Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 31 de março de 2018

Cabo Verde - Jogos educativos digitais vão integrar exposição do Museu da Língua Portuguesa

Cidade da Praia – Jogos educativos digitais produzidos por alunos da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) vão fazer parte de uma exposição do Museu da Língua Portuguesa a ter lugar em Junho, na sede Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), na Praia.

Os jogos foram produzidos no âmbito de uma oficina, realizada pela Uni-CV em parceria com o IILP, o Leitorado Brasileiro Cabo Verde, a Embaixada do Brasil em Cabo Verde, o Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada da Universidade de Coimbra e Museu da Língua Portuguesa.

Segundo o coordenador do curso de Engenharia Informática da Uni-CV, Domingos Andrade, a ideia foi utilizar os jogos para tornar mais fácil o entendimento da língua portuguesa junto da população dos diversos países que falam o português.

“Como sabemos dentro da língua portuguesa temos uma variação de palavras para designar um mesmo um objecto ou um mesmo acto. E encontramos a forma de jogos para tornar mais fácil entendimento da língua para população em geral”, explicou.

Durante a Oficina foram produzidos quatro jogos, toponímia e gentílicos, as formas adaptadas e não-adaptadas, a variação léxica e as variedades fonético-fonológicas, cujos dados sistematizados foram fornecidos pela equipe do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada da Universidade de Coimbra, enquadrado no Projecto Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, do IILP.

Os jogos são interativos e vão apresentar uma imagem e diversas opções de palavras para que o jogador acerte aquela que se refere ao país indicado.

“O nosso objectivo é mostrar as diferentes formas de se referir a uma mesma coisa. Por exemplo, aqui em Cabo Verde dizemos autocarro, mas no brasil dizem ónibus. Por isso, apresentamos três opções para testar o conhecimento das pessoas e estas, por exemplo, vão tentar acertar em que país é usado autocarro”, explicou o formador Amândio Furtado.

Os jogos vão ser testados e expostos em Junho e Julho e, de seguida, poderão ser colocados nas plataformas digitais.

A oficina, que foi encerrada hoje, teve como formador o brasileiro Bruno Palermo. Os jogos vão ser testados e expostos e, de seguida, poderão ser colocados nas plataformas digitais. In “Inforpress” – Cabo Verde

Portugal – Apresentado autocarro de passageiros 100% elétrico


Mobilidade sustentável

A CaetanoBus desenvolveu o primeiro autocarro 100% elétrico associado ao transporte de passageiros e o operador Arriva, através da sua empresa Transportes Urbanos de Guimarães, inseriu o veículo na Linha Cidade.

Com 35 lugares sentados (12 metros),piso rebaixado para pessoas com mobilidade reduzida e ar condicionado, o autocarro tem autonomia para 150 km. O veículo pesado de passageiros caracteriza-se pela unidade motriz elétrica, sem recurso a qualquer motor auxiliar a combustão, e conjunto de baterias de apoio que permitem a autonomia dos 150 km.

O autocarro representa um investimento de 508 mil euros, comparticipado por fundos comunitários em 200 mil euros.

No dia de apresentação do veículo e da entrada em circulação do mesmo, a 29 de março, Manuel Oliveira, presidente da Arriva Portugal – Norte, comentou que o veículo vai fazer a Linha da Cidade, «a única linha verdadeiramente urbana, porque as outras estendem-se para zonas mais periféricas. Será um percurso com 208 km por dia, um carregamento durante a noite e uma paragem de 45 minutos na hora do almoço, na qual se fará uma recarga que permitirá o resto do dia do serviço».

Manuel Oliveira comentou ainda que «a Arriva tem capacidade e disponibilidade para comprar tantos autocarros quantos sejam possíveis». No entanto, relembrou que «a tecnologia ainda não está num ponto em que uma operação seja flexível o suficiente para não criar constrangimentos e, por outro lado, ainda não está num preço que torne isto inviável do ponto de vista económico».

Quanto a tecnologia, falámos com Jorge Pinto. O CEO da CaetanoBus comentou que já há «muito conhecimento» em torno da construção de um veículo elétrico. Mas este processo levanta alguns desafios ao longo do processo produtivo «porque, por exemplo, os elétricos não se podem pôr a trabalhar ao longo da linha toda, não podem estar ligados. Toda esta parte específica e relacionada com a segurança do carro é que obriga a mudar algumas coisas na nossa linha de montagem». Pequenos constrangimentos que não travam o caminho neste sentido da eletrificação e, por isso, a linha de montagem está em plena laboração. «Até ao final deste ano, esperamos produzir entre 50 a 70 unidades», avançou Jorge Pinto. Unidades que serão entregues a outras cidades.

