLP”

O prazo das inscrições para o concurso “Ideias Inovadoras em Educação e Trabalho: Educação Profissional e Tecnológica na CPLP” foi adiado até 30 de abril de 2018. A iniciativa é dirigida aos estudantes do ensino técnico de nível médio e a professores nas instituições, que promovem o ensino profissional e tecnológico dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).



O concurso é desenvolvido no seguimento das recomendações da “Reunião Técnica CPLP: Desafios no Ensino Profissional e Agenda de Cooperação Técnica”, decorrido em Brasília, nos dias 30 de agosto e 1 de setembro de 2017, no âmbito da implementação do Plano de Ação de Cooperação Multilateral no domínio da Educação da CPLP (2016-2020), aprovado na IX Reunião de Ministros da Educação da CPLP, em maio de 2016.

O objetivo do concurso é incentivar a geração de ideias, criatividade, bem como a inovação na educação profissional.

A X Reunião de Ministros da Educação da CPLP está prevista para acontecer em março de 2018, no Brasil. CPLP

Mais informações:

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Moçambique – Volta a cair no índice da percepção da corrupção da Transparência Internacional

A não responsabilização no processo sobre as dívidas ocultas, a demora na acusação sobre o caso Embraer e as ligações de Moçambique com a Odebrech, empresa acusada de esquemas corruptos, poderão ter pesado para a queda do país no índice sobre corrupção, feito pela Transparência Internacional.



“Mais uma vez, depois de no ano passado (2016) ter caído cerca de quatro lugares, no ano de 2017 voltou a cair mais dois lugares no índice da Transparência Internacional, o que significa que em dois anos registou uma queda de seis lugares na pontuação, o que nunca tinha acontecido desde que este índice começou a ser produzido e publicado em 1995, o que, dado o prestígio do mesmo, coloca o país numa posição que o desprestigia”, diz o documento divulgado, hoje, pelo Centro de Integridade Pública (CIP), para depois acrescentar que “esta acentuada queda de Moçambique não pode estar alheia às matérias relacionadas com as dívidas ilegais contraídas no consulado do ex-Presidente, Armando Guebuza, mas que na actual governação do Presidente Filipe Nyusi continuam sem que sejam esclarecidos os contornos que conduziram à sua contratação”.

E a péssima posição de Moçambique não só se nota nos 183 países do mundo avaliados em 2017, como também na SADC. Na região ocupa a décima posição, de um total de 14 países. Piores que Moçambique estão apenas Madagáscar, Zimbabwe, República Democrática do Congo e Angola.

“É de realçar que os países em questão continuam problemáticos em matérias de governação e combate à corrupção, com destaque para a República Democrática do Congo a braços com uma crise política, Zimbabwe que se acha num período de transição política e Angola com índices de corrupção altíssimos. Portanto, são países a que não nos devemos orgulhar de estar acima deles em matéria de combate e controlo da Corrupção”, diz o documento divulgado ontem.

“De 2012 a 2015 o país está estagnado. Praticamente que não avança nem recua. O que significa que, ou estão a ser aplicadas as medidas que não são eficazes para combater a corrupção ou o país não está comprometido nesta questão de combate à corrupção”, ressalvou Baltazar Fael, investigador do Centro de Integridade Pública, a quem coube apresentar o documento da Transparência Internacional, instituição internacional baseada na Alemanha, que avalia o combate a corrupção em vários países do mundo.

Quanto aos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), Moçambique continua igualmente na cauda. Perde para Portugal (29º), que está na primeira posição no que se refere ao combate à corrupção, Cabo-Verde (48º), São Tomé e Príncipe (64º), Timor-Leste (91º) e Brasil (96º).

“No que tange à comparação entre os Países de Língua Oficial Portuguesa, Moçambique (153º) apenas suplanta Angola (167º), Guiné Equatorial e Guiné-Bissau, (ambos no 171º) como aconteceu em 2017. Quer isto dizer que também não se registaram quaisquer progressos. Angola tem uma corrupção endémica”, refere o Centro de Integridade Pública.

O Centro de Integridade Pública diz que o Governo deve ser mais proactivo no combate ao fenómeno da corrupção e salienta que os tribunais deviam mesmo ter secções apenas focadas a julgar casos de corrupção, de modo a flexibilizar o esclarecimento.

