Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cabo Verde – Grupos organizados sem autorização para visitar o Ilhéu Raso

Cidade da Praia – O operador turístico em São Nicolau António do Rosário exortou hoje as autoridades a criarem condições para que possam levar pessoas em visitas ao Ilhéu Raso, já que grupos organizados têm-se deslocado ali sem autorização.

Segundo este operador, mesmo sendo proibido, tanto pescadores como outros grupos de nacionais e/ou estrangeiros deslocam-se ao ilhéu para visitas e até acamparem por vários dias, sem que haja nenhuma consequência, mas que as agências de turismo têm sido “prejudicadas”, por cumprirem a lei.

“Nós queremos ir de forma legal, mas as autoridades têm dito redondamente que não, porque é uma área proibida, o que entendemos. Mas achamos que, em vez de proibir, deviam criar condições para que as agências de viagens, com guias preparados, possam organizar essas visitas porque tínhamos tudo a ganhar”, afirmou o responsável pela Agência de Viagens e Turismo Kretcheu.

António do Rosário contou que já teve a oportunidade de enviar um pedido à Direcção Nacional do Ambiente (DNA) sobre o assunto e que a resposta foi negativa, frisando que de “vez em quando aparece alguém para vigiar o local”.

A visita ao Ilhéu Raso é proibida, já que o mesmo faz parte da Rede Nacional de Áreas Protegidas, na categoria de Reserva Natural Integral, conforme o disposto no nº 1 do artigo 34º do decreto-lei nº 3/2003, de 24 de Fevereiro.

A legislação estabelece o regime jurídico dos espaços naturais, paisagens, monumentos e lugares que, pela sua relevância para a biodiversidade, pelos seus recursos naturais, função ecológica, interesse sócio-económico, cultural, turístico ou estratégico merecem uma protecção especial.

O mesmo decreto-lei esclarece que as áreas protegidas são hoje reconhecidas a nível mundial como instrumento que dão contributo vital para a conservação dos recursos naturais e culturais do planeta e que as suas funções vão desde a protecção do “habitat naturais” e ser recursos biológicos até a manutenção do equilíbrio ecológico das regiões onde estão inseridas.

Por outro lado, considera que sendo o turismo um sector destinado a desempenhar um papel “muito importante” no desenvolvimento sócio-económico de Cabo Verde, deverá a política de áreas protegidas estar também estreitamente ligada à política do turismo como elemento estratégico complementar e diferenciador do produto turístico Cabo Verde.

A Inforpress procurou por várias vezes uma reacção junto da Direcção Nacional do Ambiente, mas as tentativas revelaram-se infrutíferas. In “Inforpress” – Cabo Verde

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