Super carregador

A operação com este autocarro 100% elétrico é também possível graças ao posto de carregamento rápido desenvolvido pela Efacec. O QBUS é, atualmente, o único equipamento instalado em Portugal com estas características, ou seja, uma potência instalada de 150 kW. O posto de carregamento rápido está instalado na Estação Central de Camionagem e representa um investimento de 37 mil euros, não comparticipados.

Um investimento que a Câmara Municipal de Guimarães não se coíbe de assumir porque o mesmo faz parte do caminho a percorrer para se tornar uma cidade verde. «A mobilidade elétrica é objetivo estratégico da Câmara de Guimarães, sendo o posto de carregamento rápido uma valência e um incentivo a que outros operadores de transporte público disponibilizem no futuro veículos de transporte público de passageiros elétricos e híbridos plug-in, associados a carreiras regulares», estacou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães. O autarca está também a trabalhar para desenvolver uma rede de carregamento rápido no concelho que poderia ser utilizada pelo transporte público de passageiros, mas também os veículos particulares. Sara Pelicano – Portugal in “Transportes em Revista”

Características do veículo
Chassis: Tipologia low-floor ou low-entry em aço com tratamento superficial e pintura anti-corrosão
Carroçaria: Estrutura leve em alumínio
Peso bruto: 19 toneladas
Comprimento: 11,995 metros
Largura: 2,500 metros
Altura: 3,508 metros
Lotação: 35 lugares sentados
Velocidade máxima: 70 km/h



sexta-feira, 30 de março de 2018

CPLP – O potencial económico para além da língua

Londres – A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou, que o crescente interesse de países como a Coreia do Sul no estatuto de observador mostra o potencial económico da organização sem o idioma como prioridade.

Trata-se do segundo país asiático a procurar aproximar-se de um mercado com 270 milhões de pessoas, depois do Japão, que já possui o estatuto de observador associado, juntamente com o Senegal, Namíbia, Turquia, República Checa, Uruguai, Geórgia, Eslováquia, Maurícia e Hungria.

Segundo Maria do Carmo Silveira, Itália, Costa do Marfim, Andorra, Argentina e Chile já têm os processos bastante avançados e espera-se que a aprovação seja abordada na cimeira do Sal, em Cabo Verde, agendada para 17 e 18 de Julho.

Outros países também já terão sondado ou manifestado interesse, incluindo França, em serem observadores da CPLP, o que dá acesso a participar nas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo, Conselhos de Ministros, ao acesso a documentação e a apresentar comunicações.

Num seminário no Instituto Real de Relações Internacionais, em Londres, a dirigente são-tomense, em funções há 15 meses, argumentou que a CPLP se deve adaptar às “profundas alterações na conjuntura política e económica interna dos Estados membros e significativas transformações no modo de funcionamento das economias mundiais”.

Perante os atuais desafios económicos e sociais, que são confrontados com a redução da ajuda ao desenvolvimento, os países africanos “querem ver na CPLP novas formas alternativas de relacionamento” que promovam maior contacto com o sector privado.

“Para os países africanos membros, a CPLP não deve continuar focalizada apenas na língua portuguesa como há 20 anos. O critério exclusivamente linguístico deixa de ser sentido. Outras organizações já existentes com base nesse critério adaptaram-se e alteraram a sua composição e os seus objetivos estratégicos”, vincou Silveira.

Sem esquecer o património linguístico e cultural, acrescentou, “estes países têm todo o interesse que a organização se adapte à nova realidade, resultante da conjuntura internacional, onde os pilares sociais económicos e sociais assuma maior importância no domínio da geopolítica e da geoeconomia”.

Para a secretária-executiva, o potencial da CPLP está sobretudo na cooperação económica e empresarial, mas lembrou que a decisão para reformular a organização criada em 1996 depende dos dirigentes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

“O que temos feito ao nível do secretariado executivo é lembrar os Estados membros o extraordinário instrumento de desenvolvimento interno e de projeção internacional que têm em mãos, sem nunca esquecer que caberá aos Estados decidir o que fazer com ele”, concluiu Maria do Carmo Silveira. In “Inforpress” – Cabo Verde

São Tomé e Príncipe - Acolhe exercício militar da CPLP no próximo mês de Setembro

São Tomé 27 – São Tomé e Príncipe será palco em Setembro do exercício militar conjunto da CPLP, “Felino”- 2018, anunciou o Comandante da Guarda Costeira são-tomense, Idalécio João, Capitão-de-mar-e-guerra.