“Porque a não ser assim, de facto os tribunais têm casos de réus detidos e tem que dar prioridade a esses casos. Então para que haja igualdade é preciso que o Ministério Público tenha uma instituição especializada (que o Gabinete Central de Combate à Corrupção) e os tribunais tenham também secções especializadas para dar vazão a estes casos de corrupção”, argumentou Fael. José João – Moçambique in “O País”

Aceda ao relatório da Transparency International aqui

Moçambique - Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias prevê graduar 120 licenciados

No ano em que celebra 20 anos da sua criação, o Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias (ISHCT), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, na província da Zambézia, prevê graduar pouco mais de 120 licenciados nas diferentes áreas de conhecimento.

A história do Ensino Superior na Província da Zambézia começou com a presença do ISPU - Extensão de Quelimane, a 18 de Fevereiro de 1998, numa moradia cedida por um particular, onde oferecia dois cursos, nomeadamente de Ciências Jurídicas e Administração e Gestão de empresas, com um total de 37 estudantes.

Em 2007, passou a ser designado ISHT (Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias) e em 2017, 19 anos depois, passou a ser Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias (ISHCT). O ISHCT constitui a primeira universidade na província da Zambézia e oferece, actualmente, sete cursos de graduação, sendo que, em regime modular, tem ministrado os cursos de Gestão em Recursos Humanos, Engenharia Civil e Engenharia Eléctrica.



“Ao longo do tempo, a Universidade investiu em infraestruturas e recursos laboratoriais em diferentes áreas, nomeadamente Informática, Engenharia Civil, Engenharia Eléctrica, Enfermagem, Psicologia, Ciências Jurídicas, Física, Química e de Biologia” referiu a Directora do ISHCT, Seana Daúd.

O investimento, segundo acrescentou Seana Daúd, abarcou, igualmente, a reabilitação do lar dos estudantes, visando aproximá-los cada vez mais à universidade e tornar o acesso aos recursos da aprendizagem mais fácil.

Importa realçar que o ISHCT tem apostado na mobilidade de estudantes e docentes, permitindo que os mesmos adquiram outras experiências, através do desenvolvimento de actividades académicas em outras universidades nacionais e internacionais.

“No ano transacto, os nossos estudantes estiveram nas Ilhas Maurícias, representando o ISHCT, num programa de intercâmbio académico, na área de Ciências Jurídicas”, concluiu a Directora. In “Verdade” - Moçambique

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Macau - Primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas

Arranca no Dia da Mulher a primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau. A pintora portuguesa Paula Rego será a madrinha da exposição e irá fazer-se representar na cerimónia de inauguração pela sua filha Victoria Willing. A Macau, a artista traz a obra “Nossa Senhora das Dores”. O evento prolonga-se até 13 de Maio, “curiosamente”, Dia de Nossa Senhora de Fátima, notou Carlos Marreiros, mentor do projecto, ao Ponto Final



A artista portuguesa Paula Rego vai ser a madrinha da primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau (ARTFEM), revelou Carlos Marreiros ao Ponto Final. A pintora vai estar representada na cerimónia de inauguração da exposição, marcada para 8 de Março, pela sua filha, Victoria Willing, e apresentará em Macau o quadro “Nossa Senhora das Dores”. O projecto, que vai juntar na cidade obras de mais de 130 artistas, tem como mentor Carlos Marreiros e é organizado em parceria pelo Albergue SCM e pelo Museu de Arte de Macau (MAM), dividindo-se pelos dois espaços. A Paula Rego juntam-se outros nomes como Graça Morais e Maria João Franco, também de Portugal, e a arquitecta Marta Ferreira e as pintoras Sofia Bobone e Ana Jacinto Nunes, de Macau.



Será o MAM que vai acolher o corpo principal da bienal, uma exposição que junta trabalhos de um total de 131 artistas provenientes de cinco continentes. É a dimensão deste evento que leva Carlos Marreiros a classificá-lo como “pioneiro e único no mundo”, ao trazer até Macau peças de pintoras de todos os países lusófonos e também de Hong Kong, China, Estados Unidos, Japão, Rússia, Georgia, Índia, Coreia do Sul e Irão, segundo avançou a agência Lusa. As cerca de três dezenas de artistas locais vão apresentar instalações e as restantes 100 vão exibir trabalhos de pintura e desenho. Uma parte da exposição será composta por obras que integram o acervo do MAM, cuja curadoria estará a cargo de Margarida Saraiva, enquanto que as restantes pinturas e desenhos das artistas convidadas são da responsabilidade dos curadores Lina Ramadas e José Isaac Duarte.

E que critérios foram tidos em conta na escolha das artistas? “Logo no topo, a qualidade e a representatividade do momento. Nas artistas mais consagradas, o seu significado e o seu contributo. Nas artistas emergentes, a potência da sua qualidade”, explicou Marreiros. No fim, um elemento comum une as pintoras convidadas: o que vêm apresentar é arte contemporânea. “Quanto às artistas mulheres, da geração actual, [em Macau], o número parece-me ser bastante maior e mais significativo que o dos homens. Estou a falar de puras artes plásticas”, frisou.