O Comandante da marinha são-tomense fez esta declaração na cerimónia de abertura da reunião de planeamento para o evento, entre os militares dos países da CPLP, a decorrer na capital são-tomense com a participação das delegações de Angola, Brasil, Guiné-Equatorial, Portugal e Timor-Leste.

O Capitão de-mar-e-guerra disse que o exercício visa, sobretudo, a preparação de “uma força de tarefa combinada no âmbito da CPLP, para atingir, manter e otimizar a capacidade de intervenção em missão de apoio a paz e ajuda humanitária sob a égide das Nações Unidas”.

Idalécio João acrescentou ainda que as intervenções de apoio a paz e ajuda humanitária são um enfoque das operações militares a nível dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.

O orientador da reunião preparatória, o tenente-coronel Sebastião Andreza disse que o exercício a realizar-se em setembro em São Tomé contará com duas fases, sendo uma que não inclui unidades militares no terreno e outra com forças no terreno.

Será segunda vez que a capital são-tomense irá acolher um exercício Felino da CPLP depois de tê-lo organizado em 2007. Ricardo Neto e Neisy Sacramento – São Tomé e Príncipe in “STP Press”

quinta-feira, 29 de março de 2018

UCCLA - Encerramento da exposição "Artes Mirabilis - Colectiva de Artistas Plásticos Angolanos"



Terá lugar no dia 4 de abril, a partir das 17 horas, o encerramento da exposição "Artes Mirabilis - Colectiva de Artistas Plásticos Angolanos", nas instalações da UCCLA.

Esta exposição - organizada pela UCCLA e Embaixada de Angola em Portugal, e com apoio do Ministério da Cultura de Angola - teve como objetivo divulgar a cultura de Angola, do passado ao presente, assinalando duas datas fundamentais: 4 de Fevereiro (dia do início da Luta Armada pela Independência) e o 4 de Abril (Dia da Paz).

A mostra contou com a participação de mais de 50 artistas plásticos angolanos e com 20 esculturas de grande valor etnográfico. Teve como curador o artista plástico angolano Lino Damião.

De salientar que esta foi a primeira exposição que a UCCLA levou a efeito em 2018, homenageando a cultura angolana no início da abertura de um novo ciclo político, económico e social, com os olhos postos no futuro e na entreajuda dos povos de língua oficial portuguesa e nestes, naturalmente, do povo português.


Morada:

Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa
Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém
Comboio: Estação de Belém
Elétrico: 15E - Altinho
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

Moçambique - Agro-Garante viabiliza crédito às PME

Cerca de 70 Pequenas e Médias Empresas (PME) nacionais beneficiaram, até ao final de 2017, de crédito ao abrigo do fundo de garantias para o agro-negócio, denominado Agro-Garante. Concebido e implementado pela Gapi, o Agro-Garante, apoiado pela DANIDA, viabilizou a concessão dos referidos financiamentos que totalizam cerca de 180 milhões de meticais, permitindo, para além de alavancar e/ou viabilizar negócios neste sector, assegurar 3.500 postos de trabalho.

Trata-se de empresas que operam em todo o País na provisão de insumos, na produção, conservação, armazenamento, processamento, transporte e comercialização de produtos de origem vegetal (excepto florestas) e/ou avícola.

Os financiamentos foram atribuídos por quatro dos oito bancos aderentes, nomeadamente: Millennium-BIM, Banco Terra, FNB e BCI, o que demonstra que “o nosso sistema bancário está disponível para desenvolver instrumentos e soluções que melhorem a qualidade e diversidade dos serviços financeiros que a nossa população e os nossos empresários procuram”, assegura Amiro Abdula, Director de Financiamento da Gapi.

O Agro-Garante tem estado a contribuir para reduzir o limitado acesso ao financiamento por parte das PMEs do sector de agro-negócios, causado, em parte, pela falta de garantias que reduz as possibilidades destas acederem a estes serviços bancários. Existem vários impedimentos ou obstáculos para o desenvolvimento destas empresas, sendo o fraco acesso ao financiamento, um deles.