A bienal espraia-se pela cidade

Paralelamente, o Albergue irá acolher, a partir de 26 de Março, uma exposição da artista portuguesa Raquel Gralheiro, integrada na bienal. “The Chinese Zodiac” é uma mostra de “quadros muito vibrantes” que explora a “relação da mulher com o zodíaco chinês”, explicou Carlos Marreiros, acrescentando que esta se irá prolongar até Junho. A programação da bienal inclui ainda um conjunto de conferências, que irão acontecer nos dois espaços. Para já, estão confirmadas uma curadora e uma artista e galerista da China continental e uma galerista de Hong Kong. “Uma vai falar do conceito de artista-mulher, a valorização da mulher no mundo e a outra vai fazer um enfoque nas questões como galerista e nos desafios que encontra no dia-a-dia quando promove a arte no feminino”, adiantou o presidente do Albergue SCM.

Naquela que é a primeira edição da Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau foi dada “total liberdade” temática às artistas, sendo que, na próxima edição, Carlos Marreiros irá procurar aproximar-se da tendência de eventos desta natureza que é a de impor um tema. Para a próxima edição, Carlos Marreiros visiona que o evento se estenda pelas várias zonas da cidade, mantendo o núcleo principal nas galerias do MAM e do Albergue. “Mas abri-lo à zona da Barra, às Oficinas Navais, à Galeria do Tap Seac, outras galerias da cidade e até na Zona Norte”, revelou.

Daqui a quatro anos, o arquitecto prevê uma extensão do evento para a China continental, através de parcerias e possíveis co-organizações. “Já arrancamos com 130 [artistas], o que é significativo, e estou convencido que, na terceira edição, ela estará consolidada no mundo. Tenho contactado também com gente do continente e qualquer dia vamos estendê-lo à China com organizações e cooperação extra-fronteiras”, declarou o arquitecto. Catarina Vila Nova – Macau in “Ponto Final”

Brasil - Marinha assina contrato de compra de porta-helicópteros britânico

Na manhã do dia 19 de fevereiro, em Plymouth – Inglaterra, o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Luiz Henrique Caroli, representando a Marinha do Brasil, assinou o contrato de transferência do HMS “Ocean” junto às autoridades do Ministério da Defesa britânico.

Tendo sido incorporado à Marinha Real (Royal Navy – RN) do Reino Unido em 1998, o HMS “Ocean” foi projetado para realizar operações anfíbias com helicópteros embarcados e com Tropas dos Royal Marines (Fuzileiros Navais britânicos), bem como para atender a missões de ajuda humanitária, como a ocorrida em setembro de 2017, quando aquele Navio assistiu às populações Caribenhas que foram flageladas pela passagem do furacão “Irma”.

Na Marinha do Brasil, o HMS “Ocean” será empregado em operações aéreas com helicópteros, operações anfíbias com tropas de Fuzileiros Navais e missões de Controle de Área Marítima para proteção de nossas Linhas de Comunicações Marítimas, bem como conduzirá atividades de apoio logístico, de caráter humanitário, de auxílio a desastres naturais e de apoio a operações de manutenção da paz.

A incorporação do HMS “Ocean” à MB será em 29 de junho de 2018, sendo que o processo de transferência do Navio tem previsão de ser concluído até o final do mês de julho, com chegada ao Brasil em agosto. Até lá, os tripulantes brasileiros realizarão cursos na Royal Navy, em empresas fabricantes dos equipamentos e intensivos treinamentos, além de que o Navio executará serviços de manutenção e docagem em estaleiro britânico, de modo a que seja recebido em suas melhores condições de material e de preparação de nosso pessoal. In “Defesanet” - Brasil



O HMS “Ocean” possui as seguintes características:

· Comprimento total: 203,43 m;
· Deslocamento carregado: 21.578 t;
· Velocidade máxima mantida (VMM) prevista em projeto: 18,0 nós;
· Raio de ação: 8.000 milhas náuticas;
· Acomodação para tropa: 806 Fuzileiros Navais; e
· Aeronaves embarcadas: 18 helicópteros.

O Navio tem capacidade para operar simultaneamente até 7 aeronaves em seu convés de voo, podendo utilizar todos os tipos de helicópteros pertencentes aos Esquadrões da Marinha do Brasil, quais sejam: Seahawk (SH-16), Cougar (UH-15 A/B); Lynx (AH-11B), Esquilo (UH-12/13), Bell Jet Ranger III (IH-6B) e Super Puma (UH-14).