“Este Fundo de Garantias foi desenhado por técnicos nacionais, sob a coordenação da Gapi e da Embaixada da Dinamarca. Numa fase inicial, previa-se uma adesão de quatro a cinco bancos. Porém, o envolvimento da Associação Moçambicana de Bancos e o interesse manifestado pela maioria dos seus membros, logo na fase de arranque, já era prenúncio do impacto que esta iniciativa está a ter no financiamento às PME.”, explica Abdula.

O Agro-Garante é implementado desde 2014 e visa, essencialmente, partilhar o risco nas operações de crédito realizadas pelos Bancos, com fundos próprios destinados às micro, médias e pequenas empresas, envolvidas em cadeias de valor do Agro-Negócio, para além de contribuir para mais financiamento e investimento no Agro-Negócio.

A Gapi está a estruturar outros importantes instrumentos de financiamento e assistência técnica dirigidos às PME. In “Olá Moçambique” - Moçambique

quarta-feira, 28 de março de 2018

Galiza – “Mulheres, Territórios e Memórias” II Encontro de mulheres da Lusofonia

Compostela. 6, 7, 8 de abril

A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associação Pró-AGLP, e a UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta organizam o II Encontro de Mulheres da Lusofonia: Mulheres, territórios e memórias. O encontro visa criar uma rede plural feminista de mulheres do espaço lusófono, potenciando um entrecruzamento de diálogos, de experiências e de conhecimento.

O Encontro conta com o apoio da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa dos Observadores Consultivos da CPLP, do Concelho de Santiago, da Livraria Lila de Lilith de Compostela, do Museu do Aljube. Resistência e Liberdade de Lisboa, do Projeto Cárcere da Corunha, da Marcha Mundial das Mulheres-Galiza, da Plataforma Femista Galega, da Ondjango Feminista (Angola) e da Fórum Mulher (Moçambique). Portal Galego da Língua



Programa


6 de abril (sexta)

19:30. Documentário “Era uma vez um arrastão”, seguido de tertúlia com a realizadora, Diana Andringa na Livraria Lila de Lilith.

Moderação Luzia Oca.

7 de abril (sábado. Casa da Língua Comum):

Mesa de abertura (9:30)

Painel 1 (10:00-11:30). Diásporas lusófonas na Galiza.

Moderadora: Maria José Castelo

– Jéssica Azevedo, “Vírgulas que unem. Resistência e integração social”.

– Sónia Mendes da Silva, “Mobilidades sociais em sociedades desiguais”.

Painel 2 (15:00-16:30). Memorias: entre o ativismo e a pesquisa. Mulheres e resistência.

Moderadora: Paloma Fernández de Córdoba.

– Diana Andringa, “Elas nunca fizeram nada de extraordinário…”

– Teresa Sales, “Projeto Memória e Feminismos. Múltiplas discriminações”.

Painel 3 (17:00-18:30). Memorias: entre o ativismo e a pesquisa. Prisões políticas e democracia.

Moderadora: Maria Dovigo

– Mariola Mourelo. “Ativismo feminista e espaços da memória”.

– Luis Farinha, “Da Prisão do Aljube ao Museu do Aljube: memória, resistência e liberdade”.

Livraria Lila de Lilith. 20:00.

Poesia com: Iolanda Aldrei, Concha Rousia, Cruz Martínez, Rosanegra, Maria José Castelo, Maria Dovigo, Teresa Moure.

8 de abril (domingo. Casa das Mulheres Xohana Torres)

Painel 4 (10:00-11:30) Feminismos em Compostela.

Moderadora: Concha Rousia

– Marta Lois, “Campanha ‘Compostela em negro’”.

– Paula Rios, Plataforma feminista galega.

– Concha de la Fuente, Marcha Mundial das Mulheres.

Painel 5 (12:00-13:00). Feminismos no espaço lusófono.

Moderadoras: Joana Sales e Isabel Rei

– Núcleos regionais da UMAR.

– Isabel Harriet Gavião, Onjango feminista. Angola (videoconferência).

– Nzira de Deus, diretora executiva do Fórum Mulher- Moçambique (videoconferência).

Mesa de encerramento (13:00-13:15). Conclusões.

Joana Sales e Maria Dovigo. Casa de Mulheres Xohana Torres.

Mais Informação em:


Brasil - Cabotagem vê sinal de retomada em 2018

Empresas brasileiras que atuam na navegação de cabotagem, na costa brasileira, em segmentos como contêineres e insumos industriais, identificam sinais de crescimento na demanda nos primeiros meses de 2018 na comparação com igual período do ano passado. O relativo otimismo com a retomada da economia - a cabotagem funciona como uma espécie de termômetro da atividade econômica do país - é acompanhado, porém, de algumas incertezas para o setor nas áreas financeira e regulatória. Também existe preocupação com eventuais efeitos para as empresas nacionais de navegação com o calendário eleitoral de 2018.

A Companhia de Navegação Norsul, controlada pelo grupo Lorentzen, registra sinais de retomada na atividade industrial desde meados de 2017, com crescimento da demanda em alguns setores como o de produtos siderúrgicos. "Os primeiros 60 dias de 2018 foram melhores do que o mesmo período de 2017", disse Angelo Baroncini, presidente da Norsul. Ele previu que este ano a receita da empresa cresça 5% sobre o ano passado, quando a Norsul faturou cerca de R$ 800 milhões. Com frota de 23 embarcações, a Norsul atende o setor industrial transportando madeira, celulose, aço e minério (bauxita), além de produtos químicos. "Fazemos parte da cadeia de suprimento de grandes grupos industriais", disse Baroncini.

Nos contêineres, a Aliança Navegação e Logística, ligada ao grupo dinamarquês Maersk, registra um crescimento mais forte do que o normal para os três primeiros meses do ano, sazonalmente mais fracos, disse Mark Juzwiak, diretor institucional da empresa. O desempenho é melhor sobretudo na rota Nordeste-Norte do país. Juzwiak disse que a cabotagem vem crescendo acima de 10% ao ano na última década. Em 2017, o volume de contêineres movimentado por linhas regulares de empresas brasileiras de navegação cresceu 12% sobre 2016. A Aliança opera com onze navios na cabotagem.

Márcio Arany, diretor comercial da Log-In Logística Intermodal, disse que está havendo uma "reação" no primeiro trimestre de 2018. Ele citou como exemplo os eletroeletrônicos movimentados via cabotagem a partir de Manaus (AM). "Nossos clientes em Manaus esperam movimentar mais 20% em 2018 em relação a 2017", disse Arany. Marco Aurélio Guedes, consultor da Flumar, especializada no transporte de químicos e gases, foi mais cauteloso: "Está começando a se estabelecer um movimento de recuperação pequeno."

Ao mesmo tempo em que trabalham com a expectativa de um ano melhor em 2018, as empresas brasileiras de navegação consideram que há uma série de incertezas em torno do setor. A primeira delas é de ordem financeira pois as empresas de cabotagem e de navegação de interior têm pagamentos em atraso de R$ 1 bilhão relativos ao ressarcimento do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRRM). O AFRRM é cobrado sobre os fretes marítimos, com exceção daqueles que têm origem ou destino nas regiões Norte e Nordeste do país, e constitui os recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), fonte de financiamento do longo prazo para a navegação. Com os recursos do AFRRM, as empresas pagam empréstimos bancários de construção de navios e serviços de docagem e de manutenção.

Luís Fernando Resano, vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), disse que os atrasos se relacionam à falta de um sistema informatizado para processar os ressarcimentos do AFRRM na velocidade que as empresas do setor precisam. Desde 2014, o ressarcimento do AFRRM passou a ser de responsabilidade da Receita Federal. Em nota, a Receita disse que estabeleceu um cronograma de pagamentos automatizados trimestral, a partir de 2018. "De acordo com esse cronograma o primeiro pagamento vence na primeira semana de abril. Além dos pagamentos automatizados estão em andamento auditorias de créditos realizadas por auditores fiscais, relativamente aos pedidos que incidiram em malha de ressarcimento."

As empresas ligadas ao Syndarma também estão preocupadas com o ambiente regulatório da navegação de cabotagem no país. "Ter uma agência reguladora forte é importante para conseguir manter os investimentos em renovação da frota", disse Baroncini, o presidente da Norsul. Na visão de Resano, do Syndarma, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) precisa ter poder de regular e de estabelecer regras que sejam aplicadas a todo o mercado. O problema, na visão de Resano, é que os "regramentos" da agência vêm sendo questionados pelos regulados (as empresas). Fonte próxima da Antaq afirmou que a agência produziu norma "moderna" e regulação eficiente, privilegiando as empresas que atuam e investem no setor.