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Portugal – Porto fluvial de Castanheira do Ribatejo operacional no início de 2019

O porto fluvial de Castanheira do Ribatejo, em Vila Franca de Xira, começará a movimentar contentores até ao princípio do próximo ano, afirmou Pedro Virtuoso, da ETE, a empresa promotora.

“Neste momento estamos na fase de consultar os empreiteiros para começar a obra e esperamos, no final deste ano ou no princípio de 2019, começar a operar”, disse.

De acordo com o responsável, o porto fluvial, localizado junto à plataforma logística de Lisboa Norte (100 hectares), disporá de uma área de apoio de dois hectares.

O cais será construído sobre estacas e terá de 23 metros de frente por 23 metros de profundidade, acrescentou.

O porto funcionará diariamente, durante todo o ano, sendo o transporte dos contentores entre Castanheira do Ribatejo e os terminais do porto de Lisboa feito com recurso a barcaças com capacidade para cerca de 100 contentores.

A distância a percorrer pelo Tejo é de 41 quilómetros, por comparação com o percurso rodoviário, que é de 51 quilómetros, salientou.

O projecto de Castanheira do Ribatejo aumentará, na prática, a capacidade do porto de Lisboa, funcionando como um terminal de segunda linha, libertando espaço nos terminais da capital e aliviando o tráfego rodo-ferroviário de encaminhamento dos contentores.

O Grupo ETE opera há muito no transporte fluvial de mercadorias no Tejo e posiciona-se para fazer o mesmo no Douro.

Pedro Virtuoso falava no Congresso do Tejo III – Mais Tejo, Mais Futuro, em Lisboa.

Também a presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Lídia Sequeira, na sua intervenção na sessão de abertura do congresso, falou acerca da importância de promover a navegabilidade do Tejo, como aconteceu no passado.

Conseguir que “se possa subir até ao interior do país em condições ambientalmente mais favoráveis é o nosso grande objetivo”, disse a responsável, referindo a possibilidade de transferir para o Tejo uma parte do transporte que se faz por estrada. In “Transportes & Negócios” - Portugal

São Tomé e Príncipe – Assina com a Índia acordo sobre aliança solar internacional

São Tomé e Príncipe e a República da Índia assinaram, no passado dia 07 de Fevereiro, o acordo sobre aliança solar internacional no Ministério dos Negócios estrangeiros. O protocolo rubricado pelo embaixador da Índia em São Tomé e Príncipe, Sushil Singhal e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Urbino Botelho, tem como objetivo de assegurar a transferência de tecnologia e financiamento para o desenvolvimento de projeto produção energético com potencial solar.

“Essa aliança pretende integrar num esforço comum os países que estão localizados entre os trópicos de câncer e Capricórnio, alguns dos quais com cerca de 300 dias de exposição solar anual com o objetivo de assegurar a transferência de tecnologia e financiamento para o desenvolvimento de projeto de produção energética com potencial solar. O mesmo projeto visa, de igual modo, a redução de custos associados desempenhando um papel central na angariação de mil milhões de dólares americanos até 2030 para a implementação massiva de energia solar”, disse Urbino Botelho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que “esta vontade está de resto expressa no firme compromisso de tanto São Tomé e Príncipe como a Índia manifestam para o cumprimento de acordo de Paris. Para São Tomé e Príncipe fazer parte desta aliança constitui, sem dúvida, uma oportunidade única para entrar no comboio de desenvolvimento tecnológico no que a produção de energias renováveis diz respeito”.

"Para além disso, irá permitir atenuar a grande dependência de país na utilização de combustíveis fosseis para satisfazer as suas necessidades energéticas, o que contribuirá para alcançamos as metas estabelecidas nos nossos programas nacionais de adaptação de mitigação de efeitos adversos das mudanças climáticas. A expectativa é a de que possa implementar um projeto que conduza a produção de até quatro megawatts a partir de energia solar indo de resto ao encontro daquelas que são as metas do governo nesta matéria, conforme expresso na sua agenda de transformação nacional no horizonte 2030”, acrescentou Urbino Botelho.