As empresas de navegação também têm receio em relação a eventuais efeitos do calendário eleitoral de 2018. Isso porque o debate eleitoral tende a estimular argumentos a favor do fim da proteção da bandeira brasileira na cabotagem. A navegação entre os portos do país é reservada preferencialmente às empresas de bandeira brasileira, mas com frequência surgem argumentos para derrubar essa proteção. Francisco Góes – Brasil in “Valor Econômico”

terça-feira, 27 de março de 2018

China - Portugal já é o quarto fornecedor europeu de vinhos

Portugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do sector, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar



“Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca.

A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR).

Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia.

No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do sector.

No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins.

“É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse.

A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”.

“Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou.

Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do sector.

O ‘boom’ no comércio electrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média.

Dora Martins falava à margem de um evento organizado pela embaixada portuguesa em Pequim, que reuniu quase vinte jornalistas da imprensa estatal e revistas ‘Life&Style’ chinesas, e cerca de 60 profissionais do sector, incluindo distribuidores e representantes de restaurantes e hotéis locais.

O evento, que culminou com um concerto da fadista portuguesa Cuca Roseta, é o primeiro de uma iniciativa lançada pelo embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, visando promover a cultura e os produtos portugueses, e que se irá repetir ao longo do ano.

“Queremos promover produtos tradicionais e industriais. A área agro-alimentar, mas também calçado, ourivesaria, componentes automóveis, mobiliário ou design”, revelou o diplomata à Lusa. In “Ponto Final” com “Lusa”

Moçambique – Ilha de Moçambique reforça a sua aposta no Turismo



Amanhã, dia 28 de março, pelas 9 horas, será inaugurado o Posto de Turismo do Município da Ilha de Moçambique pelo presidente do Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique, contando com a presença do Administrador Distrital, do Diretor Provincial da Cultura e Turismo, do Reitor da Universidade Lúrio, entre outras ilustres personalidades locais e nacionais, líderes religiosos e comunitários, associações e empresariado do ramo da hotelaria, restauração e serviços.

Participarão na cerimónia representantes do Camões, I.C.L., I.P., na qualidade de entidade financiadora e da UCCLA, como parceiro executor.

Trata-se de uma iniciativa da maior importância para a promoção do turismo na Ilha de Moçambique, constituindo-se como uma plataforma dinâmica de interação entre os agentes locais do setor, a população e os visitantes.

Paralelamente ao evento serão divulgados, aos presentes, a imagem e o logótipo concebido para a projeção do turismo da Ilha de Moçambique.

Esta ação está enquadrada no âmbito do Cluster da Cooperação Portuguesa da Ilha de Moçambique, Componente 1 “UCCLA”, Eixo 5 “Promoção do Turismo”. UCCLA

China - Cientistas chineses inspiram-se nas abelhas para dar nova forma a aviões

Uma equipa de cientistas chineses está a desenhar um novo protótipo de um avião inspirado no funcionamento do corpo das abelhas, que reduzirá o consumo de combustível, anunciou a agência oficial Xinhua



“Inspirámo-nos na estrutura do abdómen da abelha, que lhe permite dobrar-se livremente e controlar a direcção do voo”, explicou o desenhador, Hu Guotun, da China Academy of Launch Vehicle Technology (CALT).

Com base na estrutura flexível do abdómen da abelha, os cientistas da CALT desenharam um cone frontal para o avião que muda em diferentes etapas do voo.

Esta estrutura “proporciona una forma eficiente para que os veículos aeroespaciais reduzam a resistência aerodinâmica e poupem combustível, o que é de grande importância para o mercado aeroespacial comercial”, disse Hu.

Segundo explicou, estes aviões viajam através da atmosfera até ao espaço para depois regressarem à atmosfera e, no processo de reentrada, a aeronave utilizará o seu próprio deslizamento em inércia durante um período de tempo.

Através da simulação, descobriram que o cone pode reduzir a resistência aerodinâmica em mais de 20%. In “Ponto Final” – Macau com “Xinhua”

segunda-feira, 26 de março de 2018

Cabo Verde - Candidatura da morna a Património Imaterial da Humanidade

Cidade da Praia – A presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), Solange Cesarovna, disse hoje estar convicta de que a morna tem “todos os ingredientes necessários” para ser Património Imaterial da Humanidade.

Nas vésperas do dia em que o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, procede à entrega em Paris (França) do dossiê técnico de candidatura da morna na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Inforpress conversou com a presidente da SCM, entidade que apoiou a candidatura.