O Embaixador da Índia em São Tomé e Príncipe defende que o governo destas ilhas escolheu energia limpa, “porque energia limpa é para as futuras gerações, para lhes dar um desenvolvimento sustentável e utilização de recursos renováveis desejáveis para o desenvolvimento do país”. Silvania Bernardo – São Tomé e Príncipe in “O Parvo”

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Brasil - Montagem final do primeiro submarino convencional do Prosub

A Marinha do Brasil inicia hoje, 20 de fevereiro de 2018, com a presença dos ministros da Defesa do Brasil e da França, a fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo previstos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), um dos maiores projetos tecnológicos em andamento atualmente no país. O marco desta nova fase do Prosub acontecerá no Complexo Naval da Itaguaí, com o início da montagem final do “Riachuelo”, o primeiro dos submarinos convencionais do programa a ter unidas todas as seções que formam o casco e os múltiplos sistemas já instalados em cada uma delas. Esta fase, de elevada sofisticação tecnológica, é a última, antes do lançamento do submarino ao mar, previsto para o segundo semestre deste ano.

O Prosub prevê, além da construção concomitante dos quatro submarinos convencionais, o projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e a infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção do ambos os modelos.

O programa conta com forte participação de universidades e centros de pesquisa, o que gera, entre outros benefícios, transferência de tecnologia, desenvolvimento próprio de tecnologias, processos e materiais avançados, fomento ao desenvolvimento da base industrial brasileira de defesa, capacitação de profissionais em atividades altamente especializadas e milhares de empregos diretos e indiretos. In “Portos e Navios” - Brasil

Moçambique – Mulheres do Dondo criam agroindústria

Uma pequena indústria de farinação de milho e descasque de arroz fundada e gerida por uma sociedade de dez mulheres começou a laborar no início do corrente mês no distrito do Dondo, província de Sofala.

A operacionalização desta agroindústria resulta da assistência que a Gapi está a prestar ao programa do Governo, para o empoderamento de mulheres no corredor de Sofala, com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

“A segurança alimentar e nutricional das famílias mais pobres depende muito do trabalho das mulheres. A motivação da Gapi em participar neste programa é a de melhorar as condições para que as mulheres assegurem esse papel de maneira mais sustentável e, além disso, aprendam a organizar negócios que lhes proporcionem mais rendimentos monetários” - disse Wilma Rwechungura, gerente da Gapi na Beira.

Maria da Conceição, a líder da empresa do Dondo designada por “Mulheres Chiverano”, que significa “Entendimento entre Mulheres”, manifestou a sua alegria pela operacionalização deste equipamento, que já estava no local há mais de três anos, mas que permanecia paralisado devido a constrangimentos no abastecimento de energia eléctrica adequada.

A Gapi, em complemento ao trabalho de capacitação em gestão e assistência à organização do negócio disponibilizou um financiamento que, com o apoio do Governo de Sofala, permitiu que a EDM passasse a fazer o fornecimento de energia.

O programa de empoderamento da mulher, na província de Sofala, abrange os distritos do Dondo, Nhamatanda, Gorongosa e Caia, onde estão a ser assistidas pela Gapi um total de 75 grupos de mulheres envolvendo cerca de 1300 membros. Nestes grupos, organizados em associações ou microempresas com assistência da Gapi, “os membros começam por ser orientados no desenvolvimento do espírito de poupança para investir”- explicou Wilma.

Como resultado deste trabalho, nos grupos mais estáveis e membros empenhados foram instaladas mais de 35 pequenas agroindústrias semelhantes às do Dondo.



Nos últimos meses, o principal pedido que as líderes das mulheres têm estado a fazer à Gapi é o de as ajudarem a solucionar constrangimentos com os equipamentos e instalações, que já foram co-financiados pelo Governo e pelo BAD, mas que ainda não estão a ser eficientemente aproveitados.

Graça Correia, administradora de Dondo, mostrou-se agradecida e enalteceu o facto da Gapi estar presente na vida destas mulheres: “O Governo Distrital enaltece o apoio, dado pela Gapi, a estas mulheres, pois elas e outras pessoas do distrito vão agora conseguir processar os seus produtos e obter rendimentos a partir desta actividade.”

A inauguração desta unidade fabril visa o desenvolvimento do agro-processamento, um dos elos mais importantes para modernizar e viabilizar a agricultura familiar.

A aquisição do equipamento desta pequena indústria teve como início uma contribuição em cerca de 40 mil Meticais, feita pelas mulheres através de um trabalho conduzido pela Gapi para que elas organizassem o seu próprio sistema de poupanças.

O grupo “Mulheres Chiverano” tem ainda uma área de 10 hectares onde cultiva os cereais que agora estão a processar com o equipamento instalado. Este grupo está a ser assistido pela Gapi há seis anos e em reconhecimento do seu empenho, o Governo Provincial está a subvencionar o uso de um tractor para auxiliar nos trabalhos de lavoura da sua área, bem como dos vizinhos.

A líder destas mulheres, Maria da Conceição foi agora convidada para participar na Conferência Internacional do Género que irá decorrer nos Estados Unidos. In “Fim de Semana” - Moçambique