A Sociedade Cabo-verdiana de Música deu o seu contributo no dossiê com uma declaração formal, mas também, segundo a sua presidente, todos os sócios e fundadores da SCM, que são compositores, intérpretes, executantes de diversas ilhas de Cabo Verde, apoiaram com a declaração expressa.

Solange Cesarovna mostra-se convicta de que a morna, como um dos factores que contribuiu para a “internacionalização da música de Cabo Verde”, através da cantora Cesária Évora, tem “todos os ingredientes” para ser património cultural e imaterial da humanidade.

“É sem dúvida a morna um espelho do que vai na alma do povo cabo-verdiano e é um género que conseguiu unir Cabo Verde e a sua diáspora e transportar a cabo-verdianidade, o sentimento e a particularidade do povo cabo-verdiano, através das suas poesias e da sua melodia única que aqui em Cabo Verde conseguimos reproduzir através da morna”, afirmou.

Mesmo após a entrega da candidatura prometeu continuar a colaborar durante este ano e meio que é o tempo de salvaguarda da decisão, até Dezembro de 2019, para que de facto tal se transforme em realidade.

“Estamos convictos de que é uma acção meritória e que todos nós temos que abraçar esta causa”, enfatizou.

A entrega formal do dossiê de candidatura da morna a património imaterial da humanidade ocorre hoje, segunda-feira, 26, pelas 17:00 (15:00 de Cabo Verde), em Paris (França). In “Inforpress” – Cabo Verde

domingo, 25 de março de 2018

Silêncio e tanta gente















Vamos aprender português, cantando


Às vezes é no meio do silêncio
que descubro o amor em teu olhar
é uma pedra
é um grito
que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
que descubro afinal para onde vou
e esta pedra e este grito
são a história daquilo que eu sou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
que descubro as palavras por dizer
é uma pedra
ou é um grito
de um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
que descubro afinal p'ra onde vou
e esta pedra
e este grito
são a história d'aquilo que eu sou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Maria Guinot - Portugal




Às vezes é no meio do silêncio
que descubro o amor em teu olhar
é uma pedra
é um grito
que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
que descubro afinal aquilo que sou
sou um grito sou uma pedra
de um lugar onde não estou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
que descubro as palavras por dizer
é uma pedra
ou é um grito
de um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
que descubro afinal p'ra onde vou
e esta pedra
e este grito
são a história d'aquilo que sou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
e aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
um sim alegre
ou um triste não
e troco a minha vida por um dia de ilusão
e troco a minha vida por um dia de ilusão

Ficha Tripla - Portugal


sábado, 24 de março de 2018

Síria – “Sem palavras”

Cidade de Ein Terma, arredor de Damasco, ontem 23 de Março de 2018



Moçambique - Instituto de Directores ministra cursos de curta duração

Com o objectivo de ajudar as empresas a optimizar os recursos humanos, financeiros e físicos e, por via disso, alcançar os seus objectivos estratégicos, o Instituto de Directores de Moçambique (IODmz) vai ministrar, a partir deste mês, cursos de curta duração destinados a gestores seniores, administradores executivos, administradores não-executivos e operacionais de instituições públicas, privadas, bem como de organizações não-governamentais (ONGs).

Trata-se de cursos que versam sobre a governação corporativa, a liderança ética de negócios e a conformidade com o programa de mitigação de riscos de corrupção a nível empresarial, a serem ministrados em parceria com o Instituto de Directores do Quénia, Rede Africana de Governação Corporativa (ACGN), Global Platform-SA, Instituto de Ética da África do Sul (TEI) e o Centro Internacional para Empresas Privadas (CIPE) dos Estados Unidos da América.

Conforme explicou David Seie, director executivo do IODmz, “o capital humano é um recurso determinante para a gestão eficiente e para a operacionalização dos outros recursos. Por isso, é importante implementar, periodicamente, acções que visam atualizar a sua intelectualidade de gestão e de governação estratégica de negócios através do seu desenvolvimento profissional contínuo.”

Estes cursos, acrescentou David Seie, vão ajudar as empresas a optimizar e utilizar de forma eficiente e eficaz os seus recursos disponíveis, a respeitar os princípios éticos e padrões que orientam as organizações, assim como a desenvolver ou aferir a eficiência do seu programa anticorrupção.

Para além dos cursos de curta duração, o Instituto de Directores de Moçambique está certificado (pelas organizações de que é membro e parceiro) para realizar trabalhos de consultoria nas áreas acima indicadas, usando ferramentas apropriadas desenvolvidas e concebidas para o efeito. In “Olá Moçambique” - Moçambique

Macau - IPIM quer vendas nos Centros de Produtos Lusófonos

Ao longo dos últimos dois anos o Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa tem sido um local apenas de apresentação dos bens, no entanto, o IPIM quer que passe a ser possível adquiri-los. Para tal basta definir os métodos de pagamento que ali poderão ser utilizados. Glória Batalha Ung, vogal executiva do IPIM, indicou ainda que este ano devem ser criados “quatro ou cinco” novos centros deste género na China



O Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa assinalou ontem o segundo aniversário entre um clima de optimismo em relação ao seu contributo para o desenvolvimento do comércio dos produtos dos países lusófonos na China. “Até agora no portal online temos mais de 25.000 produtos registados, aqui [no centro] temos mais de 3.000 e são expostos diariamente mais de 1.200. Os dois anos passados foram um período para angariar produtos e fazer promoção”, indicou Glória Batalha Ung.

A vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) referiu que não tem uma ideia exacta do volume de transacções dos produtos ali em exposição pois só quando existem encomendas é possível ficar com um registo. “As pessoas podem ver e depois desistir [de comprar] e no dia seguinte ir à página dos produtores e nós ‘perdemos’ esta transacção”, explicou.

De qualquer forma, Glória Batalha Ung acredita que os números não medem o sucesso das acções promovidas. “Em Macau temos sete pontos [centros de exposição] e, na China, 23. Conjuntamente temos 30 pontos de exposição”. Em 2017, o Centro situado no Tap Seac foi visitado por entre 30.000 e 30.000 pessoas. “Não são muitos, mas acho que o valor não deve ser assim contado. O que está a ser feito aqui é só uma parte”, sublinhou.

Ao Centro na Casa de Vidro vão “turistas, profissionais, homens de negócios que querem encontrar oportunidades”. “Este ano vamos também organizar delegações de escolas, das universidades, porque isto não é apenas uma exposição de produtos, temos histórias dos países lusófonos”, frisou a vogal executiva do IPIM.

Os actuais 23 centros de exposição no Continente são “um número provisório”. “Ainda vamos aumentar. Este ano, vamos criar mais quatro ou cinco pontos de exposição em Nansha, na Província de Guangdong, e estávamos a pensar também nas áreas mais a norte da China, mas, como está numa fase de preparação, gostava de falar só mais tarde”, disse Glória Batalha Ung, acrescentando que o IPIM está a pensar também “promover a venda nestes pontos, mas temos de ver qual é o sistema de pagamento”. “A Autoridade Monetária está a rever as leis financeiras e, daqui a pouco, vamos ter um caminho mais aberto para este tipo de negócios”.

Para a medida se concretizar é preciso definir a questão do pagamento, mas não só. “Temos de esperar”, destacou Glória Batalha Ung. “Eu queria, estamos a pensar como se faz, mas o pagamento é algo que nos preocupa muito”. Caso seja possível fazer a venda dos produtos, o IPIM vai ainda contactar com associações ligadas ao turismo.

Durante a celebração de ontem foram assinados três acordos. O primeiro é um protocolo de cooperação entre o IPIM e uma companhia de venda dos produtos lusófonos. “Vão prestar um recinto para pormos o nosso ponto de exposição no prédio deles e também vão começar a fazer uma série de actividades nos bairros comunitários, nos hotéis, e em vários locais da cidade para promover os produtos”, explicou Glória Batalha Ung. Os dois restantes protocolos foram assinados entre uma empresa chinesa e dois distribuidores de produtos portugueses locais para começarem a importá-los regularmente.

A vogal executiva do IPIM destaca que o centro tem despoletado reacções positivas por parte dos empresários dos países lusófonos que “ainda querem mais”. “Especialmente os delegados [de cada país] em Macau, estão a recolher projectos de investimento para nós e depois fazemos todo o trabalho de tradução e de tentar encontrar potenciais investidores da China para investir nos produtos”, explicou Glória Batalha Ung. No caso de os países não terem como exportar produtos alimentares mais perecíveis, podem apresentar matérias-primas, produtos agrícolas e materiais de construção “que não precisam de ser controlados pelo prazo de validade”. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”